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  • O que a ginástica reserva para 2018? - Parte 5 - Alemanha e Holanda



    Dois países de nem tanta expressão mas que, aos poucos, estão conseguindo bons resultados além de figurar entre as dez melhores equipes do mundo na atualidade. A atual campeã mundial de trave é alemã, enquanto a atual campeã olímpica de trave é holandesa. Conquistando espaço aos poucos e de forma, até o momento, gradativa, uma continuidade do sucesso é feita com um bom trabalho juvenil. Conheça as principais ginastas desses países a subirem para a categoria adulta esse ano, com destaque para a holandesa Sanna Veerman.

    ALEMANHA

    Kim Ruoff

    Kim chega à categoria adulta com um diferencial que pode incluí-la mais rapidamente nas equipes futuras: a ginasta é boa de solo, ponto fraco da equipe alemã. Mesmo sua série não sendo tão forte para os padrões e medalhas internacionais, é um solo muito importante para a equipe: apresenta um tsukahara grupado de entrada e bons saltos de dança. Como tradição do país, que já possui algumas medalhas mundiais importantes na trave (no mundial do ano passado foram ouro e bronze), Ruoff também é boa nesse aparelho, apresentando uma sequência de flic + mortal esticado e uma rara rondada sem mãos. Sua série de barras assimétricas apenas cumpre com as exigências básicas, mas tem espaço para melhoria, principalmente levando em consideração o bom trabalho que a Alemanha aqui também. O salto ainda é fraco e executa somente uma reversão + mortal carpado.



    Lisa Schoniger

    Com uma série de solo ainda fraca - duplo grupado é sua acrobacia mais forte -, porém constante, Lisa tem boas contribuições nas barras assimétricas, salto e trave sendo que, nesse último, ainda precisa acertar alguns detalhes. Tem uma série com uma montagem básica mas que tenta extrair o máximo que a ginasta pode oferecer, precisando focar na saída, que parece ser um problema para ela (Lisa apresenta apenas uma saída de rondada + pirueta esticada de costas). No salto apresenta um sólido yurchenko com pirueta esticada, suficiente para a equipe alemã que é fraca de pernas. Compensa suas faltas nos outros aparelhos nas barras assimétricas, onde é a juvenil com melhor série subindo para a categoria adulta. Tem uma linha muito bonita nesse aparelho e bom encaixe corporal, podendo vir a ser uma especialista.



    HOLANDA

    Sanna Veerman

    Sem dúvidas a melhor ginasta holandesa subindo para a categoria adulta. Veernam pode ser uma das generalistas da equipe já esse ano, com séries bem completas em todos os aparelhos. No salto, tem um yurchenko com pirueta e meia. Nas assimétricas já conta com elementos e ligações bem interessantes, como o van leween e a sequência de church + pak, além de treinar um bardwaj. É muito segura na trave, onde tem uma entrada de mortal pra frente bem alta e segura além de ótimos saltos de dança; já executou, em treinos, um twist parado. No solo também tem uma boa performance acrobática e, seguindo a linha holandesa, artística. Apresenta um duplo twist grupado de entrada (treina duplo twist + mortal pra frente) e uma dupla e meia + mortal pra frente, além de ótima coreografia e elementos de dança.



    Tanishaley Neto

    Tanishaley é uma ginasta que precisa de muita limpeza, principalmente nas barras assimétricas e na trave de equilíbrio. Sua série de barras possui alguns elementos interessantes e bons balanços, mas que são altamente prejudicados por conta da postura de joelhos. Acontece a mesma coisa na trave: principalmente nos saltos de dança a postura deixa muito a desejar. Entretanto, é uma ginasta que já apresenta (e ainda pode melhorar) boas contribuições no solo e salto. No solo, tem um duplo twist grupado de entrada e boa altura no duplo grupado. No salto, tem um bom yurchenko com pirueta esticada, que pode evoluir para um salto mais difícil. Com uma equipe boa de barras assimétricas e trave, ter como ponto forte o salto e solo parece ser um bom caminho para a ginasta.



    Post de Cedrick Willian
    Foto: Belgian Gymnastics
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    3 comentários:

    1. Gostei muito da série de barras da Tabea Alt, muito criativa [perto do MARASMO de séries-clone que se transformou as assimétricas] mas no geral eu acho que elas apresentam médias de execução muito baixas, até perigosas, aumentam a dificuldade sem aumentar o grau de precisão do exercício sendo realizado.

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    2. Gostei da série de barras da Lisa!! DETESTO aquele tipo ''Seitz'', excesso de largadas e retomadas, séries sujas cheias de erros técnicos e aquele ritmo truncado. Barras não são como a trave, série boa de assimétricas tem que ter um ritmo marcado e sim, mais lento, como este. Você não vê Musty e Vika apressadas neste aparelho. O elemento precisa ser mostrado, e nada melhor do que fazê-lo de modo mais lento, claro mantendo o ritmo.

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    3. A fama da Holanda de ser ''a escola mais artística'' me parece exagerada. Acho que por ter a ginasta mais artística de todas no ciclo passado e ainda neste, Eythora, todo mundo começou a dizer que a equipe em geral é sempre muito artística e não parece tão verdadeiro. A Sanne tem uma boa coreografia de trave mas não é muito expressiva. A irmã dela tem de fato uma boa coreografia [também nada maravilhosa, excede na expressividade, e/mas peca nos elementos coreográficos, meio over] no solo. Tirando as duas, entre as outras sêniors pelo que tenho visto, estão longe de serem excelentes neste quesito.

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