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  • Sem quedas, equipe masculina faz a melhor competição de todos os tempos


    A equipe masculina do Brasil fez sua melhor competição de todos os tempos. Para quem achava que a final por equipes seria de difícil classificação, todos os ginastas se mostraram muito seguros e competiram de forma excelente. Não havia como fazer melhor que isso: competiram apenas com 3 ginastas no cavalo com alças, paralelas e barra fixa, sendo que todos os ginastas acertaram suas séries. Sem nenhuma queda e com o melhor set de cavalo com alças já apresentado, a final por equipes parece ser a mais segura de se conseguir nesse momento.

    Argolas
    Esse foi um aparelho complicado, a equipe não passou muito bem nas argolas. Talvez por ter sido a primeira rotação e a primeira equipe entre todos os 98 participantes. Francisco Barreto foi o que melhor se apresentou, levando em consideração o que podia fazer. Arthur Zanetti, com alguns balanços acentuados que não costumam acontecer e com nota de partida 6,7, terminou com 15, e tem que esperar pela performance de tantos outros competidores para conferir a classificação para a final.

    Salto

    Diego abriu esse aparelho muito bem, praticamente cravando um tsukahara com dupla e meia, sem um segundo salto para tentar uma final. Francisco também saltou, algo que não era esperado, com um tsukahara com dupla. Nory foi o terceiro e veio com um yurchenko com dupla e meia praticamente cravado; chegou muito em pé e sobrando com uma postura perfeita, conseguindo 15,100. Sasaki fechou o aparelho com dois saltos: um dragulescu altíssimo e um  tsukahara com duplo carpado. Teve problemas no segundo salto: pisou fora da linha e teve dedução de 0,3. Mesmo assim, conseguiu média acima de 15 e pode conseguir um lugar na final, quando terá a oportunidade de apresentar seus saltos mais difíceis e lutar por uma medalha.

    Paralela

    O Brasil tinha uma missão difícil nesse aparelho: precisavam acertar três das três séries disponíveis. Deram o recado e quase conseguiram uma média de 15: todas as notas foram entre 14,900 e 15 pontos! Infelizmente Sasaki desequilibrou um tanto considerável e perdeu uma oitava à parada de mãos no começo da série. Poderia ter pontuado acima de 15 pontos tranquilamente e talvez garantido uma final aqui. Entretanto, para o individual geral, os 14,933 conseguidos por ele continuam uma excelente nota.

    Barra fixa

    Continuando a missão de competir apenas com três ginastas, o Brasil fez novamente um belo trabalho. Dessa vez, a estrela da barra fixa foi Francisco Barreto, que cravou sua série completa e conseguiu 15,266, um décimo atrás apenas do holandês Epke Zonderland. Sasaki não apresentou sua série mais difícil e Arthur Nory perdeu o adler com pirueta, indo contra a dinâmica da série; mesmo assim, pontuaram muito bem para a equipe.

    Solo


    Francisco passou uma série simples de solo, só para garantir uma nota para equipe caso precise. Sasaki surpreendeu demais e passou uma série toda cravada e com passagens extremamente seguras. Impressionante competir assim no aparelho que mais exige de sua articulação lesionada. Nory, muito limpo e todo cravado, conseguiu 15,200. Diego teve apenas alguns probleminhas nas chegadas da tripla e na dupla de frente, conseguindo 15,500.

    Cavalo com alças

    Nory abriu o cavalo e terminou sua competição sem quedas e apenas com um erro de afastamento de pernas na saída de tripla russa. Francisco cravou sua série e também terminou sua competição de forma brilhante.  Sasaki finalizou com a maior nota da equipe nesse aparelho, 14,833. Esse foi, sem dúvidas, o melhor set do Brasil no cavalo com alças. Nunca o Brasil conseguiu passar séries tão boas e de forma tão consistente. Demonstraram muita superação e evolução técnica.

    Chances de finais

    Equipes - Até o momento o Brasil está em segundo lugar, pouco mais de um ponto à frente do Japão.
    Individual geral - Sérgio Sasaki e Arthur Nory
    Salto - Sérgio Sasaki - 15,016
    Argolas - Arthur Zanetti - 15,533
    Solo - Diego Hypólito - 15,500
    Barra fixa - Francisco Barreto - 15,266

    A missão do Brasil de tentar se classificar para o maior número de finais foi cumprida. Essa já foi uma competição incrível e todos tem muito do que se orgulhar.

    Post de Cedrick Willian

    Foto: Ivan Ferreira / Gym Blog Brazil
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    3 comentários:

    1. Diego me surprendeu com tantas dificuldades no solo,com certeza estará na final,parabéns a toda equipe,deve brigar pelo bronze na final.

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    2. Se na classificatória masculina foi essa emoção toda, imagine as finais femininas?
      Apenas com o coração doendo por conta do acidente com o atleta francês. Coisas do esporte mais lindo de todos os tempos.
      Obrigada pela cobertura!

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    3. Antes de tudo, eu gostaria de parabenizar o blog pelas postagens excelentes. Achei a atuacao da equipe muito boa. Diego estava inspirado e, ao termino de sua serie no solo, ficou bastante emocionado. Parece que finalmente exorcizou aquele fantasma das quetas em duas olimpiadas. Que serie mais foda no solo! Eu estava assistindo as provas pela BBC. Incrivel como os comentaristas falaram bem do trabalho do Diego e vibraram com a sua apresentacao. Alias, nao so' com a dele. O Arthur Nori foi um querido! Que energia incrivel e que felicidade ao termino de cada apresentacao. O sergio Sasaki dispensa comentarios. Que salto maravilhoso foi aquele, Gente?!

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