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  • Brasil alcança objetivo mínimo em Roterdã, mas fica fora das finais masculinas



    A seleção brasileira masculina de ginástica artística entrou no Mundial de Roterdã com um único e simples objetivo: ficar entre as 24 primeiras colocadas para garantir vaga na edição do ano que vem, no Japão, qualificatória para os Jogos Olímpicos de Londres-2012. Nesta terça-feira, o time alcançou sua meta. E parou por aí

    Os brasileiros subiram ao tablado logo pela manhã, na sétima das 10 rotações das eliminatórias masculinas iniciadas ontem. E com uma participação mediana, terminaram com 338,817 pontos e o 15º lugar provisório. Em seguida, mais 13 equipes competiram, e a seleção se despediu apenas com o 19º lugar geral.

    Antes de a competição começar, a expectativa da comissão técnica era ver o time na 15ª colocação, fato que não se confirmou. Pior do que isso, a equipe caiu quatro posições em relação ao último Mundial com disputas coletivas (Stuttgart-2007).

    A liderança nas eliminatórias ficou com a China, e as outras sete equipes classificadas para a final foram China, Japão, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia, Coreia do Sul e França. A Romênia decepcionou, terminando apenas na nona posição.

    A difícil situação brasileira no Mundial de Roterdã deveu-se, sobretudo, às baixas que o time sofreu às vésperas do campeonato. Quatro atletas considerados titulares ficaram de fora do torneio por problemas físicos.

    As ausências de Diego Hypolito e Victor Rosa foram particularmente sentidas no solo e no salto, aparelhos em que os brasileiros tiveram muitas dificuldades nesta terça-feira. Felipe Polato, novato convocado justamente por ser um especialista nestas duas provas, não deu conta do recado. Foi relativamente bem no salto (15,566 pontos), mas caiu no solo e somou apenas 11,966 pontos.

    Já sem Arthur Zanetti, o time claramente ficou muito mais fraco nas argolas, em que apenas Danilo Nogueira e Sergio Sasaki passaram dos 14 pontos. Quarto colocado no Mundial do ano passado, Arthur era cotado para medalha na Holanda, mas uma cirurgia no ombro o tirou de combate.

    Por fim, Sergio Eras fez falta na soma da equipe, já que o jovem ginasta é um dos generalistas da seleção, ou seja, faz todos os aparelhos.

    Sem quatro de seus principais nomes, o time brasileiro se viu refém de boas apresentações de Sasaki e Mosiah Rodrigues. Mas os dois não conseguiram ajudar muito. O veterano foi mal no solo e nas argolas e regular nos demais aparelhos.

    Já Sasaki, principal aposta da comissão para alcançar uma final, teve atuação apagada, provavelmente fruto da entorse no tornozelo sofrida durante o treino de pódio, na última sexta-feira. Francisco Barreto e Péricles da Silva completaram a equipe.

    Desta maneira, o Brasil encerra sua participação masculina em Roterdã sem alcançar nenhuma final, mas com a classificação para o Mundial do ano que vem garantida, na esperança de que em 2011 o time possa entrar com força máxima para se classificar pela primeira vez para uma Olimpíada.

    Entre as mulheres, o Brasil também não foi à final por equipes, terminando na 10ª colocação, mas Jade Barbosa avançou à decisão do salto e ela e Daniele Hypolito se classificaram para a final do individual geral.
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