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  • O que a ginástica reserva para 2015? - Parte 8 - Seleção masculina do Brasil


    Última parte da série "O que a ginástica reserva". Seleção masculina do Brasil!

    Arthur Zanetti

    Campeão olímpico de argolas em 2012, medalha de ouro no Mundial de 2013 e prata em 2011 e 2014, Zanetti coleciona títulos. Mas não pense que Zanetti é um ginasta só de argolas: ele pontua muito bem no solo e no salto, além de ter voltado a trabalhar em sua série de paralelas. Depois de 4 anos de sua primeira medalha em um mundial, ainda continua sendo a maior chance e esperança de medalha para o Brasil. Na última "newsletter" de GAM da Federação Internacional de Ginástica, na parte de Interpretação de Regras das argolas, foram tomadas algumas decisões de efeito imediato quanto às posições do corpo e limpeza dos elementos. Exercícos que vão de uma posição estática à outra e não demostrarem variação suficiente do corpo, não serão validados ou terão descontos de 0.1 ou 0.5. E isso nunca foi problema para Zanetti, campeão também de limpeza e boas execuções, principalmente nos exercícios estáticos.



    Sérgio Sasaki

    Ainda se recuperando de lesão, Sérgio tem um ano difícil. Logo após conseguir somar 90+ no individual geral no fim do ano passado, chegou para sua última competição com um único objetivo: derrotar Oleg Verniaiev, ucraniano atual adversário do japonês multi-medalhista Kohei Uchimura. E tudo parecia funcionar depois de cravar todas as passadas no solo (inclusve a que o lesionou), seu primeiro aparelho, até terminar a série com uma lesão no joelho. Esquecendo a lesão, Sasaki terminou o ano muitíssimo bem, conseguindo manter a dificuldade e execução de suas séries ótimas até o fim do ano. No salto sobre a mesa, aparelho onde consegue maior nota, já apresentou em treinos um salto mais difícil que atualmente faz: um dragulescu carpado, que atualmente foi nomeado pelo ginasta coreano Ri Se Gwang. Ainda sem competir, mostra uma vontade muito grande em voltar. Pode ser que consiga já competir já no Pan de Toronto, mas sem suas séries completas.



    Diego Hypólito

    Desde que entrou para a categoria adulta, Diego nunca deixou de ter chances de entrar para as finais de solo e salto em qualquer competição que participasse. Entretanto, no ano passado levou um susto: suas chances de final não eram tão necessárias para a equipe, e acabou como segundo reserva no Mundial. Duas lesões, uma no primeiro reserva Petrix Barbosa e outra no titular Caio Souza, acabaram por colocar Diego na equipe, que se classificou para a final de solo e terminou a prova com o bronze - numa final em que ele realmente poderia ter sido ouro -. Apesar de ter conquistado mais uma medalha para o Brasil, a presença de nenhum ginasta é garantida na equipe masculina. Diego tem uma acrobacia que pretende homologar esse ano - um duplo carpado para frente com uma pirueta - e nem isso é suficiente para colocá-lo no Mundial. O que a ginástica reserva para Diego esse ano? Boas séries de barra fixa e paralela. Isso é, na verdade, o que todos esperam de Diego, para que ele possa fazer parte da equipe sem maiores transtornos e tentar ser o melhor do mundo em sua principal prova mais uma vez.



    Caio Souza

    Depois da lesão que o deixou fora da equipe no Mundial de 2014. essa pode ser a chance de Caio brilhar internacionalmente. Crescendo muito nos treinos e com um bom individual geral, está perto de ter o prestígio de Sérgio Sasaki, onde sua presença na equipe seja cada vez mais indispensável. Com notas que alcançam quase 15 pontos na paralela e barra fixa, Caio cumpre seu papel muitíssimo bem em todos os outros aparelhos. E de acordo com os vídeos que vem postando em seu Instagram, pode ser que as séries esse ano evoluam ainda mais! Sem lesões e 100% em forma, não há outro lugar para Caio que não seja dentro da equipe.



    Arthur Nory

    Competiu de forma discreta no Mundial do ano passado por conta de uma lesão no dedo que aconteceu bem próxima à competição e acabou atrapalhando seu rendimento. Mesmo assim, conseguiu entrar para a final do individual geral, mas com alguns erros terminou numa posição inferior à conquistada no Mundial de 2013. Nory pontua muito bem em todos os aparelhos e disputa a vaga de segundo "all arounder" do Brasil com Caio Souza. Esse ano estava apontado como substituto de Sérgio Sasaki na American Cup, que acontece amanhã, mas outra lesão, dessa vez no joelho, deixou o ginasta em casa. A torcida é para que mais nenhuma outra lesão aconteça até o Mundial, onde pode ser peça importante para a classificação olímpica. Seus melhores aparelhos são o solo, salto e barra fixa, e apesar de ter séries "fáceis" nos outros aparelhos, é um ginasta muito limpo.



    Francisco Barreto

    Campeão brasileiro no individual geral do ano passado, Francisco sempre se destaca por sua regularidade e boas notas que consegue em aparelhos que talvez outros ginastas não apresentem tanto destaque: barra fixa, paralela e cavalo com alças. Francisco mostra ser um ginasta determinado, sempre está na ativa e quase nunca sofre com lesões, o que é muito bom e praticamente um fator determinante para que continue tendo destaque. Já conseguiu notas acima de 15 pontos na barra fixa, e costuma pontuar acima de 14 no cavalo com alças, paralela e argolas. Suas séries de solo e salto parecem não ter potencial de evolução considerável (nota D de 5.6 no solo e 5.2 no salto), fazendo com que o ginasta, apesar de ter sido campeão individual geral nos campeonatos nacionais por várias vezes, quase nunca seja usado dessa forma em competições da seleção.



    Lucas Bittencourt

    Depois da saída de Francisco Barreto do clube SERC, um "novo" ginasta individual geral "apareceu": Lucas Bittencourt. Talvez a pressão para tentar manter o clube com o título de campeão brasileiro por equipes tenha pressionado um resultado e treinamento mais forte para esse ginasta, que desde então só cresceu. Por esse ou por outro motivo, no fim das contas um bem foi feito à ginástica, e hoje Lucas figura entre um dos ginastas mais regulares do Brasil. Foi bronze no individual geral do Campeonato Brasileiro no ano passado e no Mundial teve todas as suas notas contadas na classificatória, exceto no salto. Na final por equipes, pontuou 14.200 no cavalo com alças e 14.333 na paralela, colaborando para um inédito 6º lugar. Lucas ainda é novo e passa uma certa tranquilidade, pontos positivos para o ginasta e para o futuro da equipe pré e pós-olímpica.



    Texto de Cedrick Willian
    Foto: Ricardo Bufolin

    Esse é o último texto de 2015 da série " O que a ginástica reserva". Todo fim / começo de ano faremos postagens sobre os maiores nomes que competirão no ano seguinte. Os últimos textos serão exclusivamente escrito sobre ginastas do Brasil.
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    4 comentários:

    1. Ótimo post parabéns Gym Blog....Faltou só o Petrix né ??

      Arthur Nory seu lindo, gostoso, maravilhoso !!

      Que venha a sonhada vaga olímpica esse ano.

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      Respostas
      1. Petrix? acho que não! Talvez o Angelo ou o Hudson. Petrix vai ter que correr atrás esse ano se quiser brigar pela vaga em 2016.

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    2. Go Brazil...muito feliz com essa seleção.

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    3. Muito bom o Blog ter valorizado e destacado a equipe masculina este ano. Espero que isso sempre repita todos os anos. Parabéns pela postagem!

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