Tudo começa no solo, onde faz uma série linda e cativante, mas não recebe a nota esperada. Segue com dois saltos simplesmente fenomenais. Acerta seu pior aparelho, as paralelas. E comete falhas em sua série de trave, que lhe deixam fora da final do individual geral, e pior que isso, lhe deixa decepcionada por não ter a melhor performance possível. Corro para a zona mista, onde fotógrafos e repórteres se encontram com os atletas para entrevistas e fotos. Ao chegar, a ginasta já está cercada por jornalistas, e logo ali no cantinho, um homem com o semblante um pouco triste segura a mochila, tênis, e jaqueta da sua atleta. O nome dele é Arthur Akopyan, um ex-atleta da união soviética, multi medalhista no cenário internacional da ginástica, e campeão mundial de salto em 1983. Esse homem é o treinador da também campeã mundial que está sendo entrevistada logo ali. Enquanto ele espera, eu lhe chamo para conversar, meio sem acreditar que ele me daria alguma atenção. Contrariamente, ele me cede uma entrevista, muito acessivelmente.
GBB: Essa é a primeira competição individual geral da McKayla em muitos meses, como você se sente?
AK: Eu estou feliz. Ela não competia no individual geral há muitos meses. Ela teve muitos problemas logo antes dos jogos de Londres, e também depois, com as cirurgias. Então ela esteve fora do individual geral por muito tempo, mas ela trabalhou duro e conseguiu essa oportunidade de competir aqui. Poderia ter sido melhor. Eu esperava uma boa performance dela na trave, mas tudo bem.
GBB: A nota de solo da McKayla lhe pareceu um pouco baixa?
AK: Sim, pareceu sim. Eu achei que a nota foi baixa, mas não consegui ainda compreender o porquê. Ela teve uma dedução de 0.1 e eu não consegui perceber onde (PARECE QUE FOI POR PASSAR 1 SEGUNDO DO TEMPO NA MÚSICA). Mas vamos analisar, e ver tudo que precisamos corrigir.
GBB: Ela teve a mesma nota que a Kyla...
AK: Sim mas a execução desempatou, vamos observar, mas esperava uma nota melhor.
GBB: Você planeja aumentar a dificuldade do segundo salto para o futuro?
AK: Sim, estamos trabalhando em saltos mais difíceis para o futuro.
E assim foi minha conversa com essa lenda da ginástica, muito educado e profissional. Logo em seguida, Martha Karoly chega e já logo diz a ele, “você não tem porque se sentir triste, ela foi linda, o seu solo, sua dança, passou bem no salto e na barra. Eu gostei muito do que vi...”, e a conversa continuou entre eles sem que eu fosse capaz de compreender. Momentos depois, McKayla vem das entrevistas, já com os olhos cheios de lágrimas, e as duas pernas envolvidas por bolsas de gelo, e diz para Martha: “Obrigado pela oportunidade, por tudo que fez por mim, e por acreditar em mim”, e Karoly a conforta com palavras de encorajamento, e diz "que está feliz com seu desempenho, e que não quer vê-la triste". Elas conversam mais um pouco sem que eu consiga perceber o que dizem. Mas foi um dos momentos que ficarão para sempre na minha memória nesse mundial.
É interessante poder ver de perto como essas meninas e treinadores, que parecem tão inatingíveis, se comportam com seus sucessos e fracassos. No fim, são pessoas, como eu e você. Apenas são extremamente bons em uma atividade específica. Nesse caso, ginástica artística, esse lindo esporte que tanto amamos. É muito fácil ficarmos por trás de um computador apontando os defeitos dessas pessoas. No calor da nossa emoção e paixão por esses indivíduos, falamos muitas asneiras. Mas nunca se esqueçam: são apenas meninas. Meninas.
GBB: Essa é a primeira competição individual geral da McKayla em muitos meses, como você se sente?
AK: Eu estou feliz. Ela não competia no individual geral há muitos meses. Ela teve muitos problemas logo antes dos jogos de Londres, e também depois, com as cirurgias. Então ela esteve fora do individual geral por muito tempo, mas ela trabalhou duro e conseguiu essa oportunidade de competir aqui. Poderia ter sido melhor. Eu esperava uma boa performance dela na trave, mas tudo bem.
GBB: A nota de solo da McKayla lhe pareceu um pouco baixa?
AK: Sim, pareceu sim. Eu achei que a nota foi baixa, mas não consegui ainda compreender o porquê. Ela teve uma dedução de 0.1 e eu não consegui perceber onde (PARECE QUE FOI POR PASSAR 1 SEGUNDO DO TEMPO NA MÚSICA). Mas vamos analisar, e ver tudo que precisamos corrigir.
GBB: Ela teve a mesma nota que a Kyla...
AK: Sim mas a execução desempatou, vamos observar, mas esperava uma nota melhor.
GBB: Você planeja aumentar a dificuldade do segundo salto para o futuro?
AK: Sim, estamos trabalhando em saltos mais difíceis para o futuro.
E assim foi minha conversa com essa lenda da ginástica, muito educado e profissional. Logo em seguida, Martha Karoly chega e já logo diz a ele, “você não tem porque se sentir triste, ela foi linda, o seu solo, sua dança, passou bem no salto e na barra. Eu gostei muito do que vi...”, e a conversa continuou entre eles sem que eu fosse capaz de compreender. Momentos depois, McKayla vem das entrevistas, já com os olhos cheios de lágrimas, e as duas pernas envolvidas por bolsas de gelo, e diz para Martha: “Obrigado pela oportunidade, por tudo que fez por mim, e por acreditar em mim”, e Karoly a conforta com palavras de encorajamento, e diz "que está feliz com seu desempenho, e que não quer vê-la triste". Elas conversam mais um pouco sem que eu consiga perceber o que dizem. Mas foi um dos momentos que ficarão para sempre na minha memória nesse mundial.
É interessante poder ver de perto como essas meninas e treinadores, que parecem tão inatingíveis, se comportam com seus sucessos e fracassos. No fim, são pessoas, como eu e você. Apenas são extremamente bons em uma atividade específica. Nesse caso, ginástica artística, esse lindo esporte que tanto amamos. É muito fácil ficarmos por trás de um computador apontando os defeitos dessas pessoas. No calor da nossa emoção e paixão por esses indivíduos, falamos muitas asneiras. Mas nunca se esqueçam: são apenas meninas. Meninas.
Meu Deus Arrepiei !!
ResponderExcluirJá era fã de Maroney, agora então !!!
Ela é linda, arttstica e cativante !!
Go Maroney rumo ao Rio 2016 !!
Amei!
ResponderExcluirMeninos, queria só aproveitar o espaço para agradecer o esforço que vcs tem feito para cobrir a ginástica e mais que isso, o quão bem vcs tem feito esse papel. O nível de conhecimento e repertório são infinitamente superiores ao de que qualquer jornalista de sites e canais esportivos "famosos" que eu já tenha visto no Brasil. Vcs não sabem que alegria me trás em ver um jornalismo especializado pro nosso esporte querido.
Eu fui ginasta por pouco mais de 10 anos (entre os meados dos 90 e começo dos 00) e sempre me considerei uma nerd no esporte. Imagina uma pessoa que assinava a Int. Gymnast Magazine... colecionava fitas de mundiais (desde de 91, que eu tive que caçar com várias pessoas), que tinha a propria copia em capa dura do cód. masculino e feminino em casa, que sonhava em passar o verão no IGC Camp. e que mais que isso... pedia catalogos dos aparelhos da AAI, Spieth e da Janssen-Fritsen só pra ficar vendo as especificações e criar os aparelhos em escala para minhas Barbies. Não a toa, hoje aos 27 me tornei uma arquiteta rs...
Por um tempo eu fiquei longe de todo o mundo da ginástica, em parte por outras prioridades e ao mesmo tempo por não aguentar a firula de ter que ficar desenhando por povo brasileiro o que era um duplo twist carpado e ver pela milesima vez os comentaristas falando dos criterios de notas e que homem não faz trave e quem foi Nadia Comaneci e enfim... tudo aquilo que a gente não aguenta e faz nossos ouvidos sangrarem. E quem diria que esse blog, com um pensamento crítico e que não toma lados de forma irracional, me faria voltar a apreciar o esporte de tal maneira!
Fica aqui meu muito obrigada, meus desejos de que só continuem crescendo e tendo cada vez mais espaço pra continuar cobrindo grandes eventos pessoalmente, pq vcs merecem ; )
Beijos,
Anna
Tendo cada vez mais espaço e dinheiro Anna! Rs... Vir pra cá assistir é lindo, mas gasta uma grana! rsrs Muito obrigado pelos elogios e por acompanhar sempre. Pessoas como você me estimula a continuar. Bjos!
ExcluirCedrick
Gosto da Maroney, e entendo o sentimento dela, Karoly deu a ela um voto de confiança, tirando Brenda que iria competir na UB E BB.
ResponderExcluirNão gosto dessa Maroney acho ela muito metida a melhor no salto, adorei que ela caiu no salto em Londres e deixou a medalha de ouro para a Izbasa que é muito mais linda e elegante do que ela. Uma coisa que as ginastas americanas tem muito pouco é feminilidade!
ResponderExcluirEste aqui parece que não leu o comentário do Cedrick. Realmente não gosta de ginastica e nem de esporte,porque para desejar a derrota de uma atleta que deixa uma vida de lida e dá um show de superação com a Maroney,relmente não sabe apreciar o esporte.E outra,não sou USAFAN, mas talvez a Maroney seja a melhor saltadora dos últimos anos.Me arriso a dizer que é a melhor.Embora Cheng tenha sido a mais limpa, mas a Maroney é mais explosiva.Mais uma,antes de vir aqui falar bobagem,procura é agradecer o esforço dos VERDADEIROS JORNALISTAS,Cedrik e Lucas que de fato se prestam a fazer o papel que muitas emissoras deveriam fazer.Meus sinceros agradecimentos a esses caras fantásticos.
ExcluirGláucio
sou russiafan odeio as americanas mas descupa..MCKAYLA MARONEY é a melhor do salto!
ExcluirEla já provou que não é só uma especialista de salto!
ResponderExcluirbacana! o que me chama atenção é o posicionamento da Martha..como ela gerencia bem a CONCORRÊNCIA na equipe americana!
ResponderExcluirUm erro e já foi ... chega outras mil atletas fazendo melhor que você!
uma atleta com McKayla teria vaga garantida em qualquer equipe do mundo eternamente...e nos EUA ela terá que dificultar o segundo salto pra tentar se manter..é impressionante!
tambem acho que ela teria vaga garantida em qualquer equipe do mundo, ainda mais agora que ela vai dificultar seu salto.amo mckayla , pra mim é a melhor.
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