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  • Saída de duplo carpado na paralela: I'm not impressed.


    Se você não aguenta mais essa mesma saída nas séries de paralela de todos os ginastas do mundo inteiro, junte-se comigo nesse desabafo! E não é porque a saída é feia, é fácil, é difícil, nem nada disso: é porque já deu, cansou. Convenhamos: uma saída de tsukahara não é muito mais interessante que uma saída de duplo carpado? Até a saída de duplo grupado eu acho mais interessante, apesar de valer menos! Entendo que os ginastas precisam fazer uma saída de valor mínimo D para ganhar o valor máximo dos requisitos de composição. E a saída mais segura, entre as saídas D, é a de duplo carpado! Entretanto temos outras saídas bem interessantes que poderiam ser usadas (código 2013-2016). Confira:

    SAÍDAS VALOR D

    Duplo carpado
    Tsukahara grupado vindo da suspensão e saindo de frente (acho que essa deveria ter valor E)
    Mortal carpado ou esticado para frente, com dupla ou dupla pirueta e meia
    Mortal esticado para trás com dupla pirueta
    Roethlisberger: consiste em um balanço atrás com meia volta + mortal para trás (confira o vídeo)



    SAÍDAS VALOR E

    Duplo grupado para frente

    SAÍDAS VALOR F

    Belyavskiy: consiste em um duplo carpado para frente
    Duplo grupado para frente com meia volta
    Duplo twist

    SAÍDAS VALOR G

    Hiroyuki Kato: consiste em um duplo twist grupado com meia volta. Confira essa saída no minuto 3 do vídeo abaixo.
    Tsukahara grupado saindo na lateral de paralela. Na verdade, o tsukahara é o mesmo exercício que Kato faz, só que executado com técnica diferente. No exercício de Kato, o ginasta faz meia volta no primeiro mortal e meia volta no segundo mortal. No tsukahara, o ginasta executa a pirueta completa no primeiro mortal.



    Se você se pensar um pouco, apenas 4 ginastas executaram a saídas diferentes de duplo carpado nos Jogos de Londres. Estes foram:

    David Belyavskiy, da Rússia, que executou o duplo carpado para frente (F);
    Daniel Corral e Mykola Kuksenkov, que executaram o duplo grupado para frente (E);
    Marcel Nguyen, que executou a saída de tsukahara grupado (G).

    Qual seria a solução para que os ginastas começassem a ousar mais na saída da paralela e sair da mesmice de sempre? Será que, se baixassem o duplo carpado para o valor C, os ginastas arriscariam outras saídas para ganhar o requisito de composição integral (5 décimos)? Será que o código não poderia fazer uma tabela de requisitos de saídas exclusiva para a paralela, em que saídas C não pontuassem, saídas D pontuassem em 0,3 e saídas E ou mais pontuassem em 0,5? Deixe a sua opinião.

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    5 comentários:

    1. Pior que é mesmo... sempre a mesma saída, nada de ousadia. Tem séries que se bobiar os árbitros nem esperam pra fazer nota D pq já sabem tudo o que vai ser executado. Baixar para C o Duplo carpado acho que vai ser dificil mais seria o ideal. Gosto muito de um ginasta aqui em SC que arrisca e faz saída de Duplo grupado para frente, é muito legal de ver de perto...

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    2. Deveriam diminuir o seu valor pra C, aí os ginastas seriam 'obrigados' a fazer uma saída diferente. Eu gostaria muito de ver os ginastas saindo de mortais com pirueta da paralela, e possuem algumas que valem D, não sei porque os ginastas não as usam ):

      Carlos Ferreira.

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    3. E eu já estou de saco cheio em ver o solo feminino terminando com o duplo carpado também. Claro que na última passada as meninas já estão mortas de cansadas e o duplo carpado é o que sobra, mas já enjooei. Aliás, não gosto do grupado nem do carpado como passada. Adoro as ginastas que começam com duplo com dupla ou duplo esticado e na outra passada fazem tripla pirueta (o que já é bem comum), nesses casos aceito o grupado ou carpado. Mas as que fazem duplo carpado, duplo grupado, dupla pirueta(ou dupla e meia) na mesma apresentação acho que tá pecando um pouco na falta de dificuldade.

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    4. Também não vejo graça no duplo carpado !!

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    5. Muito obrigada, falecida Mukhina, por alguém ter a mesma opinião que eu!

      Já falei sobre isso em algum post anterior aí. E ainda tem gente que acha que estou sendo crítica demais e falam "Mas é a saída mais segura", "Mas é tão bonito quando crava", e etc, etc...

      Amizade, qualquer saída é linda quando chega-se cravada. E concordo com o anônimo ali de cima: um dos piores erros da FIG foi subir a dificuldade do duplo grupado. Eu adoro demais a Mustafina, mas vocês acham que eu fiquei feliz ao vê-la executar um duplo grupado no solo? Claro que não! As passadas da série de 2011 já eram perfeitas, e condiziam com sua preparação de 2012 (com ou sem lesão).

      Já está na hora de diminuir o duplo carpado no solo feminino também. Particularmente, se for para sair com o minimo aceitável (D), acho bem mais bonita a saída de dupla e meia pirueta. Em questão de primeiras acrobacias, as que entram, o DD grupado já enjoou. É bonito, é difícil, mas muita gente faz hoje em dia, e foi absurdo a FIG subi-lo para H e deixar o Dos Santos II como G. Porque convenhamos, qual a ginasta do circuito internacional, categoria A, que executa o DTE hoje? Desconheço qualquer uma.

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