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  • Como fica a nossa seleção masculina sem Vladimir Vatkin?


    No fim do mês de dezembro, a maioria dos fãs de ginástica do Brasil receberam (ou descobriram) uma triste notícia: Vladimir Vatkin, treinador chefe da seleção masculina, estava deixando a seleção do Brasil e se reajustando à seleção australiana. Vatkin já comandou a seleção masculina da Austrália e, segundo o site da Confederação Australiana, ele voltaria a trabalhar com o país a partir do dia 27 desse mês. Até agora não houve nenhum comunicado oficial da parte da CBG ou do COB sobre o afastamento de Vatkin, então, sob o olhar da maioria, ele ainda é o coordenador técnico da seleção.

    Quando Vatkin chegou ao Brasil, é certo que a seleção masculina já traçava um bom caminho com todos os treinadores nacionais que desempenharam um papel importantíssimo na formação de atletas durante todos os anos anteriores. Sérgio Sasaki, Petrix Barbosa, Arthur Nory e Caio Souza vem de uma safra de juvenis excelentes produzidos exclusivamente pelo Brasil. O quê então perde a seleção masculina com a saída dele?

    A maior perda de todas, e a mais importante, é a imparcialidade na escolha da equipe. Vatkin tinha uma estratégia com a equipe que ficou muito clara esse ano, quando até Diego Hypólito esteve sentado no banco de reservas. Nessa altura do campeonato, faltando um ano e meio para os Jogos Olímpicos, o foco em uma equipe classificada e uma escolha sábia e justa dos ginastas é algo que a equipe não pode se dar ao luxo de perder.

    Acontece que, hoje, quase todos os clubes - senão todos - possuem pelo menos um atleta a nível de seleção masculina no Brasil. O Pinheiros, por exemplo, abriga Arthur Nory, Ângelo Assumpção e Francisco Barreto... E sem Vatkin, provavelmente um técnico brasileiro deve assumir o cargo de coordenador da seleção. Existe algum técnico sem vínculos com algum clube no Brasil para fazer escolhas sábias e que ignorem o clube que o ginasta pertence? Difícil responder.

    Esse é o maior desafio da equipe masculina do Brasil: encontrar equilíbrio em suas escolhas. Ter imparcialidade em suas decisões. Escolher os melhores talentos entre vários que hoje existem no Brasil.

    Se Vatkin ajudou tecnicamente a equipe masculina? Talvez menos do que se esperava. Pode ser que tudo o que aconteceu até agora teria acontecido sem ele aqui. Mas saber que a direção e coordenação da equipe está nas mãos de um técnico imparcial e justo, sem vínculos com algum clube, seria um motivo único e suficiente para segurar Vatkin aqui pelo menos até 2016.

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