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  • Mosiah Rodrigues também sofre com falta de patrocínio


    Depois de três dos principais atletas da ginástica artística do país trazerem à tona problemas envolvendo a falta de verbas e patrocínios para o esporte,chegou a vez do campeão pan-americano Mosiah Rodrigues comentar sobre o assunto.
    Também sofrendo com a ausência de empresas dispostas a patrociná-lo,o gaúcho afirma que apenas segue treinando porque conta com o apoio de um clube sério(Grêmio Náutico União),que o apóia e o ajuda a atingir os seus objetivos pessoais no esporte.
    O desabafo acontece dias após Mosiah retornar da Escócia,onde disputou uma etapa da Copa do Mundo de Ginástica Artística.O atleta chegou a se classificar para as provas finais do cavalo,mas não finalizou bem a apresentação e perdeu a chance de conquistar pelo segundo ano consecutivo uma medalha no evento.
    "Venho competindo as Copas do Mundo e outros campeonatos representando o Brasil,usando o logo do patrocinador da CBG,que até março deste ano-quando a nova gestão assumiu oficialmente a confederação-não repassava nenhum tipo de ajuda de custo aos ginastas da seleção masculina”,disparou Mosiah.
    Assim como demais desportistas,o gaúcho defende que a preparação para um atleta de ponta não acontece meses antes de um campeonato.São necessários anos de preparação para uma exibição perfeita,com a técnica e a qualidade necessárias para disputar competições.
    “Depois do Pan do Rio 2007,por exemplo,quando ganhamos uma medalha de prata por equipes,eu conquistei um ouro e conquistamos uma vaga olímpica no Mundial,por uma decisão administrativa,a equipe deixou de receber uma ajuda financeira,que até aquela data era de R$ 500 para cada ginasta.Na época pareceu que toda a preparação e as cinco medalhas que o masculino tinha conquistado no Pan tinham sido esquecidas. Não tivemos nenhuma motivação para continuar",emendou o atleta.
    “Tenho uma base forte no União,um técnico muito competente,mas preciso de um auxílio maior,que me permita trabalhar com mais tranqüilidade e investir mais na minha carreira evoluindo e conquistando resultados ainda melhores”,complementou.
    A reclamação do ginasta,único representante da Seleção de Ginástica Masculina do Brasil na Olimpíada de Atenas-2004,é a mesma de muitos outros praticantes de modalidades classificadas como amadoras.
    Apesar de conquistas expressivas e títulos inéditos para o país,muitos vivem o drama de trabalhar sem apoio,sendo privados,muitas vezes,de participarem de competições de alto nível.O principal motivo é a falta de cultura da maioria das empresas brasileiras em investir em atletas e entidades esportivas.
    "Temos aqui no Rio Grande do Sul e em todo o país empresas sólidas,que poderiam fazer um investimento mais contínuo no esporte.Não é um investimento caro,mas que dá um retorno muito positivo para as empresas que buscam realizar ações valendo-se dos valores esportivos",concluiu o ginasta,atual campeão estadual.

    Fonte:Gymblog Brasil
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