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  • Corte de gastos pode acabar com a ginástica do Grêmio Recreativo Barueri


    Foi noticiado ontem que a cidade de Barueri passa por uma crise esportiva e que o corte de gastos da prefeitura atingirá os esportes olímpicos, começando pelo atletismo e pela ginástica artística. A crise pode atingir até o Grêmio Recreativo Barueri, que gerencia os esportes do município desde os anos 80.

    Não tem jeito, parece que a história nunca vai acabar! O que é necessário para a valorização do esporte no nosso país? Se um clube que possui várias meninas na seleção e apresenta resultados expressivos, tanto nacionais como internacionais, tem suas verbas repentinamente cortadas, o que pode se esperar dos investimentos aos clubes e talentos que estão apenas começando? Todos os resultados que o clube possui vieram com os investimentos feitos, com a contratação de novos treinadores, com as melhorias gerais. É difícil entender isso? Precisa desenhar?

    E isso acontecendo agora, em ano pré-olímpico, sendo que uma das atletas da ginástica, Luana Antunes, tem idade para 2016. Por essas e outras nosso país nunca vai se tornar uma potência olímpica. O amor pelo esporte acaba quando a fome chega, quando o aluguel atrasa, quando não se tem dinheiro para andar de ônibus. Amor pelo esporte não paga as contas, mas o amor ao dinheiro mantém muitos políticos no governo, esses que, na primeira oportunidade, cortam gastos de onde menos os interessam.

    Esporte não compra votos. Bolsa família e todas os outros mil auxílios existentes no nosso país, isso sim compra. E assim continua nossa cultura política-esportiva: completamente mascarada por imediatismos em anos eleitorais. Tudo isso é uma pena, uma tristeza, uma indignação. Dá medo do nosso legado olímpico. Medo de como tudo ainda pode piorar em 2017.

    Fonte: QG Notícias
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    3 comentários:

    1. Lamentável esta situação. Prefiro nem comentar a situação política e ética deste país. O único jeito que vejo é a CBG bancar vários centros de treinamento pelo país, o difícil é arrumar verba para isto. Por falar nisso, a CBG adotou a seleção do flamengo? o flamengo ainda tem centro de treinamento de ginástica? depois das olimpíadas o que vai ser dos atletas do flamengo? Alguém sabe alguma coisa sobre a situação do flamengo com a ginastica.

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    2. A ginástica brasileira vai por um péssimo caminho, infelizmente. Segue o modelo do futebol nacional atual, com clubes privados bancados pela iniciativa pública, algo insustentável. E dou três problemas:

      1 - O futebol tem muitos adeptos, ou seja, tem muitos eleitores, possui uma fonte pública garantida, mas e a ginástica?

      2 - Mesmo no futebol isso é péssimo. Dinheiro público em clube privado prioriza administrações intermináveis, acomodadas. Veja a situação do futebol brasileiro hoje. Decadente em todos os sentidos, mais principalmente na administração... voltando ao nosso esporte, vocês tem de lutar pela ginástica artística na escola.

      3 - A prática traz fãs, os fãs trazem patrocínio, e o patrocínio gera esporte de alto rendimento. É triste, mas não se pode colocar o carro na frente dos bois. Essa história de depender exclusivamente de resultados na seleção para levantar o esporte não leva a lugar nenhum. É algo passageiro e incerto. Essa época de olimpíada está dando ao esporte de alto rendimento uma chance, mas um esporte consolidado é bem mais que isso. Precisamos da prática em escolas, e surge a pergunta, perdemos a chance de conseguir isso, já que a badalação das olimpíadas está acabando?

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    3. Gente, honestamente...

      Os clubes tem que ter uma gestão um pouco mais profissional na busca ativa de patrocínios....

      Eles tem que ter profissionais especializados alocado full time para prospecção ativa de patrocínio.

      Estas equipes devem explicar aos empresários as regras, o processo, o passo a passo, as vantagens e benefícios de se investir no esporte por meio da lei de incentivo......

      o que acontece boa parte das vezes é que o próprio técnico fica quebrando a cabeça junto com a equipe administrativa para captar recursos, sendo que nenhum deles tem alocação exclusiva nessa tarefa e o empresário também não sabe o caminho e muitas vezes não quer parar o que está fazendo para começar um processo burocrático para "dar" dinheiro para algo que ele pode nem ver retorno.... assim fica dificil...

      Muitas vezes também a busca por patrocinio só se dá quano o clube/time passa por algum problema...

      A busca ativa por patrocinio tem que ser permanente. Assim, caso uma das fontes de recurso seque outras podem quebrar o galho até a outra voltar...

      Enfim... realmente o esporte não é mais prioritário que a educação, saúde ou segurança pública e quando ocorrem cortes de recurso público as áreas "menos prioritárias" como esporte e cultura são os primeiros a sofrerem...

      Posso ter falado alguma bobagem, mas é o que eu enxergo...
      Acho que o problema não é apenas o investimento da cidade/estado....

      Inclusive, bolsa família dá comida para pessoas que recebem menos de 150 reais por membro da família, permitindo que as crianças possam ter o desenvolvimento físico e mental adequado para praticar esportes e estudar...
      além disso, o bolsa família é recurso federal...
      o problema, a princípio é o município de Barueri...

      Abrs.

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