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  • A brilhante carreira de Larissa Latynina


    Um sonho comum entre muitas meninas é ser bailarina. A graciosidade e leveza dos movimentos mostrados no balé conquistam qualquer pessoa sensível e amadora da arte. Na antiga União Soviética o balé não era considerado só um momento de lazer, era algo intimamente ligado à cultura russa. Entretanto uma jovem soviética, que desejava tanto ser bailarina, não alcançaria uma sólida carreira sobre os palcos da dança, mas seria lembrada como a maior medalhista olímpica de todos os tempos por 48 anos: Larissa Latynina, que ainda hoje é a mulher com o maior número de medalhas.

    Nascida em Kherson, na Ucrânia, Larissa começou a praticar balé desde muito cedo. Quando sua coreógrafa se mudou da cidade ela decidiu se dedicar à ginástica artística. Em busca de treinos mais fortes se mudou para Kiev após ter concluído os estudos, e lá foi enxergada pelos técnicos Soviéticos como uma promissora ginasta. Aos 19 anos chegava à sua primeira Olimpíada em 1956 e confirmou o seu favoritismo alcançando 5 das 6 medalhas possíveis (4 ouros), sendo o destaque dessa edição dos Jogos ao lado da também ginasta húngara Ágnes Keleti.

    No Campeonato Mundial de 1958, obteve medalha em todos os 6 eventos sendo 5 delas de ouro, mesmo estando grávida de 4 meses. Dois anos mais tarde participou dos Jogos Olímpicos de 1960, novamente ganhando as 6 medalhas possíveis. Com toda sua fama dentro da União Soviética e do mundo da ginástica, foi incluída no time olímpico dos Jogos de 1964 e seguindo seu histórico recente, fechou sua participação em Jogos Olímpicos com outras 6 medalhas, um resultado impressivo de 18 medalhas olímpicas que só seria quebrada por Michael Phelps em 2012, com 22.

    Ao final de sua carreira, se tornou uma técnica renomada dentro da União Soviética, fazendo parte da comissão técnica nacional por vários anos. Hoje, aos 81 anos, é lembrada como o maior nome de todas as gerações da ginástica artística soviética, mas de um modo bastante humilde acredita que os seus feitos foram “apenas a melhor ginástica que poderia ter feito”. Ela ainda visita frequentemente o centro de treinamento que foi batizado em sua homenagem, a alguns quilômetros de Moscou. E por lá, com os olhos brilhando ao ver pequenas ginastas, vive na esperança de encontrar outra tão talentosa quanto ela.



    Esse post é uma colaboração de Natanael Nonato

    Fonte: Larissa Latynina Biography e JN
    Foto: Divulgação (AFP)
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