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  • O que a ginástica reserva para 2018? - Destaques


    Antes de finalizarmos com o texto sobre o Brasil, fizemos uma compilação dos maiores destaques que estão subindo para a categoria adulta esse ano fora os países com equipe finalista nos Jogos do Rio. As ginastas aqui apresentadas podem fazer muita diferença para seus países, tanto em uma competição por equipes - como é o caso de Denisa Golgota, da Romênia - como nos resultados individuais - como a argentina Martina Dominici, que não tem uma boa equipe mas pode se destacar individualmente. Confira!

    ITÁLIA - Martina Basile

    Uma ginasta potente e com características um pouco diferentes para uma italiana. Ginastas italianas ou são fortes ou são longilíneas, mas Martina apresenta as duas características ao mesmo tempo, um bom diferencial. Tem acrobacias fortes no solo - como a entrada de duplo estendido e um duplo twist - e bons saltos de dança. Na trave apresenta a sequência de flic + flic + mortal estendido e uma ótima saída de duplo carpado, mas os saltos de dança, apesar de terem boa amplitude, ainda são fracos. Apresenta um yurchenko com pirueta e meia no salto e nas assimétricas tem ótimos voos. Mesmo que sua série de assimétricas precise evoluir muito em dificuldades, o pouco que apresenta ( a ginasta apenas cumpre com as exigências) é feito com boa execução.



    Martina Dominici - Argentina

    Dominici é diferente de tudo que a Argentina produziu nos últimos anos. Talentosíssima e muito segura, pode segurar as pontas para o país enquanto estiver inteira e praticando ginástica. Tem um yurchenko com dupla potente no salto (talvez a primeira argentina a competir com esse salto) e sua série de barras assimétricas é muito difícil e já conta com duas ligações de 0.2: chow + tkatchev; maloney + giro gigante com pirueta. Nesse aparelho, seu grande destaque, treina nabieva, van leewen, jaeger carpado e saídas mais difíceis (em série apresenta apenas uma saída de duplo grupado). Na trave é extremamente firme, apesar de não ter grandes dificuldades. No solo, possui um duplo twist muito seguro além de excelentes saltos de dança. Já treina tsukahara grupado, duplo twist carpado e duplo esticado. Um talento que merece ser visto e acompanhado durante esse ciclo.



    Alisson Lapp - França

    Lapp tem uma postura bonita e ginástica agradável de assistir. Possui acrobacias boas no solo, com duplos bem executados e até uma sequência de dupla e meia + mortal frente (bonificação de 0.1). Como toda boa francesa, sua parte artística nesse aparelho é primorosa - tem uma série muito expressiva com a trilha sonora de Lago dos Cisnes -, e apresenta bons elementos de dança tanto no solo como na trave. A trave é um de seus pontos fortes e onde pode conseguir mais resultados, com elementos seguros e uma saída firme de dupla pirueta e meia de costas. Ela também treina a sequência de rondada + mortal esticado. Tem chances de desenvolver uma boa série de assimétricas e possui um salto comum para uma francesa: yurchenko com pirueta.



    Leonie Meier - Suíça

    Leonie Meier é uma ginasta muito forte e que dá a impressão que vai ficar ainda melhor com o tempo. Sua potência está sendo calmamente explorada, caminho parecido com o de Giulia Steigruber. Meier tem tudo para integrar e contribuir para a equipe Suíça esse ano, que pode ter resultados históricos e melhores que no ciclo passado, quando quase conseguiram uma equipe completa nos Jogos do Rio. A ginasta tem um solo potente, com uma bela entrada de tsukahara e bons saltos de dança. A trave é firme, porém os saltos de dança ainda são um pouco sujos. Sobra em explosão no salto, onde ainda apresenta apenas uma pirueta esticada e potencial para medalhas importantes. Nas assimétricas cumpre com todas as exigências; seus balanços e força fazem com que ela realmente voe nesse aparelho nos momentos necessários.



    Denisa Golgota - Romênia

    Denisa vem trazendo um novo frescor pra Romênia, que sofreu muito sem boas renovações e com decepções histórias no ciclo passado. A ginasta é muito explosiva e representa bem a escola de ginástica romena, com séries firmes na trave e no solo. Sua trave não tem muitas ligações, mas é muito precisa e quase toda cravada, dando a impressão que está no solo. Já o seu solo tem coreografia muito expressiva e dinâmica, sem pausas, e com boas acrobacias, como o duplo twist grupado e a sequência de pirueta de costas com rebote para dois flics e um duplo mortal grupado (bonificação de 0.1). No salto já apresenta um yurchenko com dupla pirueta muito seguro e tem as barras assimétricas como ponto fraco, aparelho onde ainda tem pouca dificuldade e muita falha de postura em alguns momentos.



    Ana Padurariu - Canadá

    Não só uma adição para a ginástica canadense como para a ginástica mundial. Padurariu tem séries de destaque e chama a atenção por sua ginástica há mais de dois anos. Esse ano, com uma queda no salto, ainda foi vice-campeã do Elite Canada, poucos décimos atrás da primeira colocada Brooklyn Moors. A ginasta tem séries ótimas em todos os aparelhos: no solo, saltos de dança limpos e uma entrada de tsukahara carpado muito bem feita; na trave, um giro triplo cossaco e a belíssima sequência de estrela sem mãos + layout + layout; nas assimétricas abusa dos elementos que partem do stalder inbar (faz até um galante carpado de valor F) e no salto apresenta um yurchenko com pirueta e meia. Com Padurariu a equipe canadense está fortalecida e com boas séries para esse ano, e as chances de conseguir um lugar entre as oito melhores equipes em Doha são grandes.



    Post de Cedrick Willian
    Foto: Divulgação - ziare.com
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