-->
  • Resumo das ótimas competições do fim de semana


    Mais duas Copas do Mundo de Ginástica acontecendo quase simultaneamente: a individual geral em Birmingham e a por aparelhos em Doha. O Brasil participou, com o ginasta Lucas Bittencourt, em Birmingham, campeonato que também tinha a ginasta Thais Santos escalada para competir mas que acabou sendo poupada. Infelizmente, pouquíssimos vídeos das competições estão disponíveis dessa vez.

    Birmingham

    O brasileiro não fez uma boa participação nesse competição, ficando em 8° lugar (77.698). Na barra fixa, entretanto, apresentou uma ótima série e foi o melhor nesse aparelho. Lucas tem linhas bonitas, séries firmes e uma ótima ginástica, mas começou a deixar o rendimento e constância em campeonatos cair gradativamente. Espera-se que o ginasta firme suas séries em competição e volte a apresentar bons desempenhos.

    A competição masculina foi vencida pelo japonês Shogo Nonomura, numa disputa acirradíssima com o russo Nikita Nagornyy: as nota finais foram 84.797 de Nonomura contra 84.731 de Nagornyy. O britânico James Hall subiu ao pódio em casa e finalizou em terceiro com 83.531.

    No feminino, finalmente Angelina Melnikova acertou uma competição sem quedas, fato que por si só já deu o ouro à ginasta. A ginasta ainda não teve suas séries acertadas, e os treinadores insistem em erros e colocam mais e mais dificuldades enquanto Melnikova custa a acertar o básico. Enquanto isso acontecer, continuará contando com a sorte, o que é uma pena. Margzetta Frazier ficou com a prata, com uma passagem ruim pelo salto e trave. Também subindo no pódio em casa, Alice Kinsella ficou com o bronze, com séries limpas (seu ponto forte) nas assimétricas e trave.

    Resultados completos.

    Doha

    A Copa do Mundo de Doha foi marcada por finais disputadíssimas e muito interessantes. Havia muito tempo que as finais - principalmente as femininas - não era tão disputadas em etapas de Copa do Mundo como foi agora. Uma prévia de como serão as etapas da Copa do Mundo de Ginástica a partir do final do ano, quando começarão a valer como eventos classificatórios para os Jogos de Tóquio.

    Feminino

    As final de salto foi vencida por Oksana Chusovitina, que apresentou, novamente, sua reversão com pirueta e meia estendida para frente (chusovitina) além de um tsukahara com pirueta e meia de costas cravado: dois saltos belíssimos que lhe renderam o ouro e podem render uma final no Mundial também em Doha. A Coréia do Norte apareceu agora com a saltadora Rye Yong Pyon, com um yurchenko com dupla pirueta e um ótimo chusovitina, e acabou terminando com a prata. Nas assimétricas, Nina Derwael deu um show de brilhantismo e consistência. Com uma série limpíssima (8,900 de execução), teve nota final de 15.300, muito distante da segunda colocada, a russa Uliana Perebinosova, que conquistou, também com uma bela série, a prata com 14.566. A final de trave foi vencida pela francesa Melanie de Jesus, com uma série muito cravada, limpa e bem montada; a ginasta também conquistou o bronze nas assimétricas, mostrando também nesse aparelho muito precisão e limpeza. A final de solo demonstrou o bom nível de disputa que se encontrava a competição: empatadas em primeiro lugar, a italiana Elisa Meneghini, a coreana Su Jonng Kim e a belga Axelle Klinckaert conquistaram o ouro com 13.333, mesma nota de dificuldade e execução. A sétima colocada da final - que contou com nove ginastas por conta de um empate já nas classificatórias - foi Marine Boyer, que teve nota final 13.033, mostrando que a diferença entre ela e as campeãs foi muito pequena.

    Masculino

    Igor Radivilov foi, ao lado do chinês Jingyuan Zou, a estrela do dia, levando o ouro nas argolas e no salto. Com dois saltos muito difíceis - um dragulescu e um tsukahara com duplo carpado -, bastava apenas acertar bem para a conquista do ouro. Já nas argolas, apesar da boa nota (15.233) a execução se encontra ainda um pouco distante de Eleftherios Petrounias, ginasta do momento nesse aparelho. O chinês Jingyuan Zou venceu a final de cavalo com alças com a nota 15.100, mostrando que a equipe chinesa pode ser a mais forte nesse aparelho na competição por equipes do Mundial. Vários ginastas do país estão com pontuação na casa dos 15 pontos. E, de forma espetacular, venceu a final de paralela, com a nota 16.200! A série do ginasta foi extremamente limpa e a dificuldade mais alta do ano (7.0). O russo Dmitrii Lankin se mostra como mais um possível nome no aparelho solo desse ciclo, com uma série difícil e de boa execução, se aproximando da casa dos 15 pontos. Tin Srbic, campeão mundial de barra fixa em 2017, repetiu a dose de ouro, elevando sua nota de execução em comparação ao mundial. Sua série é bem montada e não apresenta grandes riscos, dando espaço para um trabalho de execução bem feito.

    Resultados.

    Post de Cedrick Willian
    Foto: Divulgação

  • You might also like

    Um comentário: