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  • Análise e resultados Pan-Americano de Ginástica 2014 - 2º dia de finais por aparelhos


    Terminou hoje as competições de ginástica artística do Pan-Americano de Ginástica 2014. No masculino o destaque ficou com a Colômbia, que levou dois ouros, enquanto no feminino o destaque ficou com a ginasta Jessica Lopez que conquistou duas pratas para a Venezuela.

    MASCULINO

    Salto

    O brasileiro Sérgio Saski abriu muitíssimo bem a final de salto cravando um dragulescu de 15.400. Apostando em um segundo salto mais difícil (e consequentemente apostando em mais chances de medalhas), Sasaki competiu com um tsukahara com duplo mortal carpado que ainda não tem uma chegada cravada. Na verdade esse salto é bem difícil de frear a rotação, que é muito rápida. Precisa de muito treino para isso. Entretanto, ótima estreia de salto para Sasaki, que ficou com o ouro. Com saltos mais simples mas de execução muito limpa, o guatemalteco Jorge Vega conquistou a prata, excelente resultado para o a país. O brasileiro Caio Souza completou o pódio com saltos de segundos voos altíssimos e postura excelente. O chileno Tomas Gonzalez e o cubano Manrique Larduet, ambos favoritos à medalhas, acabaram errando seus saltos e ficando fora do pódio.

    Paralela

    Final disputadíssima, onde veio o primeiro ouro da Colômbia. Jorge Giraldo não tinha a maior nota D da final, mas se classificou em primeiro e manteve a pontuação com uma série que prende a atenção de quem assiste de tão bonita execução. Giraldo é um nome forte desse aparelho no Mundial, com chances reais de medalhas. O cubano Manrique Larduet, medalha de prata, quase ficou com o ouro com outra série de prender os olhos. Um pouco mais difícil que a série de Giraldo, Manrique perde um pouquinho na execução. O brasileiro Caio Souza conseguiu uma nota bem melhor que na classificatória: salto de 14.800 para 15.150! Excelente resultado individual para Caio e excelente perspectiva para o Brasil numa competição por equipes daqui a um mês na China!

    Barra fixa

    O brasileiro Sérgio Sasaki não conseguiu manter a primeira colocação conseguida com um 15.600 na fase classificatória. Sasaki foi medalha de prata e dividiu o pódio com o cubando Manrique Larduet com a nota 15.150. O colombiano Jossimar Calvo, finalista de barra fixa no último Mundial, foi o primeiro colocado com uma das séries mais difíceis da atualidade e com nota final de 15.825. Essa nota teria lhe rendido um bronze na final do Mundial do ano passado.

    Resultados masculinos completos.

    FEMININO

    Trave

    A guatemalteca Ana Sofia Gomez, que é treinada por um romeno, continuou trilhando seu caminho de sucesso internacional e foi mais uma vez campeã pan-americana nesse aparelho. Com uma sequência cravada de flic + pirueta grupada, Gomez ficou com o ouro pontuando 14.450. A venezuelana Jessica Lopez passou por cima dos erros da final de paralela e ficou com a prata na trave com 14.100. Jessica está com uma série bem firme nesse aparelho que vai somar bem na nota da competição individual geral. A brasileira Julie Kim completou o pódio, com 14.000. Muito limpa, rápida e segura, Julie foi precisa em suas ligações e errou pouco, ficando com um bronze que representa um resultado individual importante pra toda a equipe brasileira. Madison Kocian, dos Estados Unidos, desequilibrou muito e decepcionou. Daniele Hypólito, que havia se classificado em segundo, sofreu uma queda e perdeu algumas ligações ficando em último lugar na final

    Solo

    MyKayla Skinner conquistou mais um ouro para os Estados Unidos. Com uma das séries mais difíceis atulamente, MyKayla compensa em acrobacias o que lhe falta em flexibilidade e artisticidade. Às vezes a série pode não ser tão bonita de se ver, mas teve nota D suficiente para garantir o ouro à ginasta. Jessica Lopez apareceu de novo com a prata, com uma série que tem as mesmas características da série de trave: série firme, com boa nota D, que vai somar pontos importantes para ela na competição individual geral. A cubana Yesenia Ferrera completou o pódio com um 14.400. Acrobacias excelentes, nota D altíssima e ótimo resultado para Cuba, que está retornando agora ás competições já botando pressão em países que não ficarem espertos. Daniele Hypólito passou uma série bem cravada, mas com nota D baixa. Apesar de ter competido melhor que na classificatória, sua ótima execução não foi suficiente para superar as altas notas D das adversárias.

    Resultados femininos completos.

    QUADRO GERAL DE MEDALHAS

    MASCULINO

    1 - Colômbia - 3 ouros e 1 prata
    2 - Brasil - 2 ouros, 2 pratas e 4 bronzes.
    3 - Estados Unidos - 1 ouro, 2 pratas e 1 bronze.
    4 - Chile - 1 ouro e 1 bronze.
    5 - México - 1 ouro
    6 - Cuba - 2 pratas e 2 bronze.
    7 - Guatemala - 1 prata
    8 - Porto Rico - 1 bronze

    FEMININO

    1 - Estados Unidos - 5 ouros, 1 prata e 1 bronze
    2 - Guatemala - 1 ouro
    3 - Venezuela - 3 pratas
    4 - Cuba - 1 prata e 2 bronzes
    5 - Brasil - 1 prata e 1 bronze
    6 - México - 2 bronzes
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    16 comentários:

    1. Foi o que Daniele escolheu! Ser artística, ter uma série cravada, porém nos dias de hoje tem que ser artística, ter uma série cravada, e difícil. Acho que is juizes gostam de ser surpreendidos com acrobacias de tirarem o fôlego! Porem dany prefere realizar as mesmas passadas de sempre........ Uma. Pena!

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    2. Dany tem um solo lindo! Porém não impressiona! Pra ela ganhar medalhas precisa dificultar! Ela e artística e linda fazendo ginastica, mas só isso não basta! Pra uma ginasta de elite se apresenta com uma serie partindo de 5.3 não dá.

      Se não quer realizar acrobacias difíceis , coloque vários giros e saltos com alto valor de dificuldade.

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      1. Na verdade a série dela parte de 5.6 o problema é que o Duplo Giro com a Perna na Horizontal (D) e o salto de dança Gogean (D) não foram validados. Na final de solo ela não fez o Gogean e não completou o Duplo Giro então partiu de 5.3 nota final 14.000, se ela tivesse feito tudo teria tirado 14.300.

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      2. Se a Dani tivesse feito tudo na final de solo ficaria com 14.300 (D: 5.6 + E: 8.7), torço pra que no mundial pontue no minimo
        VT: 14.300 (Normalmente ela pontua)
        BB: 14.300 (Pontuou no Pan)
        UB: 13.100
        FX: 14.300
        Total: 56.000 (Seria uma ótima nota no AA e pra equipe)

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    3. A Cubana pode até ter uma nota de dificuldade alta, mas a execução dela é horrível mil vezes pior que a Daiane. Quase caiu na primeira diagonal e não esboça nenhuma reação tato na hora da competição como no pódio, parece que esta sendo obrigada a competir...enfim,... não gostei. Quanto a Dani eu acredito que ela tem condições para aumentar a dificuldade dela no solo e ela só não faz isso pq não quer. Parabéns pra Julie e para os meninos.

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    4. É de se esperar que já já venham os pessimistas de plantão criticarem a participação feminina do Brasil e não dá pra esperar menos de pessoas que desconhecem a rotina exaustiva e de muito esforço dessas garotas. Aproveito até a oportunidade pra dizer como me agradam os comentários de Andréia João que diferente de muitos tenta ver oque a ginasta realiza de positivo e claro dentro dos seus limites,ao invés de tecer críticas não construtivas que não levam absolutamente a nada desmotivando as próprias ginastas.

      Me agradou e muito a equipe feminina do Brasil mesmo achanado a arbitragem não rigorosa,talvez faltou brilharmos nas finais por aparelhos mas tratava-se de um objetivo secundário visto que a principal meta era o sucesso coletivo visando o mundial desse ano e a consequente classificação pro pré-olímpico de 2015. Series regulares mas sem grandes falhas sobretudo na trave e solo,poderíamos ter pontuado mais no salto;paralelas ainda devendo mas que seja enaltecido a evolução neste aparelho.

      Analisando individualmente as meninas,como Julie evoluiu e fico feliz por isso;já até considerei ''carta fora da baralho'' mas ela está mais na briga do que nunca por uma vaga na equipe olímpica.Mariana Oliveira também competiu bem,Letícia Costa vem se firmando no UB e também entra pra briga;ao meu ver já cabe mais dificuldade na série de paralela dela. Dani alterna bons e maus momentos,mas ainda tem condições pra um solo mediano e boa trave pra ajudar no somatório da equipe e somente isso,não espero mais. Penso que cabe um 12° lugar no Mundial deste ano se as meninas acertarem suas provas!

      Agora em uma visão a longo prazo e já pensando no ano decisivo de 2015,vejo os nomes certos de Rebeca,Flávia,Jade e até mesmo Daniele;sobram 2 vagas. Seria inteligente ter uma ginasta que pontue 13 xxx no UB na equipe,atualmente a briga estaria entre Letícia Costa e Maria Cecília Cruz(não tem espaço pras duas). A ultima vaga ficaria entre Mariana Oliveira e Julie,apesar da ultima não ter um VT tão forte supera Mariana na trave/solo e competiria no lugar de Daniele no UB. Portando ficaríamos assim:

      UB: Letícia Costa(cabe dificuldade na série pra um futuro próximo),Rebeca,Jade,Julie(substituir Dani),Flávia (sem grande dificuldade mas boa execução,também cabe dificuldade pra chegar aos 13xxx)

      BB:Jade,Rebeca,Flávia,Julie,Daniele

      FX: Jade,Rebeca,Flávia,Julie,Daniele

      VT:Jade,Rebeca,Flávia,Letícia(saltou pra 14 000 no Pan),Dani ou Julie(que acabaria competindo em todos os aparelhos e não sei se isso seria interessante,com a escolha dela sacrificaríamos o bom VT da Mariana,porém ganharíamos com Julie nos outros aparelhos)

      *Rebeca seria nossa grande chance no AA,mas acho interessante além de Jade competir em todos os aparelhos Flávia também. Flavinha é segura e em caso de falha da Jade entra pra final do AA também.

      O que pensam da equipe dessa forma? Alguma modificação?

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      1. Você esqueceu da Lorrane que volta ano que vem, p mim se ela tiver saudável é vaga garantida!

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      2. Flávia Saraiva é somente em 2016.
        E sobre a Rebeca, é óbvio que ela não competirá AA, se quisermos medalhas, que deixe ela competindo apenas no salto e solo, ou um dos dois.

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      3. HÃA??? Rebeca não competirá o AA?? kkkkkkkkkk e quem vai contribuir com as outras notas que o Brasil precisa?? Acorda anônimo, é por isso que ela esta aumentando a dificuldade em TODOS os aparelhos, justamente pra disputar o Individual Geral e é atualmente uma das melhores juniors do mundo na minha opinião.

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      4. Rebeca sem competir AA??? Foi a coisa mais idiota que eu já ouvi... Com a nota do brasileiro juvenil ela ficaria em 5 lugar no AA do mundial do ano passado, ela tem a melhor paralela do Brasil e ficaria em primeiro lugar se competice no europeu juvenil ( com sobra). E VC ERROU de novo ao se referir a Flavia, ela já é elegível para o mundial do ano qu. Vem

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    5. Acho que Julie se parece um pouco com Mustafina, tanto fisicamente quanto na leveza dos movimentos. Alguém concorda?

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      1. Ela pontuou 54.100 *-* <3, mesmo com erros nas Assimétricas e no Solo, fora o salto novo dela que ela não executou que parte de 5.5 (que no brasileiro sem a queda ela pontuaria 14.600 \o/)

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    6. CRUZ: Cecília surpreendeu nos últimos meses. A atleta salta FTY, mas não tão bem executado como Valentin e Costa. Uma trave com valor D de 5.2 e uma boa execução, mesmo com boas notas, este aparelho não é o seu forte. Maria Cecília apresentou upgrades interessantes no solo, ela já treinou Dos Santos, porém, nunca o levou para competições internacionais, neste aparelho ela consegue valor D de 5.3 e com uma execução que pode chegar acima de 8.000. Mas seu melhor aparelho, por incrível que pareça, são as barras assimétricas, onde o Brasil possui a pior média de notas. Maria Cecília treina elementos difíceis, executados por grandes atletas, amas atualmente apresenta valor D de 5.5 e quando acerta, leva essa nota para as alturas, sua execução ultrapassa dos 8.000 pontos. Infelizmente, apresenta algumas inconsistências, mas quando trabalhadas, podem ser abolidas.

      COSTA: Letícia salta um belo FTY, ela chegou a execução de 9.300 no Mundial na Antuérpia em 2013, execução para se aplaudir de pé, incomum com este tipo de salto. Com uma barra de valor D que oscila entre 5.3 e 5.1, ela consegue uma execução que pode ultrapassar os 8.000 pontos, superando as vezes, até a melhor atleta brasileira neste aparelho, Maria Cecília. Possui uma trave forte e com uma ótima execução, mas não tão superiores quanto as de suas colegas (Sinmon, Hypolito, Oliveira, Retamiro). Seu pior aparelho é o solo, ela já apresentou um bom upgrade, executando Dos Santos com uma ótima chegada e já chegou a ligar um elemento de valor E com um salto A, bonificando em 0.1, foi a primeira ligação que o Brasil apresentou de valor E, desde 2009, quando este tipo de ligação foi validada no código, mas possui chegadas descontroladas, com passos enormes, gigantes! A execução gira em torno de 7.200 a 7.800, sem queda.

      OLIVEIRA: Mariana é um dos nomes da "revolução" na ginástica atualmente. Ela já levou DTY (5.8) para competições internacionais, porém, não o apresentou atualmente, mas quando quando salta com valor D de 5.3, sua nota é de bom agrado para a equipe. Seu pior aparelho são as barras assimétricas, com valor D 5.0, com uma boa junção de pernas, mas não o suficiente. Sua execução na trave é magnífica, nunca decepciona, oscila entre 8.5 a 8.8, mas com um valor D de 5.2 a 5.3. Seu solo também não é ruim, com ligações inteligentes e boas chegadas, sua grande dificuldade são os saltos artísticos, ela não completa os giros. É uma das atletas mais queridas, a mais simpática e mais cativante da seleção.

      SINMON: A atleta que mais surpreendeu nestes últimos meses. Julie consegue uma ótima execução no FTY, assim como Costa. E seu pior aparelho são as barras assimétricas, mesmo uma linda junção de pernas, seu valor D neste aparelho soma 5.0, sua execução é linda mesmo. Sua trave é linda, crava TUDO, TUDO mesmo, com valor D que oscila entre 5.5 e 5.4. Sua artisticidade é bela, com ligações inteligentes e saídas ousadas, a atleta já presentou saída de Double Arabian, acertando até, é uma atleta promissora e mostrou todo seu potencial no ano decisivo de sua carreira, é uma grande atleta e seu sobrenome é superação. Seu solo é bom, de valor D 5.3, ela apresentou upgrades significantes, mas possui problemas na chegada da ligação C+C.


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    7. VALENTIN: Foi a única que não apresentou upgrades, mas organizou suas séries para que sejam mais limpas. Nesse termo, o solo foi o mais beneficiado, cravando tudo, ótima artisticidade e com 5.2 de valor D acertando o Memmell, o que vimos pouco da atleta nos últimos meses. A trave também é o seu ponto forte, com 5.4 de valor D e com média de execução de 7.800, ela não cumpre uma exigência de saída com valor D, ela sai de Dupla Pirueta (valor C), ganhando apenas 0.3 de exigência, caso ela tenha uma saída de valor D, sua nota de dificuldade poderia subir para 5.7, não sabemos se ela atualizou, já que não temos vídeos ou notícias disponíveis sobre a mesma. Mariana salta FTY (5.0), conseguindo uma nota mediana para este aparelho e possui uma barra de valor D 5.0, porém, com uma execução que a faz perder grandes pontos.

      HYPOLITO: Todos já sabem das suas séries e é nome certo pro mundial.

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    8. Acho muito cedo para tal definição, quase dois anos,muito tempo. Muita coisa pode mudar até lá. Veja o que aconteceu com Rebeca Andrade, as vésperas da olimpíada da juventude! Ainda bem que a atleta que a substituiu deu conta do recado. Apesar de ter admiração pela Rebeca,acho Flávia mais graciosa,acho que se saiu melhor que Rebeca sairia

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