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  • Mundial de Kitakyushu: final individual geral masculina


    O duelo esperado na final individual geral masculina nos Jogos de Tóquio aconteceu três meses depois, com o chinês Zhang Boheng vencendo o campeão olímpico japonês Daiki Hashimoto. Muitos fãs da ginástica chinesa não entenderam muito bem - e agora menos ainda - a decisão de não levar Boheng para os Jogos Olímpicos, ele que tinha competido muito bem o Nacional Chinês, vencendo, inclusive, Xiao Ruoteng em um dos dias da competição.

    Ambos mostraram que idade não é problema quando a ginástica está bem estabelecida, tanto dentro do corpo do atleta quanto na tradição do país. Tanto a China como o Japão possuem uma escola de grandes talentos. Poucos sabem mas a ginástica é o esporte que mais rendeu medalhas olímpicas para o Japão. E para a China o esporte também deve estar entre os primeiros.

    Ambos competiram com quedas no mesmo aparelho: o cavalo com alças estava "empinando" na final de hoje. Esse aparelho foi o responsável de somatórios baixos para vários atletas, incluindo o brasileiro Caio Souza. Para os orientais medalhistas, que estão num nível técnico muito superior se comparado aos outros, foi quase como se a queda não houvesse existido.

    Os ginastas ainda tem um longo caminho até o fim do Mundial, com a participação em várias finais com mais chances de medalhas. Vão se encontrar novamente na final de paralelas, onde se classificaram com apenas um décimo de diferença um do outro. Um diferença grande, se comparada aos centésimos que os diferenciaram hoje: Boheng campeão com 87,981 e Hashimoto vice com 87,964.

    A nova geração da ginástica masculina mundial vem brilhante. Um outro ginasta, de país tradicional e muito novo, completou o pódio hoje: Illia Kovtun, de apenas 18 anos, ficou com o bronze. O que fala mais alto na ginástica masculina? O talento, a tradição do país ou a experiência? De acordo com os resultados, fica claro que o discurso da experiência talvez não seja um fator a ser colocado como prioridade nas escolha das equipes mais.

    Caio Souza fez uma ótima competição, cometendo erros de linha no solo e uma queda no cavalo com alças. As chances de bronze eram reais até a última rotação, quando ele teve a queda. Essa final é a mais difícil de toda a ginástica artística e o Caio está de parabéns, mesmo que o resultado, para ele, não tenha sido satisfatório. Conseguiu, mais uma vez, estar numa final individual geral entre os melhores do mundo, acertando 5 de 6 aparelhos.

    As finais continuam amanhã, com o primeiro dia de finais por aparelhos. O Brasil pode fazer história com Rebeca sendo campeã de salto e com uma medalha nas assimétricas, resultados inéditos para o Brasil. Nas finais masculinas, podemos ficar de olho no solo com o filipino Carlos Yulo e com os Estados Unidos surpreendendo no cavalo com alças.

    Resultados completos.

    Post de Cedrick Willian
    Foto: FIG

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