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  • Pai de Victoria Moors fala sobre a carreira da filha


    O texto abaixo é uma tradução do vídeo, onde o pai da ginasta canadense Victoria Moors fala sobre a carreira da filha. Victoria também comenta sobre o que gosta no esporte, inclusive o melhor momento vivido na ginástica até agora. Confira!


    Victoria: Eu nunca imaginei nenhum outro esporte senão ginástica. Eu acho que finalmente entendi que isso era pra mim quando comecei a competir nacionalmente. Eu senti aquela sensação de que amava competir, eu gosto muito, muito da adrenalina e de apenas estar dentro desse esporte. Fazer uma boa série e dar um sorriso, aquela adrenalina mesmo que eu mal consiga respirar. Você tem que amar não conseguir respirar, amar se sentir cansada, amar ter cãibra nas pernas. Eu acho que aprendi a amar isso. Acredito que você tem que amar a dificuldade. E acho que esta se tornou uma das minhas partes favoritas.

    Pai de Victoria: A Victoria foi aquela criança que pulava muito, ela começou a treinar ginástica quando tinha mais ou menos 3 anos e meio, e estava sempre pulando em sofás, era do tipo "sem medo", e nós queríamos colocar ela pra fazer algo que fosse bom para aquilo.... E acabou sendo a ginástica. 

    Victoria: O que eu amo sobre a ginástica é simplesmente a experiência no geral. Eu aprendo tanto sobre mim mesma, do que sou capaz, e definitivamente a ginástica me ensina muito o que posso levar para a vida também. 

    Pai de Victoria: Ela é muito determinada. E, estando nesse nível, acredito que é algo que você tem que ser. Eu lembro um pouco de quando ela era mais nova, em suas primeiras competições... Sabe, ela conseguia um segundo, ou terceiro lugar e simplesmente ficava totalmente desapontada. Falávamos: "Uau! Você se saiu muito bem, foi maravilhoso!", e ela: "Não". Estava chateada porque não tinha ficado em primeiro lugar. 

    Victoria: O que eu faço durante a semana é praticamente acordar, ir à escola, ir ao treino, e voltar para a cama. Isso acontece usualmente assim todos os dias. Às vezes, só talento e potencial não são suficientes. Se você for talentosa mas não tiver a mente trabalhada para dar aquele empurrão extra, às vezes você não alcança, certo? Trabalho duro definitivamente é uma parte importante. Você tem que querer ir ao ginásio, tem que querer sacrificar tudo.... Porque você quer aquilo muito! 

    Pai de Victoria: Desde o começo, desde o primeiro dia, minha esposa e eu atuamos como família, dando suporte à Victoria de todas as maneiras que a podemos. Nós não nos envolvemos no lado "ginástica" das coisas, nós não guiamos pra onde ela vai ou o que faz porque sempre acreditamos que estas eram tarefas para os técnicos. 

    Victoria: O nome da minha técnica é Elvira Saadi, ela já esteve em Olimpíadas pela Rússia e ela sabe o preço que se paga, o que temos que enfrentar para conseguir. Ela é durona, mas também é amável quando precisa ser, sabe o que é preciso saber… Ela é como uma deusa da ginástica! (risos). Ela está sempre certa (risos). Meu momento mais marcante foi no segundo dia do Campeonato Mundial (2013). No primeiro dia eu caí em uma acrobacia que estava estreiando. E, para ter a acrobacia batizada com seu nome, ela precisa ser realizada com sucesso, mas eu caí, então sabia que no dia seguinte eu tinha que me assegurar de que iria conseguir. Mas quando cravei ela, ah!, eu só joguei minha cabeça para trás, estava muito agradecida e tão feliz que acho que o gosto acabou sendo ainda mais doce no segundo dia, mesmo que tenha caído no primeiro! 

    Pai de Victoria: Apenas vê-la lá era inacreditável. Você não tem ideia dos sentimentos que passamos vendo nossa filha ali, naquele nível e competindo com as melhores do mundo. É um sentimento maravilhoso. 

    Victoria: Eu tenho que levar um dia de cada vez. Eu não vou para uma competição dizendo: “Ah, eu vou ficar em primeiro”, porque erros acontecem e nós aprendemos com eles. Eles tem que acontecer. Só tenho que relembrar o porquê de estar aqui, e isso é o principal. Você faz algo porque ama faze-lo e não pode viver sem aquilo.

    Pai de Victoria: É uma jornada muito difícil, pode-se dizer (risos). E a Victoria tem ido muito bem. Nós nunca pensamos que ela chegaria ao nível que chegou, nós sempre dizemos que todas as estrelas precisam se alinhar para que isso aconteça… E elas estavam no lugar certo para a Victoria.

    Tradução: Marina Aleixo
    Foto: Thomas Schreyer
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    2 comentários:

    1. Linda ginasta, tem a parte coreográfica bem trabalhada, porém as Americanas estão com series muito difíceis e pra acompanha-las no quesito dificuldades a ginasta tem que ser muito hábil e explosiva.

      Victoria presa se arriscar muito pra ganhar o Ouro!!!

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      Respostas
      1. Mais do que já se arrisca???
        A garota já faz o DD esticado, uma e meia com tripla, mas não passa dos 14,500.
        Tá na hora de priorizar por saltos mais fracos pra melhorar essa execução, pq se continuar se arriscando dessa forma ela vai looooonge.

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