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  • O que a ginástica reserva para 2014? - Parte 5


    Quinta parte da série "O que a ginástica reserva para 2014".

    CANADÁ

    Aleeza Yu
    Treinada pela ex-ginasta e campeã olímpica Elena Davydova na Academia Gemini, Aleeza é uma aposta do Canadá para o individual geral, como bem mostrou em sua última participação em competições de 2013, durante o Japan Junior International, quando alcançou o expressivo somatório de 55.800 e foi 4ª colocada, atrás apenas das maiores promessas dos EUA e da China para a Olimpíada do Rio; no dia seguinte, entretanto, cometeu algumas falhas e voltou pra casa sem medalhas. Vale lembrar que a ginasta vinha de desempenhos bastante frustrantes, tendo superado assim um retrospecto de considerável inconsistência. Mesmo assim, fez o suficiente para se tornar vice-campeã nacional no geral, nas barras e no solo.



    Heaven Latimer
    Mundialmente conhecida por apresentar elementos de alta dificuldade em seus aparelhos mais fortes, trave (mortal esticado com pirueta, twist) e solo (Tsukahara grupado, duplo twist e tripla pirueta), Heaven é uma das maiores esperanças da equipe canadense para este ciclo. Destaque na Massilia Gym Cup de 2012 e no International Gymnix do ano passado, é a atual vice-campeã do Elite Canada no individual geral e medalhista de ouro no solo. Afastada das grandes competições desde março por causa de uma lesão, a ginasta é uma das mais aguardadas para o próximo Elite e o Nacional, que acontecem em fevereiro e maio, respectivamente.



    Victoria Moors

    Possivelmente o maior feito de Victoria Moors no ano passado foi homologar o duplo esticado com dupla pirueta, exercício que colocou uma letra a mais no código feminino, a letra I, que dá um valor de 0.9 ao exercício. Em 2012, nas Olimpíadas de Londres, Victoria Moors era cotada para estar na final de solo. Tinha uma ótima série e terminado com a prata no Evento Teste, no começo do ano. A final de solo em 2012 não aconteceu, mas Victoria fez parte do histórico 5º lugar por equipes, melhor colocação do Canadá em Olimpíadas até hoje. Em 2013, com a possibilidade de homologar um salto, novamente era esperado que Victoria estivesse na final de solo, mas ela errou justamente esse exercício nas classificatórias do aparelho, colocando em risco a homologação do mesmo. Na final do individual geral, Victoria acertou e teve uma nota excelente: 14.633. Essa nota na final teria dado um bronze para Victoria! A ginasta terminou o individual geral do Mundial na 10ª colocação, e tem notas de dificuldades em todos os aparelhos para ajudar a equipe no mundial do ano que vem (5.8 no salto, 5.6 na paralela, 5.9 na trave e 6.2 no solo), além de ter, mais uma vez, a chance de entrar na final de solo e conquistar a tão sonhada medalha.



    Maegan Chant 

    É uma ginasta com boa explosão, que por essa qualidade acaba por se destacar no solo e salto. Seu solo começa com um duplo esticado bem realizado e segue a série com outros três duplos mortais. Com todos seus elementos de dança considerados, a jovem ginasta canadense que entrou pra categoria adulta em 2013, alcança um ótimo 6.0 de dificuldade. Seus saltos não são muito difíceis, mas sua execução é bastante eficaz, e o potencial para upgrades (capacidade de dificultar) é bastante provável em ambos: o primeiro é um tsukahara-dupla pirueta, de 6.0 de dificuldade, mas que é realizado com pouca consistência ainda, sendo necessário fixá-lo. A canadense no entanto realiza de forma brilhante esse mesmo salto com uma pirueta a menos. O segundo salto de Chant é uma reversão-mortal esticado para frente com meia pirueta, de valor de 5.4 e uma postura bastante correta. Sua série de trave se destaca pelo belo mortal grupado com pirueta (F) e uma ótima saída de duplo mortal carpado (E), mas é completada com elementos de dificuldade baixa e execução mediana, tendo pouca consistência e firmeza, somando apenas 6.0 de dificuldade quando todas as ligações são realizadas com sucesso. As barras são seu aparelho mais fraco, apresentando apenas o básico pra cumprir os requerimentos, e tendo apenas uma largada gienger mediana de entrada e saída de tsukahara grupado (apenas 5.0 de dificuldade).

    A série abaixo teve muitos desequilíbrios, mas essa pirueta grupada é uma das melhores executadas até hoje!



    Elisabeth Black

    É a típica ginástica com explosão, que tem como destaque o salto e o solo, mas que como toda canadense, tem seu diferencial nas coreografias, apesar de não ser seu ponto forte. Com uma entrada extremamente original no solo de 2.5 ao passo tripla, algo que nenhuma outra ginasta havia tentado antes na história da ginástica artística, Black cativa os árbitros e o público com sua originalidade e saltos ginásticos muito altos nesse aparelho, que auxiliam na composição de sua série de 5.8 de D. No salto, Ellie também não desaponta, apresentando saltos de alto grau de dificuldade, mas execução ruim, sobretudo nas aterrissagens: o primeiro salto costuma ser um tsukahara com dupla pirueta, com postura e aterrissagem ruins, e o segundo é uma reversão com uma pirueta e de frente, que tem um 6.2 de nota D e aterrissagem ainda mais perigosa. Apesar de sua evidente explosão, a ginasta canadense também se destaca na trave, um aparelho que exige bastante técnica e concentração. Com acrobacias altas e difíceis, como um perfeito mortal carpado frontal e uma sequência de flic flac+mortal esticado, Elisabeth mostra consistência e firmeza durante suas séries, mas pelo baixo número de conexões, a atleta só consegue atingir 6.0 com todos os elementos considerados. Sua paralela, apesar de ser seu aparelho mais fraco, ainda apresenta boa execução e alguns elementos interessantes como a ligação de jaeger carpado + pak e a saída de giro de sola com mortal esticado com meia pirueta, o Moors(valor D), que auxiliam Black a alcançar 5.1 de D,



    Texto de Cedrick Willian, Bernardo Abdo e Stephan Nogueira.
    Foto: Halifax Gymnastics Club

    Esse é o quinto texto de 2013/2014 da série " O que a ginástica reserva". Todo fim de ano faremos postagens sobre os maiores nomes que competirão no ano seguinte. O último texto será exclusivamente escrito sobre ginastas do Brasil.
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    13 comentários:

    1. Cara, o duelo entre Brasil e Canadá, provávelmente pelo 5º lugar das Olímpiadas do Rio, será muito intereseante

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    2. Parabéns pelo texto, mais uma vez!!! Foi ótima a ideia de ir além das quatro equipes principais!
      Só uma pequena correção muito comum: o nome é Elsabeth Black...

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      1. Nao é nao,a forma correta é só em no país dela a Alemanha,pra confederação internacional é Elisabeth mesmo,!!!! O mesmo ocorre com Sandra Izbasa, em seu país é Sania! !!!

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      2. Ela é do Canadá, não da Alemanha. E é estranho, porque nas entradas da FIG, como nas listas de participantes e no livro oficial de resultados, aparece "Elsabeth" enquanto Sandra aparece Sandra mesmo... isso é extremamente confuso

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      3. ela é alemã?

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      4. É Elsabeth independente da localização geográfica queridos, rs

        Carlos Ferreira.

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      5. Sim anónimo naturalizada canadense. Andreia João foi boa kkkkk kkkk será que é ela mesmo? Amo a Dedéia hehe

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    3. Parabéns por fazer da Alemanha que deu um salto largo na frente do Brasil,estamos realmente acreditando nessa renovação porque as canadenses vão vir com tudo novo.

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    4. AMO A ELISABETH BLACK PRA MIM ELA É SUPER. Andreia Joao

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      1. andreia joao? iuahauehiahaiheiahiuehiahiahiehaeuiheauea

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      2. Alguém sabe o blog oficial da Andrea Joao.

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    5. Na minha modesta opinião o Brasil vem com grandes chances,tem que dificultar a trave,chega de Flick Flack mortal layout! !! A moda agora é mortal esticado com pirueta! !!!! Falar é fácil né quero ver ir lá fazer kkkk brincadeira a parte,a equipe técnica está excelente nos trabalhos.

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    6. A reversão pra frente com as mãos seria a ponte por acaso Gbb? Obrigada.

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