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  • A artisticidade francesa


    A artisticidade na ginástica artística feminina cresceu muito desde que o novo código de pontuação entrou em vigor em 2013. As séries começaram sim a ficar diferentes e a melhora foi notória. A questão ainda é um pouco subjetiva. Por exemplo: muitos acham que a americana Simone Biles tem a parte artística fraca; outros já gostam do que ela apresenta. No fim das contas são os juízes quem decidem, mas para quem assiste de casa, algumas séries não deixam dúvidas quanto a qualidade nesse quesito.

    É o caso da equipe francesa. No último Mundial a equipe apresentou séries com parte artística muito interessantes. Apesar das acrobacias com valor de dificuldade baixo, a equipe investiu em elementos de dança melhores e parte artística mais elaborada. A estratégia foi boa e quase funcionou para Marine Brevet que, sem uma queda na última passada, poderia ser finalista de solo com uma nota D de 5.3 e uma diagonal de apenas 1.5 pirueta de costas. Dá pra imaginar isso?



    Outra série muito bonita e talvez uma das melhores do ano passado foi a de Claire Martin. Assista pelo menos 3 vezes.



    Clara Chambellant parece ter ouvido a música no fone de ouvido por 2 meses seguidos sem parar. Quanta precisão e limpeza de movimentos casando com a música!



    Manon Cormoreche também não deixou a desejar e esbanjou sorrisos e simpatia,



    Por último, Mira Boumejmajen, com a série do Mundial de 2013, mas a mesma coreografia de 2014.



    Percebe-se que um tempo foi gasto em dedicação a essa parte do código de pontuação. Não seria melhor se todas as equipes pensassem assim? Tudo bem que as séries das francesas não tem um elevado grau de dificuldade, mas elas prendem a sua atenção e te fazem querer assistir a série até o final.

    Texto de Cedrick Willian
    Foto: Thomas Schreyer
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    10 comentários:

    1. Lindas series ! Mas, por outro lado e sem graça vê acrobacias "simples".

      Daniele Hypolito e muito artística. ano passado até mudou de musica, fez uma bela apresentação, mas no quesito dificuldade ficou devendo, não adianta ser apenas artística, pra brigar por medalha tem que ser difícil.

      Muitos ficaram indignados com a medalha conquistada por Raisman, mas ela seguiu o código, cravou as passadas sendo que a sua serie de solo foi a mais difícil da competição, nota D 6.5 contra 6.2 ou 6.3 da Ponor, E quem saiu vencedora? nem precisa falar né?

      Marcos Santos

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    2. CLAIRE MARTIN estou simplesmente apaixonado, que isso gente, não é uma série é uma obra de arte! Sem dúvida a melhor apresentação artística de 2014.
      DETALHE PRA NELLIE KIM de olho na garota, e aos 0:50 balançando a cabeça positivamente!!! Nem pra série da Mustafa ela deu tanta anteção :p

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    3. Não consigo ser 8 e nem 80 nesse assunto.
      Não suporto as apresentações 0% artística: Raisman, Biles, etc.
      Mas também essas que são bem artísticas e com dificuldade a desejar, eu acho um saco!
      Um meio termo, por favor!

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      1. Conceito artístico e muito subjetivo, o que para você pode não ser artístico, para mim é artístico, o certo mesmo e seguir o código, Raisman seguiu o que o código pedia, a coreografia era fraca? sim !!! mas estava de acordo com o código, tanto que ela tirou 15.600 em Londres cravando suas acrobacias.

        Biles também esta de acordo com o código que esta vigorando, esse novo código não permite as ginasta fique descansando nas diagonais, devendo se movimentar o tempo todo !! e realmente Biles NÃO PARA.]

        Concordo com você que series fracas em dificuldade são tediosas, um exemplo disso e o Brasil no ano passado.

        Marcos Santos

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    4. Fabiano Araújo15 março, 2015 06:34

      Séries muito interessantes mesmo!
      Saudades da Brevet de 2011/12. Tomara que ela volte a fazer finais de solo, adoro o estilo dela.

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    5. Outra ginasta que está seguindo esse conceito é a holandesa Lieke Wevers (irmã gêmea da Sanne Wevers), que tirou um 13,500 em uma série com "2 acrobacias de fato".
      https://www.youtube.com/watch?v=nsZ13tAoK0M

      O Brasil por sua vez não ultrapassou a marca de 13.466 (as outras foram na casa dos 12 e alguma coisa) da Daniele Hypolito.

      Lucas

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    6. O duro é Jade e Daniele, além de nunca apresentar dificuldade a Jade ainda esta apresentando uma série muito suja...E o pior de tudo sem dificuldade...Que venham a nova geração.

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      1. Provavelmente você não acompanhou a última partição de Jade em competição antes do mundial, FX 5.9, BB 6.2 VT 5.8 e um provável Mustafina que seria realizado no Mundial, notas de partidas boas, mas Daniele apresentou as mesmas coisas.

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    7. A série da Julie Croket também quase iria funcionando no Mundial e ela partiu de 5.300, ficando com 0.3 décimos a menos que a 8a colocada no solo.

      Mas o problema não é a dança e sim, as novas regras:
      -0.1 por iniciar a série imediatamente com acrobacia.
      -0.1 por coreografia insuficiente entre as acrobacias na mesma diagonal.
      -0.1 para pausas.
      -0.1 por ficar com pés paralelos nas diagonais, mais de 1x.
      -0.1 por se ajustar/ preparar nas diagonais.

      Vanessa Ferrari e Skinner perderam medalhas por isso, e se forem conferir os vídeos podem conferir que algumas árbitras são rigorosas nisso.

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    8. Adorei as séries, principalmente da CLAIRE MARTIN.

      Isso que é artisticidade e tática !

      Se não tenho acrobacias difíceis, faço as que sei bem feitas, sem grandes descontos e com saltos e giros difíceis e bem feitos !

      Se alguem seguir essa linha artistica e tiver um pouco mais de dificuldade eu acho que consegue pegar uma medalha no mundial !!

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