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  • Análise e resultados dos Jogos Sul-Americanos 2014 - 2º dia


    No 2º dia da ginástica artística nos Jogos Sul-Americanos 2014, aconteceram ao mesmo tempo as classificatórias para as finais por aparelhos masculinas, a final por equipes masculina e a final individual geral masculina. Diferente do feminino, campeonatos na América do Sul nunca são competições fáceis para nossos atletas, tanto que a equipe terminou a competição com duas pratas hoje, e não com dois ouros como no feminino.

    O Brasil ficou a apenas 0.350 décimos atrás da Colômbia, que ficou com o ouro. Isso mostra que a prata poderia ter sido evitada, não fosse alguns erros. Sergio Sasaki não foi bem no solo, onde ele costuma tirar uma nota acima de 15 pontos e conseguiu apenas 13.650, e consegue uma nota melhor na paralela. Francisco Barreto e Lucas Bittencourt também não passaram bem pela paralela, enquanto Péricles Silva e Arthur Nory não tiveram suas melhores pontuações na barra fixa. Arthur Zanetti competiu apenas dois aparelhos, argolas e salto, e contribuiu muito bem nos dois.

    Apesar da prata e dos erros, a equipe teve excelentes pontos positivos durante a competição. Lucas Bittencourt, ginasta novo na seleção adulta, mostrou muito potencial futuro. Competiu todos os aparelhos e apenas duas de suas notas não contaram, contribuindo muito bem no solo (14.700) e no salto (14.550). Arthur Nory, que normalmente compete no individual geral, dessa vez ficou fora das argolas, mas teve todas as suas notas contabilizadas. Mostrou mais uma vez um solo consistente (14.900), um salto quase impecável (nota D 5.6, nota E 9.5, nota final 15.100) e uma paralela de 14.550. Sasaki teve a nota de salto mais alta da competição (15.350) e terminou com a prata no individual. Arthur Zanetti continua mostrando consistência nas argolas (15.800) e mantendo-se nas primeiras colocações. Francisco Barreto e Péricles Silva são dois ginastas com características parecidas e desempenharam bem as suas funções: Francisco conseguiu um 14.350 na barra fixa, Péricles conseguiu um 14.900 na paralela e ambos tiveram as melhores pontuações no cavalo com alças.

    O cavalo com alças foi, sem dúvidas, o aparelho que apresentou maiores melhorias em relação á competições anteriores, aumentando ainda mais a esperança de classificação olímpica para a equipe do Brasil. Dessa vez a equipe conseguiu uma nota 15 com Péricles, duas notas acima de 14.700 com Nory e Chico, e uma nota 13.850 do Sasaki, que poderia ter girado em torno de 14.300. Fora essas notas ainda temos o ginasta Victor Rosa que consegue uma pontuação parecida com a do Sasaki nesse aparelho.

    O formato da competição por equipes dos Jogos Sul-Americanos é o mesmo que das classificatórias do Mundial: 6 ginastas competem, 5 se apresentam em cada aparelho e a nota menor é excluída. Nas Olimpíadas, apenas 5 ginastas competem na classificatória quanto na final. Essa diminuição de um ginasta nos Jogos deixa a competição mais dinâmica e interessante para quem está assistindo, mas deixa a seleção dos ginastas da nossa equipe mais difícil, o que não é uma coisa ruim! Uma seleção difícil mostra que a exclusão não é fácil, ou seja: hoje o Brasil possui vários excelentes atletas que podem compor a equipe principal.

    O atletas que se classificaram para as finais são: Sérgio Sasaki nas argolas, salto e barra fixa; Arthur Nory na paralela e solo; Péricles Silva no cavalo com alças e paralela; Francisco Barreto na barra fixa e cavalo com alças: Arthur Zanetti nas argolas e no salto; Lucas Bittencourt no solo.

    Diego Hypólito, Petrix Barbosa e Hudson Miguel participarão da Copa do Mundo de Ginástica, etapa de Cottbus, que acontece no próximo fim de semana. A partir dos resultados dos ginastas poderemos ter uma noção ainda melhor de como a seleção pode funcionar como equipe.
    A equipe da Colômbia levou o ouro de forma muito merecida, já que, assim como o Brasil, também apresentou erros graves. Os colombianos foram muito mal no salto, tiveram a 4ª média do aparelho na competição. Ao mesmo tempo, foram excelentes no cavalo com alças, tirando duas notas acima de 15 pontos e duas notas acima de 14.500. Conseguiram ser melhor ainda na paralela, onde contabilizaram um maravilhoso 16.050 e mais 3 notas acima de 15! A pontuação total nesse aparelho foi de 61.900, 0.700 décimos mais alta que os 61.249 que os chineses, primeiríssimos nesse aparelho, conseguiram no último Mundial. A equipe da Colômbia, assim como a do Brasil, é uma equipe em ascensão no cenário da ginástica Mundial e também tem grandes chances de uma classificação olímpica. Com certeza é um grande adversário do Brasil na corrida classificatória para os Jogos do Rio.

    Além do ouro por equipes Josimar Calvo levou o ouro no individual geral, mesmo com uma nota bem ruim no salto (13.400). Outro ginasta que se destacou na competição foi chileno Tomás Sepulveda, que ficou fora do último Mundial por lesão. Ele se classificou em primeiro lugar para a final de solo, em segundo lugar para a final de salto e ainda entrou para as finais de paralela e cavalo com alças.

    Confira os resultados completos!
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    3 comentários:

    1. Pena o Brasil ter ficado com a prata, pois mesmo com esses erros daria pra vencer, porque no solo apenas quatro brasileiros competiram, ou seja, não quiseram que Arthur Zanetti competisse e substituisse a menor nota, que acho que ele conseguiria com facilidade.

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    2. Decepçaozinha o Nory não ter feito o 2o. salto... Tinha chances de medalha na final...
      Alguém sabe qual foi o 2o. salto que o Zanetti fez? (nota D 6.0)

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      Respostas
      1. Deve ser Tsukahara duplo mortal carpado, ele já fez esse salto algumas vezes.

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