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  • Resultados do Houston National Invitational 2013


    Jessica Lopez foi o grande destaque da disputa de elite feminina do Houston National Invitational, no Texas. A ginasta venezuelana somou ótimos 56 pontos mesmo após uma queda nas barras assimétricas,seu melhor aparelho (13.600). Sua melhor nota foi no salto,onde ela apresentou um Yurchenko com dupla pirueta: 14.750. Com essa nota, Jessica foi a melhor competidora entre todas no salto sobre a mesa, além de ter obtido a maior marca na trave: 14.050 (sequência de flic + flic + mortal esticado bem realizada, apenas com um pequeno desequilibrio; saltos ginásticos altos e com boa flexibilidade; alguns desequilibrios em elementos que pretendia ligar e uma saída quase cravada de dupla e meia).

    A norte americana Alyssa Baumann, de apenas 14 anos de idade, conseguiu a segunda maior soma do individual geral e foi o maior destaque do solo: 14.050, com uma ótima postura nas piruetas! Fez uma série com dupla e meia bate pirueta sobrando força, excelente duplo giro em "L", pirueta e meia + Rudi e duplo carpado de saída, além de obter as segundas maiores notas nas barras e na trave, aparelho onde tirou 13,900 com um arabian praticamente perfeito pra começar a série. Outro destaque foi para o duplo giro, realizado com bastante firmeza. Apesar disso, a série não teve boa execução nos saltos ginásticos e alguns desequilibrios grandes foram cometidos.

    Madison Kocian completou o pódio do AA, sendo a melhor ginasta das barras (14.650: destaque para o stalder com pirueta + Jinnan, belo giro de sola com pirueta + Chow, perfeito jaeger com pernas afastadas) e obtendo a segunda maior marca no salto. Outro destaque da competição foi a volta de Oksana Chusovitina, 37 anos, à sua equipe de origem, o Uzbequistão. A veterana mostrou uma vitalidade absurda, sendo a sexta melhor no individual geral e apresentando duplos muito altos no solo (13.100: tsukahara grupado, duplo carpado e saída de duplo grupado).

    O Brasil deu a oportunidade de futuras promessas terem suas primeiras experiências internacionais nessa competição: Flávia Saraiva e Beatriz Silveira, ambas nascidas em 1999 e atletas da ONG de Georgette Vidor, mostraram um desempenho satisfatório pela idade e inexperiência. Flávia teve um destaque maior no solo e na trave, onde ela apresentou acrobacias com boa execução e bons elementos de dança, além de mostrar um grande potencial pra evoluir nesses dois aparelhos. No solo ela entrou com um duplo carpado alto, fez pirueta e meia bate mortal esticado com aterrissagem perfeita, saltos ginásticos altos e com ótima precisão, mas acabou caindo na sua terceira passada, uma dupla pirueta e meia, além de não ter aterrissado bem em sua saída de duplo mortal grupado. Na trave ela também demonstra ter potencial para evoluir, realizando várias acrobacias de valor D de dificuldade e um bom salto anel.

    Beatriz não apresentou as falhas graves que Flávia cometeu em sua apresentação, mas careceu de dificuldade, realizando apenas uma saída de dupla pirueta e uma sequência de acrobáticos muito simples: mortal esticado + mortal grupado. No entanto, o duplo grupado que realizou na entrada saiu bem fácil das pernas dessa pequena ginasta de 13 anos de idade.

    No salto, Flávia realizou um Yurchenko com mortal esticado e marcou 13.000 pontos. Beatriz apresentou o mesmo salto com o segundo voo em posição carpada (12.600). Nas barras, ambas as ginastas não mostraram séries com boas dificuldades, e por isso obtiveram notas baixas. Flávia teve nota de dificuldade 2,8 e terminou com 10,800.

    No masculino, o americano Paul Ruggeri foi o campeão com 87,900, seguido de Wang Haoran, da China, com 81,650. O terceiro colocado foi o também americano Sean Johnston, com 79,350.

    Canal com vídeos da competição feminina, incluindo as brasileiras: http://www.youtube.com/user/REFLEXGYMNAST?feature=watch

    Texto de Stephan Nogueira.
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    2 comentários:

    1. Pode comentar sobre o Elite Canada 2013?

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    2. O planeta Ginastica nao para. Depois da ucraniana Dariya Zgoba, agora a armada sueca vai se valer da romena Adriana Pop, após o time passar uma temporada em Marselha treinando para fugir do rigoroso inverno nórdico.

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