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  • Ginastas brasileiras serão processadas




    As ginastas brasileiras que teriam competido lesionadas nas Olimpíadas de Pequim vão ter que provar na Justiça as acusações de maus tratos por parte da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Logo após os Jogos, Jade Barbosa, Daiane dos Santos e Laís Souza disseram ter treinado até a exaustão e sofrido com negligência médica.


    "São afirmações que elas vão ter de provar na Justiça para nossos advogados. Falar é fácil, vamos ver como eles vão provar no momento em que forem chamados para o julgamento", afirmou a supervisora da CBG, Eliane Martins, ao jornal Diário de S. Paulo.

    O pai de Jade, César Barbosa, afirmou no começo de setembro que a filha competiu no sacrifício em Pequim. Ela teve uma lesão no punho direito chamada osteonecrose, que limita os movimentos de flexão e extensão. À época, César cogitou processar a CBG.

    Daiane e Laís endossaram as denúncias de Jade e disseram que também competiram lesionadas nos Jogos. Além disso, elas revelaram que a dieta das atletas era de apenas 800 calorias por dia.

    Segundo apurou o UOL Esporte no mês passado, as ex-ginastas Maíra dos Santos Silva e Roberta Monari reforçaram o coro das olímpicas e disseram mais: além de lesões ignoradas e treinos em que não era permitido nem tomar água, as atletas revelaram que foram vítimas de humilhação por parte dos treinadores.

    Mas o processo judicial da CBG envolve somente as três ginastas que alegaram falta de condições para competir em Pequim. "Não vamos dizer se é verdade ou não. Só queremos as provas. O processo é judicial e não vamos entrar nessa de discutir pela imprensa", disse a supervisora Eliane ao Diário.

    O processo contra as atletas que defenderam o Brasil em Pequim pode ser o canto do cisne da polêmica administração presidida por Vicélia Florenzano na CBG. A gestão atual não vai concorrer à reeleição no pleito de dezembro.
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