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  • O que a ginástica reserva para 2017? - Parte 6


    ALEMANHA

    A Alemanha, que passou por uma boa fase no ciclo passado, culminando em um 6° lugar por equipes nos Jogos Olímpicos, terá que contar com as veteranas para o ciclo que se inicia. As novatas não tem a mesma força que as veteranas nem mesmo se comparadas com as antigas juvenis que se subiram para a categoria adulta no ano passado.

    Apesar disso, apresentamos três ginastas que sobem para a categoria adulta esse ano, com destaque para Helena Schaefer. Os treinadores terão que trabalhar muito em cima do código de pontuação e do ponto forte de cada uma dessas ginastas para que elas consigam ajudar a equipe em algum momento durante a jornada até Tóquio.

    Isabelle Stingl

    Isabelle é uma das poucas alemãs expressivas que sobem para categoria adulta esse ano e, mesmo assim, precisa evoluir bastante para conseguir uma vaga nos campeonatos internacionais. Participou do Europeu Juvenil no ano passado, com séries completas mas sem um grande destaque fora a bonita linha que apresenta na paralela. Possui uma boa coreografia no solo, com todas as diagonais acima de D e uma combinação de C + C (pirueta e meia de costas + pirueta de frente); entretanto, peca muito na execução dos saltos de dança, sendo o solo seu aparelho mais forte.



    Emma Höfele

    Ao contrário de Isabelle, Emma apresenta ótima execução nos saltos de dança de sua série de solo. Conta com diagonais mais simples, fechando a série apenas com uma pirueta para frente, cumprindo o requisito do antigo código de pontuação. Tem a paralela como seu destaque, onde apresenta uma série relativamente segura e algumas combinações como a sequência de maloney + shootover + sola à parada com pirueta, deixando apenas um duplo carpado de costas para a saída. O salto parece continuar sendo o calcanhar de aquiles da equipe alemã: Emma apresenta apenas uma reversão com mortal carpado com meia volta, salto de baixo grau de dificuldade.


    Helene Schaefer

    Assim como sua irmã mais velha, Pauline Schaefer, Helene tem um bom destaque na trave de equilíbrio, onde foi finalista no último Europeu Juvenil. Apresenta a boa sequência de estrela sem mãos + layout e um duplo giro de pé, apesar da saída de duple pirueta de costas. A saída pode não ser mais um problema, já que no novo código de pontuação não faz mais parte dos requisitos de composição dos aparelhos. Na paralela também apresenta boa série, com a sequência de sola com pirueta + maloney + shootover, aparelho em que também foi finalista no Europeu Juvenil, sendo Helene a única finalista alemã nas finais por aparelho e, talvez, a ginasta "junior turning senior" de maior destaque e que apresente maiores chances de integrar a equipe alemã esse ano.


    Kim Bui

    Depois de tantas lesões e afastamentos em sua carreira, a veterana mais antiga da equipe alemã teve que se reinventar para assegurar uma vaga na equipe olímpica dos Jogos do Rio. Com séries reformuladas na paralela, solo e até na trave - mesmo sem ter competido nos Jogos nesse último aparelho -, Bui foi peça importante na conquista da final por equipes no Rio de Janeiro, onde a Alemanha terminou em 6°. Competiu até o fim do ano passado, participando da Swiss Cup, e fará a estreia do país no próximo fim de semana, participando da American Cup.

    Kim apresenta ótima série na paralela, seu melhor aparelho, com exercícios de grande dificuldade (seitz, van leween, gienger e maloney) e sequências difíceis. Tem também um bom solo, onde apresenta um duplo esticado e bons saltos de dança. Resta esperar como a ginasta irá se portar esse ano, principalmente voltando a participar de competições individual geral. É bem provável que a experiência somada à sua reinvenção resulte num lugar de destaque na equipe alemã desse ano pós-olímpico.



    Post de Cedrick Willian

    Foto: Divulgação
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    4 comentários:

    1. O Brasil não vai tá no American Cup?

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    2. Sei que oque vou falar não tem nd a ver com o assunto. Mais vc precisa fazer 1 post falando dá supremacia americana. Elas são demais! Inigualáveis, soberanas. Msm juntando as melhores ginastas do mundo elas não batem as americanas. Olha as contas:

      Fiz os cálculos só de Olimpíadas, as de 2012 e 2016 a de 2008 foi excluída pq as dificuldades eram muito altas, e muito injustas.

      Vms lá..

      EUA SALTO= 48.282

      Simone Biles:16.050 (Qualificatórias Rio 2016)

      Gabby Douglas:15.966
      (Final Individual Geral Londres 2012)

      Mckayla Maroney:16.266
      (Final por Equipes Londres 2012)

      Outras Ginastas: 47.298

      Vitória Komova:15.866
      (Final por Equipes Londres 2012)

      Maria Paseka:15.766
      (Final por Equipes Rio 2016)

      Giulia Steingruber:15.666
      (Final de Salto Rio 2016)

      EUA PARALELAS= 46.699

      Madison Kocian:15.933
      (Final por Equipes Rio 2016)

      Gabby Douglas:15.766
      (Final por Equipes Rio 2016)

      Simone Biles:15.000 (Qualificatórias Rio 2016)

      Outras Ginastas: 48.145

      Aliya Mustafina:16.113
      (Final dá Paralela Londres 2012)

      Beth Tweddle:16.033 (Qualificatórias Londres 2012)

      Viktoria Komova:15.999
      (Final Individual Geral Londres 2012)

      EUA TRAVE= 46.332

      Simone Biles:15.466
      (Final Individual Geral Rio 2016)

      Lauren Hernandez:15.366
      (Final dá Trave Rio 2016)

      Gabby Douglas:15.500
      (Final Individual Geral Londres 2012)

      Outras Ginastas: 46.599

      Sui Lu:15.500
      (Final dá Trave Londres 2012)

      Linlin Deng:15.600
      (Final dá Trave Londres 2012)

      Sanne Wevers:15.466
      (Final dá Trave Rio 2016)

      EUA SOLO= 45.500

      Simone Biles:15.966
      (Final do Solo Rio 2016)

      Alexandra Raisman:15.600
      (Final do Solo Londres 2012)

      Gabby Douglas:15.033
      (Final Individual Geral Londres 2012)

      Outras Ginastas: 46.332

      Catalina Ponor: 15.200
      (Final do Solo Londres 2012)

      Viktoria Komova: 15.100
      (Final Individual Geral Feminino Londres 2012)

      Sandra Izbasa: 15.200
      (Final por Equipes Londres 2012)

      Como viram, mesmo os EUA sendo inferior na Paralela e na Trave pras ginastas. Elas ainda se sobressaem no Salto e no Solo. Ou seja, precisei recuperar ginastas como Beth Tweddle, Sui Lu, Linling Deng, Sandra Izbasa e Viktoria Komova para tentar passar os EUA. Vejam que poder..

      ALGUEM ME EXPLICA PQ AS AMERICANAS SÃO TÃO PODEROSAS ASSIM? ATÉ AS RESERVAS SOMAM MAIS QUE RÚSSIA E CHINA. OLHA A DIFERENÇA DAS RESERVAS DELAS PRAS NOSSAS. SE ALGUM DIA PRECISARMOA DA GINASTICA DA CAROLYN DE PEDRO E DA MILENA THEODORIO ESTAREMOA PERDIDOS. ME EXPLIQUEM PQ AS AMERICANAS SÃO SUPERIORES AS RUSSAS QUE TEM UMA ARTISTICA LINDA, A ROMENIA PAIS DE NADIA COMANECI E ATÉ DA PRÓPRIA CHINA..

      ELAS USAM DOPPING?



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      Respostas
      1. Muito $$$, organização, um país muito populoso, população geneticamente diversa, a maior potência do mundo, etc, etc, etc

        assim qualquer um consegue...

        deveria ao menos ter uma base para a maioria dos países poderem competir com algum pé de igualdade.

        Elas são soberanas porque desprezam o lado artístico que dá nome e relevância ao esporte e focam no técnico, o resultado é um nível muito alto de consistência e acho também que tem uma seleção muito forte entre as atletas, de modo que apenas as mais psicologicamente estáveis ou consistentes e claro com as séries mais difíceis que conseguem chegar ao topo, tipo uma seleção ''natural'' muito forte.

        Elas não são totalmente superiores e isso ficou bem claro nas últimas olimpíadas, como eu disse, na parte artística elas são absolutamente fracas, as piores, e como este componente faz falta...

        Compare Komova que sempre tentou fazer CADA exercício de maneira perfeita com uma Biles, por exemplo, nos exercícios de salto na trave, os saltos da segunda são sempre mais baixos enquanto que a primeira sempre buscou aproveitar ao máximo (e aumentando os riscos) a extensão que este tipo de exercício requer para que possa ser perto do ideal, do perfeito.

        Em termos de consistência que não é o mesmo que perfeição, elas são imbatíveis, por agora. Mas nos outros quesitos elas deixam a desejar.

        A parte artística russa está ficando pelo caminho, desde a um tempo que a Holanda tem dominado esta parte com, bem, com artistas, ginastas bailarinas, quase uma mistura de artística com rítmica, e eu definitivamente gosto muito desta diversificação de estilos.

        Eu também já pensei que elas usam dopping ou algum remédio novo que não tem no mercado porque elas tendem a ser muito muito consistentes. Não podemos ser ingênuos de pensar que nada acontece e não falo apenas lá mas também em outros lugares.

        Acho que a equipe técnica americana é muito bem equipada, diga-se, com um monte de técnicos de fora, europeus, chineses, principalmente...

        ;)

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    3. E A BRIGA FICOU:

      ESTADOS UNIDOS= 187.579
      X
      OUTRAS GINASTAS= 187.509

      Viram a superioridade? Precisei pegar ginastas de 6 países diferentes e nem assim cheguei na pontuação das americanas.

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