tag:blogger.com,1999:blog-22229122023665475912024-03-10T10:49:57.449-07:00Gym Blog BrazilGym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.comBlogger3150125tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-14090080650209582512024-02-28T17:21:00.000-08:002024-02-28T17:21:03.302-08:00Fora das Copas, o sonho de Sunisa homologar seu elemento se distancia<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOh9Y9TPiKvrdU0Zaa9nnfdNSul-rp1Z1SEplFEwZbBVL6_jYOoBsl0bzwHubX7SkYFZ8BFm3TY4IJzDwy8SWrIoCcnptJhomauaooMp7BsOB03oYyUe_V-ngIFcx7Bl5YwhFDtU2vufiuCKwhJUDRgGJjNJzsymFeJddsYKS0WWu_86_Sew_bfIUySTU/s1170/IMG_8496.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="865" data-original-width="1170" height="474" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOh9Y9TPiKvrdU0Zaa9nnfdNSul-rp1Z1SEplFEwZbBVL6_jYOoBsl0bzwHubX7SkYFZ8BFm3TY4IJzDwy8SWrIoCcnptJhomauaooMp7BsOB03oYyUe_V-ngIFcx7Bl5YwhFDtU2vufiuCKwhJUDRgGJjNJzsymFeJddsYKS0WWu_86_Sew_bfIUySTU/w640-h474/IMG_8496.PNG" width="640" /></a></div><br />A sensação de ter na manga algo novo para apresentar e não poder batizar isto em seu nome deve ser uma grande frustração na vida de um atleta. É este o drama que está vivendo a ginasta americana Sunisa Lee, que vem treinando um novo movimento nas barras paralelas, mas tem visto a oportunidade de homologa-lo fugindo de suas mãos. <p></p><p>Ainda que Sunisa esteja demonstrando interesse de apresentar este movimento novo, que seria nomeado como Lee, a confederação americana não está concedendo a ela a oportunidade para tal. A atleta declarou publicamente que gostaria de competir a próxima etapa de uma Copa do Mundo, que será em Baku, no Azerbaijão, entre os dias 7 e 10 de março, mas seus superiores já deixaram claro que ela não irá viajar. </p><p>Sem este aval, a atual campeã olímpica de individual geral não poderá seguir com o sonho de homologar o elemento. Aliás, trata-se de um full-twisting Jaeger, ou um Jaeger com uma pirueta. Durante o Winter Cup, a americana tentou executar o movimento e falhou. Mesmo que acertasse, essa competição não serve como oficial para homologação.</p><p>A propósito, o que podemos esperar desta atleta antes que aconteça os "trials" para Paris?</p><p>As Copas do Mundo, pensando em resultados e em estratégia olímpica, não agregam nada para os Estados Unidos. O país não concorre a uma vaga extra para os Jogos e a adesão de ginastas importantes nas Copas é muito baixa, inexistindo uma grande concorrência. Não há outro argumento válido para a participação de Sunisa Lee que não seja homologar seu elemento, e isso é algo que se refere diretamente a ela.</p><p>Já no Trofeo Jesolo, a história muda. A tradicional competição conta sempre com participações importantes e sua maior característica é a disputa por equipes. Nesse cenário, a participação de Sunisa pode ser um extra aos Estados Unidos. Pensando numa equipe olímpica, as melhores all-arounders americanas - e que dificilmente estarão fora da equipe de Paris - tem a série de barras relativamente fraca. Estrategicamente é nesse lugar que Sunisa se coloca, como a principal "barrista" americana hoje. E que ainda entrega boas séries (ou pelo menos entregava) nos outros aparelhos, especialmente na trave de equilíbrio.</p><p>Não vai me surpreender se a equipe americana para Jesolo for divulgada e o nome da Sunisa estiver lá. É muito mais jogo testar ela dentro de uma equipe do que levar ela para as Copas do Mundo "apenas" para homologar um elemento. </p><p>Válido lembrar que as oportunidades da campeã diminuem caso ela não concorra de fato em Baku, ou em Doha, que é a Copa seguinte. Talvez restringindo-se a apenas os Jogos Olímpicos de Paris, o qual terá uma lista acirrada de americanas buscando a participação, não é certeza absoluta que ela faça parte da equipe e o elemento novo fique para o próximo ciclo olímpico... se ela continuar treinando.</p><p>Texto de Cedrick Willian<br />Revisão de Ícaro Ambrósio<br />Foto: Reprodução/Instagram</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-39295044640533768012024-02-25T10:18:00.000-08:002024-02-28T17:19:17.035-08:00Como fica a situação de Nory depois de Cottbus?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW6x9GXliB31C0mccLIOU5ckct83d19-FUWCocpyAblvxAXTo-sVFk-_gtjxwI01wEVzcb_uw9h9WmxFhV_wtHsM_M0lwpX_hbjVQL4gi5hENOS0jj5iwA7G_HxeSb8Dw1VnG8lU5ii4BjiGxHJe-vyIIJaXFDIT4-1XJdG0-2E-k1nr5iCpH2zoRVs68/s2048/Nory1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1923" data-original-width="2048" height="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW6x9GXliB31C0mccLIOU5ckct83d19-FUWCocpyAblvxAXTo-sVFk-_gtjxwI01wEVzcb_uw9h9WmxFhV_wtHsM_M0lwpX_hbjVQL4gi5hENOS0jj5iwA7G_HxeSb8Dw1VnG8lU5ii4BjiGxHJe-vyIIJaXFDIT4-1XJdG0-2E-k1nr5iCpH2zoRVs68/w640-h600/Nory1.jpg" width="640" /></a></div><br /><p><br />Em 6º lugar na final de barra fixa em Cottbus, Arthur Nory conquistou 20 pontos no ranking das Copas do Mundo. Essa pontuação coloca o ginasta de volta na luta por uma vaga em Paris. Confira abaixo o ranking da barra fixa, que é o que mais nos interessa nesse momento. </p><p>1 - Tang Chia-Hung (TPE) - 60 pontos (2 rankings)<br />2 - Robert Tvorogal (LTU) - 45 pontos (2 rankings)<br />3 - Ahmed Elmaraghy (EGY) - 34 pontos (2 rankings)<br />4 - Angel Barajas (COL) - 25 pontos (1 ranking)<br />5 - Arthur Nory (BRA) - 20 pontos (1 ranking)<br />6 - Illias Georgiou (CYP) - 20 pontos (2 rankings)<br />7 - Caio Souza (BRA) - 14 pontos (1 ranking)<br />8 - David Vecsernyes (BEL) - 13 pontos (2 rankings)</p><p>Levando em consideração que o ginasta taipei já levou uma das vagas (são 2 por aparelho), os ginastas mais importantes nessa briga, nesse momento, são: Robert Tvorogal e Angel Bajaras. Entre esses, Robert tem 2 rankings pontuados e Nory e Bajaras apenas um. E o que isso significa?</p><p>Significa que nas próximas duas etapas da Copa do Mundo, Baku e Doha, Nory não pode mais deixar de pontuar. Seu pior resultado precisa ser o de Cairo! Além disso também precisa terminar a competição à frente de Robert e Angel. </p><p>A próxima Copa do Mundo acontece entre os dias 07 e 10 de março, em Baku. É difícil? Sim. Mas a chance ainda existe. Força Nory!<br /><br />Texto de Cedrick Willian<br />Foto: Divulgação</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-29179038923453639352024-02-15T06:15:00.000-08:002024-02-15T06:31:12.177-08:00Brasil começa a busca por mais uma vaga olímpica<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMbgi5xyjnQAWsv0Ac-3dMIQ_FIZSwbkBFbRPwsaIQliW8eFO7NSNkkuBBRaoCOjvuu7zRWAa1SdkJciJsn3CEmuDiDEj31kvlbso7xbK-WSoqD-nlso8guplm0ujvoC46V1oLgKk2OehsjaD8YcxtT8F3fgF22LXT-W_1RszhwhPMtGM53KnuizOERRE/s1522/Caio%20Souza%20Gaspar%20Nobrega.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1052" data-original-width="1522" height="442" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMbgi5xyjnQAWsv0Ac-3dMIQ_FIZSwbkBFbRPwsaIQliW8eFO7NSNkkuBBRaoCOjvuu7zRWAa1SdkJciJsn3CEmuDiDEj31kvlbso7xbK-WSoqD-nlso8guplm0ujvoC46V1oLgKk2OehsjaD8YcxtT8F3fgF22LXT-W_1RszhwhPMtGM53KnuizOERRE/w640-h442/Caio%20Souza%20Gaspar%20Nobrega.jpg" width="640" /></a></div><br /><p>Começou hoje a Copa do Mundo de Ginástica Artística, etapa de Cairo, no Egito. Essa é a primeira de quatro etapas que classificarão ginastas especialistas para os Jogos Olímpicos de Paris. Os ginastas brasileiros Caio Souza, Bernardo Miranda, Arthur Nory e Yuri Guimarães representarão o Brasil na busca por mais uma vaga olímpica.</p><p>Somente ginastas de países não classificados por equipes podem disputar as vagas de especialistas. Dessa forma, as grandes potências, que também possuem grandes especialistas, não conseguirão enviar mais ginastas para os Jogos através desse caminho, que fica um pouco menos difícil pro Brasil. </p><p>Durante cada competição, os ginastas ganharão pontos de acordo com o ranking da final. O medalhista de ouro ganha 30 pontos, o de prata ganha 25 pontos e o de bronze ganha 20 pontos. A contagem de pontos continua até o 16º colocado. No final da última etapa, o ranking final será estabelecido de acordo com os três melhores resultados de cada ginasta. Os dois melhores ginastas em cada aparelho conquistarão uma vaga para os Jogos Olímpicos de Paris.</p><p>Dúvidas que sempre surgem: 1) a vaga é nominal; 2) cada país só pode classificar um ginasta por esse formato; 3) os ginastas classificados poderão disputar todos os aparelhos nos Jogos 4) o sistema de pontos só vale para as quatro Copas pré-determinadas: Cairo, Cottbus, Baku e Doha.</p><p>Veja a seguir uma análise do ranking dos melhores ginastas em cada aparelho de acordo com as notas que cada ginasta conquistou no ano passado. Veja também onde se encaixam as melhores notas e ginastas do Brasil em cada aparelho que irão disputar.</p><p><b>Solo</b><span style="white-space: pre;"> </span> </p><p style="text-align: justify;">1<span style="white-space: pre;"> </span>Benjamin Osberger (FRA)<span style="white-space: pre;"> </span>5,6<span style="white-space: pre;"> </span> 9,050<span style="white-space: pre;"> </span>14,650<br />2<span style="white-space: pre;"> </span>Aurel Benovic (CRO)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> <span> </span> </span></span>6,2<span style="white-space: pre;"> </span> 8,300<span style="white-space: pre;"> </span>14,500<br />3<span style="white-space: pre;"> </span>Eddie Penev (BUL)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> <span> </span></span></span>5,8<span style="white-space: pre;"> </span> 8,600<span style="white-space: pre;"> </span>14,400<br />4<span style="white-space: pre;"> </span>Kim Hansol (KOR)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> <span> </span></span></span>6,0<span style="white-space: pre;"> </span> 8,266<span style="white-space: pre;"> </span>14,266<br />5<span style="white-space: pre;"> </span>Ryu Sunghyun (KOR)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> <span> </span></span></span>6,1<span style="white-space: pre;"> </span> 8,100<span style="white-space: pre;"> </span>14,200<br />6<span style="white-space: pre;"> </span>Mirvaliev Abdulaziz (UZB)<span style="white-space: pre;"> </span>5,6<span style="white-space: pre;"> </span> 8,500<span style="white-space: pre;"> </span>14,100<br />7<span style="white-space: pre;"> </span>Eamon Montgomery (IRL)<span style="white-space: pre;"> </span>5,9<span style="white-space: pre;"> </span> 8,166<span style="white-space: pre;"> </span>14,066<br />8<span style="white-space: pre;"> </span>Jorge Veja (GUA)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> </span> <span> <span> </span> </span>5,9<span style="white-space: pre;"> </span> 8,067<span style="white-space: pre;"> </span>13,967<br />9<span style="white-space: pre;"> </span>Dmitriy Patanin (KAZ)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> </span>5,9<span style="white-space: pre;"> </span> 8,166<span style="white-space: pre;"> </span>13,966</p><p><b>BRA: </b><i>Yuri Guimarães (14,433 / D: 5,9) e Bernardo Miranda (13,633 / D: 5,2)</i></p><p><b><br /></b></p><p><b>Cavalo com alças</b></p><p style="text-align: justify;">1<span style="white-space: pre;"> </span>Ahmad Abu Al Soud (JOR)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> </span>6,6<span style="white-space: pre;"> </span> 8,950<span style="white-space: pre;"> </span>15,550<br />2<span style="white-space: pre;"> </span>Narinam Kurbanov (KAZ)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> </span>6,6<span style="white-space: pre;"> </span> 8,800<span style="white-space: pre;"> </span>15,400<br />3<span style="white-space: pre;"> </span>Lee Chih Kai (TPE)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>6,4<span style="white-space: pre;"> </span> 8,633<span style="white-space: pre;"> </span>15,033<br />4<span style="white-space: pre;"> </span>Gagik KHACHIKYAN (ARM)<span style="white-space: pre;"> </span>6,3<span style="white-space: pre;"> </span> 8,700<span style="white-space: pre;"> </span>15,000<br />5<span style="white-space: pre;"> </span>Yu Jan Shiao (TPE)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>6,1<span style="white-space: pre;"> </span> 8,733<span style="white-space: pre;"> </span>14,833<br />6<span style="white-space: pre;"> </span>Matvei Petrov (ALB)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>6,3<span style="white-space: pre;"> </span> 8,500<span style="white-space: pre;"> </span>14,800<br />7<span style="white-space: pre;"> </span>Harutyun MERDINYAN (ARM)<span style="white-space: pre;"> </span>6,0<span style="white-space: pre;"> </span> 8,566<span style="white-space: pre;"> </span>14,566<br />8<span style="white-space: pre;"> </span>Vedant Sawant (AUS)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> </span>6,3<span style="white-space: pre;"> </span> 8,200<span style="white-space: pre;"> </span>14,500<br />9<span style="white-space: pre;"> </span>Cyril Tommasone (FRA)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>5,8<span style="white-space: pre;"> </span> 8,500<span style="white-space: pre;"> </span>14,300<br />10<span style="white-space: pre;"> </span>Abdelrahman ABDEL (EGY) <span> </span>5,6 8,500<span style="white-space: pre;"> </span>14,100</p><div><b>BRA</b>: <i>Bernardo Miranda (12,600 / D: 5,2)</i></div><div><br /></div><div><br /></div><div><b>Argolas</b></div><div><br /></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: left;">1<span style="white-space: pre;"> </span>Nikita Simonov (AZE)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> </span>6,2<span style="white-space: pre;"> </span> 8,900<span style="white-space: pre;"> </span>15,100</div><div style="text-align: left;">2<span style="white-space: pre;"> </span>Vinzenz Hoeck (AUT)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> </span>6,1<span style="white-space: pre;"> </span> 8,800<span style="white-space: pre;"> </span>14,900</div><div style="text-align: left;">3<span style="white-space: pre;"> </span>Artur Avetysian (ARM)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> </span>5,9<span style="white-space: pre;"> </span> 8,900<span style="white-space: pre;"> </span>14,800</div><div style="text-align: left;">4<span style="white-space: pre;"> </span>Mahdi Kohani (IRI)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>6,0<span style="white-space: pre;"> </span> 8,766<span style="white-space: pre;"> </span>14,766</div><div style="text-align: left;">5<span style="white-space: pre;"> </span>Vahagn Davtyan (ARM)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> </span>6,0<span style="white-space: pre;"> </span> 8,700<span style="white-space: pre;"> </span>14,700</div><div style="text-align: left;">6<span style="white-space: pre;"> </span>Ali Zahran (EGY)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> <span> </span><span> </span></span></span>6,1<span style="white-space: pre;"> </span> 8,433<span style="white-space: pre;"> </span>14,533</div><div style="text-align: left;">7<span style="white-space: pre;"> </span>Samir Ait Said (FRA)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>6,2<span style="white-space: pre;"> </span> 8,250<span style="white-space: pre;"> </span>14,450</div><div style="text-align: left;">8<span style="white-space: pre;"> </span>LIN Guan-Yi (TPE)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>5,9<span style="white-space: pre;"> </span> 8,333<span style="white-space: pre;"> </span>14,233</div><div style="text-align: left;">9<span style="white-space: pre;"> </span>Daniel Villafane (ARG)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> </span>6,0<span style="white-space: pre;"> </span> 8,200<span style="white-space: pre;"> </span>14,200</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><b>BRA</b>: <i>Caio Souza (14,300 / D: 6,0)</i></div><div style="text-align: left;"><i><br /></i></div><div style="text-align: left;"><i><br /></i></div><div style="text-align: left;"><b>Salto</b></div><div style="text-align: left;"><i><br /></i></div></div><div><div>1<span style="white-space: pre;"> </span>Mahdi Olfati (IRI) <span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>5,6/5,6<span style="white-space: pre;"> </span> 9,466/9,300<span style="white-space: pre;"> </span>14,983</div><div>2<span style="white-space: pre;"> </span>Wai Hung Shek (HKG) <span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>6,0/5,6<span style="white-space: pre;"> </span> 8,866/9,266<span style="white-space: pre;"> </span>14,816</div><div>3<span style="white-space: pre;"> </span>Gabriel Burtanete (ROU)<span style="white-space: pre;"> </span>5,6/5,6<span style="white-space: pre;"> </span> 9,100/9,200<span style="white-space: pre;"> </span>14,700</div><div>4<span style="white-space: pre;"> </span>Andrey Medvedev (ISR)<span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>5,6/5,6<span style="white-space: pre;"> </span> 9,100/9,100<span style="white-space: pre;"> </span>14,700</div><div>5<span style="white-space: pre;"> </span>MIRVAL Abdulaziz (UZB) <span> </span>5,6/5,6<span style="white-space: pre;"> </span> 9,300/8,850<span style="white-space: pre;"> </span>14,475</div><div>6<span style="white-space: pre;"> </span>Ondrej Kalny (CZE)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>5,2/5,2<span style="white-space: pre;"> </span> 9,200/9,400<span style="white-space: pre;"> </span>14,450</div><div>7<span style="white-space: pre;"> </span>Wei Shent Tseng (TPE)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> </span>5,6/5,2<span style="white-space: pre;"> </span> 8,800/9,200<span style="white-space: pre;"> </span>14,400</div><div>8<span style="white-space: pre;"> </span>Aurel Benovic (CRO)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>5,2/5,2<span style="white-space: pre;"> </span> 9,433/8,966<span style="white-space: pre;"> </span>14,399</div><div>9<span style="white-space: pre;"> </span>Ignacio Varas (CHI)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>5,2/5,2<span style="white-space: pre;"> </span> 8,900/9,267<span style="white-space: pre;"> </span>14,284</div><div>10<span style="white-space: pre;"> </span>Botond Molnar (HUN) <span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>5,2/4,8<span style="white-space: pre;"> </span> 9,000/9,000<span style="white-space: pre;"> </span>14,000</div></div><div><br /></div><div><b>BRA</b>: <i>Yuri Guimarães (14,400 / D: 5,2/5,2)</i></div><div><i><br /></i></div><div><i><br /></i></div><div><b>Paralela</b></div><div><br /></div><div><div>1<span style="white-space: pre;"> </span>Josimar Moreno (COL)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> </span>6,7<span style="white-space: pre;"> </span> 8,466<span style="white-space: pre;"> </span>15,166</div><div>2<span style="white-space: pre;"> </span>Cameron Bernard (FRA)<span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>6,2<span style="white-space: pre;"> </span> 8,466<span style="white-space: pre;"> </span>14,666</div><div>3<span style="white-space: pre;"> </span>Mitchell Morgans (AUS)<span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>6,1<span style="white-space: pre;"> </span> 8,550<span style="white-space: pre;"> </span>14,650</div><div>4<span style="white-space: pre;"> </span>Mohamed Afify (EGY)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> </span>6,0<span style="white-space: pre;"> </span> 8,533<span style="white-space: pre;"> </span>14,533</div><div>5<span style="white-space: pre;"> </span>ABDURAK Rasuljon (UZB)<span style="white-space: pre;"> </span>5,5<span style="white-space: pre;"> </span> 9,000<span style="white-space: pre;"> </span>14,500</div><div>6<span style="white-space: pre;"> </span>Robert Tvorogal (LTU)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> </span>5,9<span style="white-space: pre;"> </span> 8,466<span style="white-space: pre;"> </span>14,366</div><div>7<span style="white-space: pre;"> </span>Angel Barajas (COL) <span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>5,3<span style="white-space: pre;"> </span> 8,666<span style="white-space: pre;"> </span>13,966</div><div>8<span style="white-space: pre;"> </span>Bozhidar Zlatanov (BUL)<span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>5,6<span style="white-space: pre;"> </span> 8,333<span style="white-space: pre;"> </span>13,933</div><div>9<span style="white-space: pre;"> </span>Isaac Nunez (MEX)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>5,6<span style="white-space: pre;"> </span> 8,266<span style="white-space: pre;"> </span>13,866</div><div style="font-style: italic;"><br /></div></div><div><b>BRA</b><i>: Caio Souza (14,533 / D: 6,0) e Bernardo Miranda (14,500 / D: 5,6)</i></div><div><i><br /></i></div><div><i><br /></i></div><div><b>Barra Fixa</b></div><div><br /></div><div><div>1<span style="white-space: pre;"> </span>ANG Chia-Hung (TPE)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>6,3<span style="white-space: pre;"> </span> 8,650<span style="white-space: pre;"> </span>14,950</div><div>2<span style="white-space: pre;"> </span>Marios Georgiou (CYP)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>5,8<span style="white-space: pre;"> </span> 8,650<span style="white-space: pre;"> </span>14,450</div><div>3<span style="white-space: pre;"> </span>Ilias Georgiou (CYP)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> <span> <span> </span> </span></span></span>5,9<span style="white-space: pre;"> </span> 8,533<span style="white-space: pre;"> </span>14,433</div><div>4<span style="white-space: pre;"> </span>Robert Tvorogal (LTU)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span></span>5,6<span style="white-space: pre;"> </span> 8,766<span style="white-space: pre;"> </span>14,366</div><div>5<span style="white-space: pre;"> </span>Alexander Myakinin (ISR)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> </span>6,1<span style="white-space: pre;"> </span> 8,100<span style="white-space: pre;"> </span>14,200</div><div>6<span style="white-space: pre;"> </span>Mitchell Morgans (AUS)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> <span> </span> </span></span>5,7<span style="white-space: pre;"> </span> 8,400<span style="white-space: pre;"> </span>14,100</div><div>7<span style="white-space: pre;"> </span>Ahmed Elmaraghy (EGY)<span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre;"> <span> <span> </span> </span></span>5,7<span style="white-space: pre;"> </span> 8,366<span style="white-space: pre;"> </span>14,066</div><div>8<span style="white-space: pre;"> </span>Tyson Bull (AUS) <span style="white-space: pre;"> </span> <span style="white-space: pre;"> <span> </span><span> </span><span> </span><span> <span> <span> </span> </span></span></span>5,4<span style="white-space: pre;"> </span> 8,600<span style="white-space: pre;"> </span>14,000</div><div>9<span style="white-space: pre;"> </span>ABDURAKHI Rasuljon (UZB)<span style="white-space: pre;"> </span>4,9<span style="white-space: pre;"> </span> 8,800<span style="white-space: pre;"> </span>13,700</div><div><br /></div><div><b>BRA</b>: <i>Athur Nory (14,500 / D: 5,9) e Caio Souza (14,300 / D: 6,3)</i></div><div><i><br /></i></div><div>Temos uma situação bem delicada para o Brasil. Já conquistamos duas vagas olímpicas: uma nominal para Diogo Soares e uma não nominal que será definida pela Comissão Técnica. Caso Arthur Nory consiga uma vaga como especialista, que é nominal, é certo que a outra vaga do Brasil será designada a Caio Souza. O mesmo acontece se Caio Souza conseguir a vaga de especialista, deixando a outra pra Nory.</div><div><br /></div><div>Para Yuri e Bernardo, as chances estão ligadas somente aos resultados das Copas, e a situação ficaria um pouco mais complicada caso um deles consiga. Yuri compete em seus melhores aparelhos; já Bernardo tem como ponto forte a paralela, onde enfrenta o Caio. A maior chance de Bernardo estaria na barra fixa, mas teve que ceder espaço para Nory - por motivos óbvios - e para o Caio, que retorna de lesão e não está liberado 100% para competir salto.</div><div><br /></div><div>Resumo: caso Bernardo ou Yuri consigam a vaga, a comissão técnica deverá decidir se entrega o passaporte para Nory ou Souza irem a Paris. Difícil escolha.</div></div><div><br /></div><div><i>Texto de Cedrick Willian</i></div><div><i>Foto: Gaspar Nóbrega</i></div>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-12678183462226566622022-11-03T17:04:00.000-07:002022-11-03T17:04:02.309-07:00Com Rebeca Andrade, Brasil conquista o ouro mundial no individual geral<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcSQbGm9-FapYFV-6O948EBMVgZeLXJPrhW4TTdnR3s12vGBvFIoa22BZB8hL6Lx_yVNJmvXaK5KZDqAN6PJkP7HuQDWaS-raE8O_vGjvN-e0iKF6HmkS6gOL0AiixZ3TcHQD2ac9ZvMAmAaZZ_w5kO5HIuTFMyU9adVSqNhPAiSvsnrOWbY0Wfb3j/s680/Queeen.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="680" data-original-width="680" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcSQbGm9-FapYFV-6O948EBMVgZeLXJPrhW4TTdnR3s12vGBvFIoa22BZB8hL6Lx_yVNJmvXaK5KZDqAN6PJkP7HuQDWaS-raE8O_vGjvN-e0iKF6HmkS6gOL0AiixZ3TcHQD2ac9ZvMAmAaZZ_w5kO5HIuTFMyU9adVSqNhPAiSvsnrOWbY0Wfb3j/s16000/Queeen.jpg" /></a></div><br />O momento dos fãs de ginástica finalmente chegou: vivemos pra ver Rebeca Andrade brilhar em todo seu potencial, trazendo o primeiro ouro individual geral da história do Brasil. Quem acompanha a ginasta desde seus tempos de Campeonato Brasileiro Pré-Infantil sabia que o potencial dela era para o que aconteceu hoje e muito mais.<p></p><p class="selectable-text copyable-text">Com o segundo melhor salto cheng da vida (o melhor foi o do aquecimento), Rebeca abriu a competição de forma brilhante, com a nota que seria a maior do dia: 15.166. E poderia ser mais alta: se deram 9.133 de execução para o salto da americana Jade Carey, Rebeca merecia 9.700. Ponto final.</p><p class="selectable-text copyable-text">Nas assimétricas um susto é sentido no coração de todos: um lançamento à parada excedeu para o outro lado da barra, ocasionando dois giros gigantes desnecessários mais dois trocos, que com certeza foram despontuados. 13.800 foi uma nota baixa em comparação às notas acima de 14.600 que normalmente consegue.</p><p class="selectable-text copyable-text">Na trave, juízes com a mão um pouco pesada (para todas as ginastas) não deixaram as notas fluírem pra acima de 14 pontos. Por outro lado, estavam mais flexíveis com as ligações de bônus e nota D. Mesmo com 13.533, nota considerada baixa pela série que executou, Rebeca continuou na primeira colocação.</p><p class="selectable-text copyable-text">Com 14.400 no solo foi coroada com seu Baile de Favela. Diagonal após diagonal, cada chegada acrobática era uma palpitação no coração. A chance estava ali, menos de 13 pontos eram necessários! Mas ela não fez só isso como se distanciou um ponto e meio da medalhista de prata, a americana Shilese Jones.</p><p class="selectable-text copyable-text">Fechando o pódio - também com uma bela apresentação no solo -, a britânica Jessica Gadirova ficou com o bronze. Tenho minhas dúvidas quanto às notas de solo e trave das britânicas, pareceu mais um apelo emocional do público presente do que o real merecimento. Elas já fizeram séries melhores e não tiraram tanta nota. Fica a dica para o Brasil sediar um Mundial nos próximos anos!</p><p class="selectable-text copyable-text">Com as notas de hoje Rebeca seria prata no solo, bronze na trave e quinta nas assimétricas. Essa competição foi muito importante também para que ela se preparasse para as finais. Ela fez mais um solo cravado, o terceiro do Mundial, bem diferente do treino de pódio que apresentou chegadas bem descontroladas. Acertou a trave e errou a paralela, e tem amanhã mais um dia de treino para fixar os acertos e reparar os erros. As chances de mais medalhas são reais, vamos continuar na torcida!<br /><br />Amanhã, Caio Souza e Diogo Soares entram em ação na mesma final, a partir das 15:30 novamente. Ambos têm chance de figurar entre os top 10 ginastas mundiais, sendo que com seu maior score do ano (84.600), Caio pode chegar próximo do pódio. Bora torcer!</p><p class="selectable-text copyable-text"><a href="https://live.gymnastics.sport/live/15871/womensfinal.php?app=aa">Resultados completos</a><br /><br /><i>Post de Cedrick Willian</i><br />Foto: Simone Ferraro</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-60614496170554285972022-11-02T20:12:00.001-07:002022-11-02T20:12:24.800-07:00Cheia de reviravoltas, final por equipes masculina tem final dramático<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjINg9cbd7ncc-ULWoGlSlz5c2e2SWmI3CtAR4EBfHwNMz_0fdGcZ6FLk7zLAtvl7oBOVqLwhYlzHTca4fjP4LD6v5HUAxtlzHNCmYJ5JmWkOrVzjKHpoY3I87EsD3-HWn5NZOYTxnSySSPpWxn0FRo8d1ynLnhaVSWRR376OuijlW-Aa0e3dG0FD7o/s1957/tfm.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1403" data-original-width="1957" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjINg9cbd7ncc-ULWoGlSlz5c2e2SWmI3CtAR4EBfHwNMz_0fdGcZ6FLk7zLAtvl7oBOVqLwhYlzHTca4fjP4LD6v5HUAxtlzHNCmYJ5JmWkOrVzjKHpoY3I87EsD3-HWn5NZOYTxnSySSPpWxn0FRo8d1ynLnhaVSWRR376OuijlW-Aa0e3dG0FD7o/s16000/tfm.jpg" /></a></div><br />O mundo assistiu mais uma final por equipes disputadíssima da ginástica masculina no Mundial de Liverpool. Com vários erros das outras equipes e o Brasil liderando até final da 4ª rotação, chegamos a sonhar que uma medalha era possível. Não só o Brasil: muita equipe sonhou com esse resultado durante toda a final, que teve os chineses coroados campeões mundiais mais uma vez.<p></p><p>O Brasil chegou no seu limite quando falamos sobre o que a equipe tem a oferecer no cavalo com alças. Passar para o próximo nível é impossível com a equipe sobrevivendo das boas notas de salto, solo e barra fixa. Argolas e paralela ainda temos uma média, mas o cavalo com alças, quando não é um desastre, somamos muito pouco comparado aos outros países finalistas. Isso é assunto internacional sobre nossa GAM! É o momento de parar e avaliar a possibilidade de consultoria com um especialista estrangeiro.</p><p>A equipe chinesa redimiu da classificatória ruim enquanto o Japão entregou o ouro com erros dos melhores especialistas de barra fixa (Hashimoto) e cavalo com alças (Tanigawa). A Grã-Bretanha, que podia crescer com os erros dos seus grandes adversários, competiu desastrosamente no aparelho onde tem mais tradição: mais o cavalo com alças, que devia estar dando coices hoje, porque não é possível.</p><p>Estados Unidos também perdeu a sua maior nota nesse aparelho, com seu melhor especialista Stephen Nedoroscik. A única nota que poderia passar de 15 pontos se tornou um 12.966. Espanha e Coréia competiram com erros mais "espalhados", mas o cavalo com alças continuou sendo o grande vilão.</p><p>Mas o drama maior do cavalo ficou para o final, com o desfecho da Itália. Com chances de reais de uma medalha (inédita?) nessa final, lutaram constantemente em todos os aparelhos, até o último, até a última série, quando Yumin Abbadini teve uma queda feia na saída, que talvez nem tenha sido validada. A emoção e torcida de toda a equipe foi ao mesmo tempo linda e triste de se ver.</p><p>Dá pra ter a noção de como os especialistas são importantes numa final por equipes masculina, quando você confere que apenas 10% dos competidores da final competiram em todos os aparelhos. Caio Souza, Joel Plata (ESP), Zhang Boheng (CHN) e Brody Malone (USA). Essa é a chance de pensar em trabalhar um especialista que entregue um bom cavalo com alças, solo e paralela, talvez? Fica aqui uma questão.</p><p>Amanhã é dia de Rebeca Andrade no individual geral. Na final por equipes de ontem, mesmo com queda, somou 56.698, suficiente para ser ouro mesmo com todas as outras acertando. Não é bom contar com isso, mas é bom saber o nível de ginástica que ela se encontra. Vamos torcer muito para esse resultado incrível e inédito, mas a verdade é que ela só precisa subir no pódio e fazer suas séries sem grandes problemas.<br /><br /><a href="https://live.gymnastics.sport/live/15871/mensfinal.php?app=tm">Resultados completos.</a><br /><br /><i>Post de Cedrick Willian</i><br />Foto: Simone Ferraro</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-62893521245546196772022-11-01T08:56:00.001-07:002022-11-01T08:56:06.765-07:00Brasil conquista mais cinco finais no Mundial de Ginástica<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ9xD6BnaiDMbbF8QBiKg60jYaXzUpu70J78RlpBWWJBMi77KWz7949hwbxDRbAsPLLbzB3Vd09yp29PBIBQCvGKKE_Vd6WVJi2pJCibmKIeK6wt8nYZjYrX2QIsDB1Ig16rEyDZDfzXtHr7BGcu6Yehb04l-GrXzabAjWqH6L0H5cCmp0dIMl10Ra/s1805/Caio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1179" data-original-width="1805" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ9xD6BnaiDMbbF8QBiKg60jYaXzUpu70J78RlpBWWJBMi77KWz7949hwbxDRbAsPLLbzB3Vd09yp29PBIBQCvGKKE_Vd6WVJi2pJCibmKIeK6wt8nYZjYrX2QIsDB1Ig16rEyDZDfzXtHr7BGcu6Yehb04l-GrXzabAjWqH6L0H5cCmp0dIMl10Ra/s16000/Caio.jpg" /></a></div><br />A equipe masculina do Brasil surpreendeu e conquistou mais 5 finais em Liverpool. O Brasil está na final por equipes, individual geral com Caio Souza e Diogo Soares, salto com Caio e barra fixa com Arthur Nory. Dessas finais, as de fato esperadas eram o individual geral e o salto.<p></p><p>A surpresa maior está na classificação para a final por equipes. Ao longo desse ano algumas equipes emergentes, como a Turquia e Taiwan, pontuaram muito bem nos Campeonatos Continentais e acima da melhor pontuação do Brasil. Ontem tiveram um desempenho muito aquém do esperado, o que manteve o Brasil entre as 8 melhores equipes do mundo, apesar dos erros.</p><p>Pelas notas obtidas pelas outras equipes o Brasil poderia subir uma ou duas posições após a correção de erros que cometeram nas classificatórias. Esse é o melhor cenário para o Brasil nessa final. Já no individual geral, Caio tem chances de melhor e muito a sua colocação: esse ano chegou a pontuar 84.600, o que daria uma classificatória na 4ª posição. Diogo Soares teve uma sequência de apresentações muito limpas que podem colocá-lo entre os 10 primeiros. O potencial do atleta continua nítido, como ele cresceu ainda pode pra crescer. Acredite: o melhor do Diogo ainda está por vir.</p><p>No salto, pelo grau de dificuldade de todos os ginastas, tudo pode acontecer. Basicamente os medalhistas dos saltos são os que terminam em pé em seguida dos que dão menos pessos. Quem crava é rei! Já na barra fixa, os erros acontecem com menos frequência. Para Nory conquistar uma medalha precisa ter uma execução perfeita e cravar a saída. Ele já fez isso uma vez.</p><p>Todas as finais masculinas estão muito bem disputadas, mas as de cavalo com alças e argolas estão um caso à parte. Os medalhistas serão definidos nos detalhes! Ansioso para ver as performances de Carlos Yulo (PHI) nas finais AA e solo, como também do Daiki Hashimoto (JPN) nas finais AA e barra fixa. E na paralela é só se sentar e apreciar o chinês Zou Jingyuan em ação.</p><p>Logo mais, 15:30h, final por equipes feminina. Força Brasil! Mesmo com a incerteza sobre a Flávia continuamos vivos e confiantes que um resultado é possível.</p><p><a href="https://live.gymnastics.sport/schedule.php?idevent=15871">Resultados completos.</a></p><p><i>Post de Cedrick Willian</i><br />Foto: Simone Ferraro</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-79193198423471437112022-10-30T19:45:00.005-07:002022-10-30T19:49:21.629-07:00No primeiro dia de classificatórias, Brasil conquista sete finais em Liverpool<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg0uDMRPQ-3UPCbos7W0-JOwI6d4ZUHdHIdikfRMt8xPLSUGIWNH15E8bO3X9JefMuo_NdKQSerRUzdmPfWDEmpJq4sb2t6IvP2XrjAGlYKeXchuOUxpKoNDGX-s_U5rx_0TNffzUChTP6fIpatCJ_eAxMvdTepMzH5wwiXqtly5yIAdkNn8-xlxBR/s4096/Rebe.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2731" data-original-width="4096" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg0uDMRPQ-3UPCbos7W0-JOwI6d4ZUHdHIdikfRMt8xPLSUGIWNH15E8bO3X9JefMuo_NdKQSerRUzdmPfWDEmpJq4sb2t6IvP2XrjAGlYKeXchuOUxpKoNDGX-s_U5rx_0TNffzUChTP6fIpatCJ_eAxMvdTepMzH5wwiXqtly5yIAdkNn8-xlxBR/s16000/Rebe.jpg" /></a></div><br /><p>Entre altos e baixos o Brasil conquistou hoje 7 das 9 possíveis finais previstas pra GAF aqui no GBB. Impressionante como raramente temos uma competição por equipes linear: ou é maravilhoso ou é um completo desastre!</p><p>Hoje ficamos no meio a meio. Começamos no desastre da trave e fomos ao delírio com o solo. Entramos em um novo desastre no salto e acabamos com uma ótima recuperação na paralela, com direito a uma finalista. Dá pra gente, um dia quem sabe, ter um dia normal? O coração uma hora não vai aguentar.</p><p>Apesar da montanha-russa de emoções, mais uma vez a estrela do Mundial é a brasileira Rebeca Andrade. Rebeca está em todas as finais, menos salto. Esse "número da mega" com certeza ninguém apostou. Se tinha uma medalha dada como certa nesse Mundial era a do salto feminino, mas uma fatalidade (a mão dela escorregou) a deixou sem o ouro certeiro. Além dessa final, faltou também a da Flávia Saraiva ou Júlia Soares na trave para completas as 9 previstas.</p><p>Os juízes estavam rigorosos, mas as ginastas também não ajudaram. Culpa do Código de Pontuação? Talvez. Com a possibilidade de mil ligações de bônus e ao mesmo tempo 2 mil formas de a ligação não ser validada, as ginastas têm se esforçado a troco de nada. E nesse vai e não vai, juízes, ginastas e treinadores acabam se perdendo. "Não valeu porque o dedão do pé mexeu antes do tronco"; "não valeu porque ela precisa olhar pro lado certo da trave"; "não valeu porque faltando 33,2° pra aterrisagem ela fechou a canoinha exageradamente". Haja paciência e a saída é ter paciência.</p><p>A tristeza do dia foi a lesão da Flávia, que ninguém sabe ainda qual a extensão. A chateação é geral, especialmente porque com ela na final por equipe temos chances de medalhas e classificação olímpica. Dessa forma, entre as várias questões que devem ser levadas em consideração a respeito da lesão e participação da Flávia na final por equipes, temos uma que não pode ser ignorada: a classificação olímpica depois de amanhã nos dá 2 anos de preparação para os Jogos de Paris. Uma preparação mais calma e até mais preventiva, pensando que o ápice da periodização será nos Jogos.</p><p>Daria pra classificar mesmo com Flávia lesionada, se ela tiver as mínimas condições de competir? Não dá pra afirmar, mas segue as contas.</p><p><b><i>VT: Rebeca, Pedro e Lorrane. 15,066 + 12,933 + 12,666 = 40,665<br />UB: Rebeca, Lorrane e Flávia (saída A). 14,666 + 13,233 + 13,200 = 41,099<br />BB: Rebeca, Júlia e Flávia (saída A). 13,400 + 12,566 + 13,300 = 39,266<br />FX: Rebeca, Júlia e Pedro. 14,200 + 13,566 + 12,833 = 40,599</i></b><br /><br />Total: <b><i>161,629</i></b>. Sabendo que o Brasil foi mal na trave, cravando esse aparelho na final poderíamos finalizar com uma nota em torno de <b><i>163,000</i></b>, nota suficiente para o pódio. Agora é pensar no que compensa mais, colocando o olhar, em primeiro lugar, na saúde da Flávia e no que ela está disposta a fazer em Liverpool.</p><p>Itália foi muito bem mesmo sem Asia Damato e Angela Andreoli. Japão tem uma equipe renovada e que deu conta de continuar o legado deixado pelas veteranas que ficaram por tanto tempo. Sinto falta da força e plasticidade que a China apresentou até Pequim. Depois disso, apenas uma ou outra consegue demonstrar a beleza da velha escola; esse ano, Ou Yushan.</p><p>No individual geral a grande surpresa foi Jade Carey classificada no lugar que provavelmente era de Jordan Chiles, que teve grandes problemas na trave. A japonesa Shoko Miyata também foi uma grande surpresa, com notas bem sólidas e final garantida na trave.</p><p>Nina Derwael teve um elemento rebaixado na paralela, uma largada que faltou giro, e se classificou em segundo. Quem comandou a classificatória foi a chinesa Luo Rui, com trocos muito bem feitos e um jaeger esticado. Essa final promete!</p><p>Clique <a href="https://live.gymnastics.sport/schedule.php?idevent=15871">aqui</a> para conferir os resultados completos. Amanhã acontece as classificatórias masculinas, com o Brasil entrando em ação às 12:50h.</p><p><i>Post de Cedrick Willian</i><br />Foto: olympics.com</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-6277217597416695732022-10-29T21:11:00.003-07:002022-10-29T21:11:17.444-07:00Previsão GBB - Mundial de Liverpool<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigTUYBCzzSBFq3ViwJgCOujBZDZigkfCUaS_9tHFGFu26tlNQXIZph8FfMtQrAbjvKWgJGzMIFj-UCtXAWc3g-YBzda5NnfyPqAvbsoBF61W8lDyMnZE8oWAk6AbFiMwW_FCfUT9v1U7UwoF6ShQYHzmvHhlzsTcORWGX57AM6npbFMOBBv-saUt4I/s1600/Rebeca%201%20-%20COB.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigTUYBCzzSBFq3ViwJgCOujBZDZigkfCUaS_9tHFGFu26tlNQXIZph8FfMtQrAbjvKWgJGzMIFj-UCtXAWc3g-YBzda5NnfyPqAvbsoBF61W8lDyMnZE8oWAk6AbFiMwW_FCfUT9v1U7UwoF6ShQYHzmvHhlzsTcORWGX57AM6npbFMOBBv-saUt4I/s16000/Rebeca%201%20-%20COB.jpg" /></a></div><br /><p><br /></p><p>Desde 2001 o Brasil chegou à vários Mundiais de Ginástica Artística com chances reais de medalhas. A grande maioria foi relacionada a nossa GAM, que traça um bom caminho desde então, possuindo a maioria das medalhas mundiais da ginástica artística brasileira. Em Liverpool a história promete ser diferente.</p><p class="selectable-text copyable-text"><span class="selectable-text copyable-text">O Brasil se apresenta com chances de fazer história, com possibilidade de resultados e até recorde de medalhas, mesmo que, dessa vez, as chances de um grande resultado no masculino sejam bem pequenas. Nossa GAF carrega as maiores possibilidades do Brasil em Londres, podendo sozinha trazer um recorde de resultados.</span></p><p class="selectable-text copyable-text"><b>GAM</b></p><p class="selectable-text copyable-text"><span class="selectable-text copyable-text">VT - Caio Souza<br /></span>PB - Caio Souza<br />HB - Caio Souza e Arthur Nory<br />AA - Caio Souza com possibilidade de final entre os 8 melhores</p><p class="selectable-text copyable-text">5 possibilidades de finais</p><p class="selectable-text copyable-text"><b>GAF</b></p><p class="selectable-text copyable-text">VT - Rebeca Andrade não está no ranking porque não competiu no salto esse ano.<br />UB - Rebeca Andrade<br />BB - Rebeca Andrade, Flávia Saraiva e Júlia Soares<br />FX - Rebeca Andrade, Flávia Saraiva e Júlia Soares<br />AA - Rebeca Andrade e Flávia Saraiva<br />TF - Equipe entre as 4 melhores</p><p class="selectable-text copyable-text">9 possibilidades de finais</p><p class="selectable-text copyable-text"><span class="selectable-text copyable-text"><i>As possibilidades apresentadas levam em consideração as melhores notas do ano conquistadas em campeonatos internacionais</i></span></p><p class="selectable-text copyable-text">No masculino, qualquer resultado entre as possibilidades apresentadas seria inédito fora uma medalha na barra fixa. Já no feminino, medalha por equipes, individual geral e trave seriam inéditos para o Brasil. Numa "hierarquia" de possíveis medalhas, temos: Rebeca no salto > Rebeca no individual geral > Rebeca na paralela. A partir disso seria qualquer resultado seria lucro. Falando separadamente do masculino, a maior - e talvez única - chance está com Caio no salto.</p><p class="selectable-text copyable-text">Depois de assistir os vídeos do treino de pódio e das classificatórias femininas que já aconteceram hoje, e fazendo uma análise conservadora a respeito da equipe brasileira, estamos com certeza entre as 4 melhores do mundo lutando por um ouro (pasme) contra os Estados Unidos. Também não seria uma surpresa Rebeca conseguindo vagas nas tem todas as finais individuais.</p><p class="selectable-text copyable-text"><b>VT</b><br /><br />Pedro 13,4<br />Flávia 14,1<br />Rebeca 14,8</p><p class="selectable-text copyable-text"><b>UB</b></p><p class="selectable-text copyable-text">Flávia 13,6<br />Lorrane 13,7<br />Rebeca 14,7</p><p class="selectable-text copyable-text"><b>BB</b></p><p class="selectable-text copyable-text">Júlia 13,6<br />Rebeca 13,8<br />Flávia 14,2</p><p class="selectable-text copyable-text"><b>FX</b></p><p class="selectable-text copyable-text">Júlia 13,5<br />Flávia 13,8<br />Rebeca 13,8<br /><br />TOTAL: 167,000</p><p class="selectable-text copyable-text">Expectativas foram criadas. Podemos sair de Liverpool com uma equipe garantida em Paris? Sim, podemos. Vai acontecer? O futuro não sabemos prever. Porém, o cenário hoje possibilita para o Brasil uma medalha por equipes mesmo que essa cometa alguns erros. Nunca estivemos tão bem, e isso sem comentar o desfalque de Jade Barbosa. A partir das 15:30 estaremos de olho.</p><p class="selectable-text copyable-text"><i>Post de Cedrick Willian</i><br />Foto: Comitê Olímpico do Brasil</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-62714475653513834052021-10-24T13:53:00.003-07:002021-10-24T14:01:05.825-07:00Mundial de Kitakyushu: segundo dia de finais por aparelhos<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEC7SOOMWw7FVCPHvF5_MTq-nuyd19LWCB9fdyadPvYCPqdXfS3y1g8U2M_e5SI09afnZIx5wYzoA-yvfdI2-4l3PEmXsIX_5kJNiPOk2u5x3QpCsQ32EfzLPgREPmoKZ8k5zgPydnpt8/s2048/Hu+Xuwei.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1624" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEC7SOOMWw7FVCPHvF5_MTq-nuyd19LWCB9fdyadPvYCPqdXfS3y1g8U2M_e5SI09afnZIx5wYzoA-yvfdI2-4l3PEmXsIX_5kJNiPOk2u5x3QpCsQ32EfzLPgREPmoKZ8k5zgPydnpt8/s16000/Hu+Xuwei.jpg" /></a></div><br />O Brasil terminou o segundo dia de finais em Kitakyushu sem medalhas, mas com resultados consideráveis. Rebeca Andrade conseguiu um 6º lugar na trave e Caio Souza terminou em 7º lugar na paralela. Ambos os resultados são os melhores do Brasil nesses aparelhos.<p></p><p>Rebeca superou o 7º lugar de Jade Barbosa na final de trave do Mundial de Stuttgart em 2007 - primeira vez do Brasil nessa final - se igualando ao resultado de Flávia Saraiva na final de 2019; Caio Souza levou o Brasil à final de paralela pela primeira vez. O ginasta acertou a série e Rebeca teve uma queda na entrada de cortada, erro que nunca cometeu em competições. Considero o erro de certa forma positivo porque, como a própria Rebeca sempre fala em entrevistas, ela é humana! Ela vai errar em vários momentos. A mídia precisa saber disso, inclusive para não construírem uma imagem imbatível dela, algo que em algum momento poderá ser decepcionante para todos. Foi isso que aconteceu com Daiane dos Santos, especialmente em 2004.</p><p>Nas finais femininas, o Japão se deu muito bem, com Urara Ashikawa se redimindo dos Jogos Olímpicos. A ginasta conseguiu o ouro na final de trave enquanto Mai Murakami ficou com o bronze. A alemã Pauline Schaeffer conquistou mais uma medalha mundial nesse aparelho: agora tem três, uma de cada cor. A final de trave não foi das melhores: seis das nove ginastas tiveram queda.</p><p>No solo, Murakami seguiu a conquista de Ashikawa e também ficou com o ouro. A russa Melnikova ficou com a prata e a americana Leanne Wong ficou com o bronze. Era o pódio esperado, apenas com troca de posições entre as melhores ginastas da final. </p><p>No masculino, Carlos Yulo representou brilhantemente as Filipinas, conquistando o ouro no salto e a prata na paralela. Talentosíssimo e treinando no Japão, pode ter um ciclo brilhante até Paris. O melhor país das finais masculinas foi a China, que conquistou o ouro na paralela e na barra fixa com o ginasta Hu Xuwei, de 24 anos, que também não foi selecionado para os Jogos de Tóquio.</p><p>Daiki Hashimoto e Hidenobo Yonekura foram medalhistas de prata na barra fixa e salto respectivamente. Os japoneses tiveram trajetórias diferentes durante o ano: Hashimoto foi campeão olímpico de barra e Yonekura nem foi selecionado. Uchimura, que levou a vaga de especialista do Japão em Tóquio, não se classificou para a final olímpica de barra fixa, enquanto Yonekura tinha chances reais de medalhas, como provou nesse Mundial.</p><p>Completando os pódios, o chinês Shi Cong (20 anos) foi bronze na paralela; o isralense Andrey Medvedev foi bronze no salto; o americano Brody Malone foi bronze na barra fixa. O italiano Carlo Macchini ficou em quarto lugar na barra fixa, com a mesma nota final de Malone e execução inferior.</p><p>Analisando os resultados desse Mundial não conseguimos tirar muitas conclusões a respeito de como as competições femininas serão no ciclo, quais equipes estarão mais fortes ou não. Ao mesmo tempo, os resultados masculinos disseram muito sobre o ciclo e os próximos Jogos.</p><p>A China surpreendeu com tantos ginastas novos e estreantes fazendo um trabalho espetacular. O país está "bem servido" para Paris 2024 e será favorito a várias medalhas, incluindo por equipes, e o mesmo acontece com o Japão. A Itália pode retornar às classificações olímpicas por equipes: basta fazer as contas e reunir os melhores ginastas para uma equipe de sucesso. A Turquia está no mesmo caminho e ambos os países podem ser uma pedra no sapato do Brasil durante esse ciclo. Os Estados Unidos estão trabalhando em seu ponto fraco - o cavalo com alças - e podem melhorar suas pontuações como equipe para resultados melhores.</p><p>Quadro de medalhas:<br /><br />1º) China - 5 / 1 / 2 - 8 medalhas<br />2º) Japão - 2 / 4 / 2 - 8 medalhas<br />3º) Rússia - 1 / 2 / 1 - 4 medalhas<br />3º) Itália - 1 / 2 / 1 - 4 medalhas<br />5º) Estados Unidos - 1 / 1 / 3 - 5 medalhas<br />6º) Brasil - 1 / 1 / x - 2 medalhas<br />6º) Filipinas - 1 / 1 / x - 2 medalhas<br />8º) Alemanha - x / 1 / x - 1 medalha<br />9º) Ucrânia - x / x / 1 - 1 medalha<br />9º) Finlândia - x / x / 1 - 1 medalha<br />9º) Israel - x / x / 1 - 1 medalha<br /><br /><a href="https://live.gymnastics.sport/schedule.php?idevent=16634">Resultados completos</a>.</p><p>Texto de Cedrick Willian<br />Foto: FIG</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-63054371118937965932021-10-23T08:33:00.003-07:002021-10-23T08:33:29.226-07:00Mundial de Kitakyushu: primeiro dia de finais por aparelhos<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjwawfIxjvMr7oo7OavE_RGpzCj3lMiMwUiYxaJ1V0Zd3EY66EfukfzxTMttynTBp9kyc1W7pZKeyZNe9a-nwc-0Qh9FOUPl9cYZAQeN7ZMxEqkTRGlo6muhhotuU4oFJcHElplJLISfo/s2048/Wei+Xiaoyuan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1538" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjwawfIxjvMr7oo7OavE_RGpzCj3lMiMwUiYxaJ1V0Zd3EY66EfukfzxTMttynTBp9kyc1W7pZKeyZNe9a-nwc-0Qh9FOUPl9cYZAQeN7ZMxEqkTRGlo6muhhotuU4oFJcHElplJLISfo/s16000/Wei+Xiaoyuan.jpg" /></a></div><br />O Brasil fez história hoje com Rebeca Andrade no primeiro dia de finais por aparelhos: primeira ginasta a conquistar duas medalhas em mundiais, primeira campeã de salto e primeira medalhista nas barras assimétricas. E amanhã pode ser a primeira medalhista de trave.<p></p><p>Rebeca foi brilhante no salto, onde conseguiu o título de campeã, e muito inteligente nas assimétricas. Teve o sangue frio de corrigir a série da melhor forma possível e manter a nota E alta, apesar da D baixa. Não adiantaria fazer o sola com pirueta no fim da série, porque o elemento não entraria na nota D pelo fato dela já ter feito 3 elementos da mesma raiz no momento que errou a ligação do "van leween". A campeã nesse aparelho foi a chinesa Wei Xiaoyuan, que fez uma boa série mas que não levaria o ouro caso Rebeca tivesse feito a série completa.</p><p>O primeiro dia de finais teve vários feitos históricos além dos de Rebeca. O italiano Nicola Bartolini conseguiu o primeiro título nesse aparelho para seu país. O finlandês Emil Soravuo conquistou, no mesmo aparelho, a primeira medalha mundial para seu país, com a melhor série de assistir, a mais limpa da final e com a sequência original de pirueta para frente mais duplo mortal com meia volta.</p><p>Outro feito histórico: o americano Stephen Nedoroscik conquistou o primeiro título mundial no cavalo com alças para os Estados Unidos. A presença do outro americano Alec Yoder, que apesar de não ter conquistado uma medalha se classificou em terceiro para essa final, mostra que os Estados Unidos estão trabalhando bem nesse aparelho e podem vir mais forte como equipe no próximo mundial. Nedoroscik não apenas venceu essa competição: ele desbancou o chinês Weng Hao e o japonês Kazuma Kaya, atletas com uma trajetória incrível nesse aparelho.</p><p>Nas argolas, outro fato curioso: o chinês Zhang Boheng sai da final e deu lugar para o italiano Marco Lodadio, que terminou em segundo lugar, fazendo uma dobradinha com Salvatore Maresco, que ficou em terceiro empatado com o russo Grigorii Klimentev. O campeão foi o chinês Lan Xingyu. Talvez ninguém esperasse dois italianos no pódio das argolas, nem mesmo os dois atletas, que se mostraram muito surpresos.</p><p>A Itália, inesperadamente, foi o segundo país mais condecorado no primeiro dia de finais. Conquistou um ouro, duas pratas e um bronze, total de quatro medalhas, ficando atrás apenas da China, que conquistou dois ouros, uma prata e um bronze.</p><p>Confira os resultados completos.</p><p>Texto de Cedrick Willian<br />Foto: FIG</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-18143655419174694862021-10-22T11:00:00.005-07:002021-10-22T11:00:46.572-07:00Mundial de Kitakyushu: final individual geral masculina<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia63HuBQAcTXcnyNX1YDI0bjji60FX3vce10OPMs5N7k9RTeghVm-NiIe62VipPhRleHT2RTWJMneYaGQIef9wY4nBCUZAeXYei1kupLzhujRdlmOoMJdjQbycIMAUNl3BvOq6ESvYV-0/s2048/Boheng.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1349" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia63HuBQAcTXcnyNX1YDI0bjji60FX3vce10OPMs5N7k9RTeghVm-NiIe62VipPhRleHT2RTWJMneYaGQIef9wY4nBCUZAeXYei1kupLzhujRdlmOoMJdjQbycIMAUNl3BvOq6ESvYV-0/s16000/Boheng.jpg" /></a></div><br />O duelo esperado na final individual geral masculina nos Jogos de Tóquio aconteceu três meses depois, com o chinês Zhang Boheng vencendo o campeão olímpico japonês Daiki Hashimoto. Muitos fãs da ginástica chinesa não entenderam muito bem - e agora menos ainda - a decisão de não levar Boheng para os Jogos Olímpicos, ele que tinha competido muito bem o Nacional Chinês, vencendo, inclusive, Xiao Ruoteng em um dos dias da competição.<p></p><p>Ambos mostraram que idade não é problema quando a ginástica está bem estabelecida, tanto dentro do corpo do atleta quanto na tradição do país. Tanto a China como o Japão possuem uma escola de grandes talentos. Poucos sabem mas a ginástica é o esporte que mais rendeu medalhas olímpicas para o Japão. E para a China o esporte também deve estar entre os primeiros.</p><p>Ambos competiram com quedas no mesmo aparelho: o cavalo com alças estava "empinando" na final de hoje. Esse aparelho foi o responsável de somatórios baixos para vários atletas, incluindo o brasileiro Caio Souza. Para os orientais medalhistas, que estão num nível técnico muito superior se comparado aos outros, foi quase como se a queda não houvesse existido.</p><p>Os ginastas ainda tem um longo caminho até o fim do Mundial, com a participação em várias finais com mais chances de medalhas. Vão se encontrar novamente na final de paralelas, onde se classificaram com apenas um décimo de diferença um do outro. Um diferença grande, se comparada aos centésimos que os diferenciaram hoje: Boheng campeão com 87,981 e Hashimoto vice com 87,964.</p><p>A nova geração da ginástica masculina mundial vem brilhante. Um outro ginasta, de país tradicional e muito novo, completou o pódio hoje: Illia Kovtun, de apenas 18 anos, ficou com o bronze. O que fala mais alto na ginástica masculina? O talento, a tradição do país ou a experiência? De acordo com os resultados, fica claro que o discurso da experiência talvez não seja um fator a ser colocado como prioridade nas escolha das equipes mais.</p><p>Caio Souza fez uma ótima competição, cometendo erros de linha no solo e uma queda no cavalo com alças. As chances de bronze eram reais até a última rotação, quando ele teve a queda. Essa final é a mais difícil de toda a ginástica artística e o Caio está de parabéns, mesmo que o resultado, para ele, não tenha sido satisfatório. Conseguiu, mais uma vez, estar numa final individual geral entre os melhores do mundo, acertando 5 de 6 aparelhos.</p><p>As finais continuam amanhã, com o primeiro dia de finais por aparelhos. O Brasil pode fazer história com Rebeca sendo campeã de salto e com uma medalha nas assimétricas, resultados inéditos para o Brasil. Nas finais masculinas, podemos ficar de olho no solo com o filipino Carlos Yulo e com os Estados Unidos surpreendendo no cavalo com alças.</p><p><a href="https://live.gymnastics.sport/live/16634/mensfinal.php?app=aa">Resultados completos</a>.</p><p>Post de Cedrick Willian<br />Foto: FIG</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-66260256645683444422021-10-20T19:43:00.001-07:002021-10-20T19:43:09.362-07:00Mundial de Kitakyushu: classificatórias masculinas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMqAQX6EGsEa2O_sKxijmRmWD8wKMM4fa2icn0VczgmLJtwx0-03kI_GY9po7iPEU85qEEnSuaD3gCyHCdzqHgN0vWP_fwrVr_wbMHA9Y-vpOSAfGD5Lm4s6M2d2QRq-rA-wa9YItXV-w/s2048/Caio+Souza.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1441" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMqAQX6EGsEa2O_sKxijmRmWD8wKMM4fa2icn0VczgmLJtwx0-03kI_GY9po7iPEU85qEEnSuaD3gCyHCdzqHgN0vWP_fwrVr_wbMHA9Y-vpOSAfGD5Lm4s6M2d2QRq-rA-wa9YItXV-w/s16000/Caio+Souza.jpg" /></a></div><br /><p><br />O Brasil hoje se classificou para menos finais que o previsto; entretanto, não deixou de fazer história: Caio Souza é o primeiro finalista brasileiro de barras paralelas. O ginasta ainda poderia ser finalista de salto e argolas, levando em conta suas notas de dificuldade e as séries que apresentou no Campeonato Brasileiro. Além das paralelas, Caio segue firme na final individual geral.</p><p>Arthur Nory teve um erro na série de barra fixa, perdendo o ritmo no desloque com pirueta e contabilizando também um passo largo na saída. Sem perder o ritmo já séria finalista mundial e disputaria o bi campeonato nesse aparelho.</p><p>Finalmente o mundo verá a disputa entre os "novinhos" Zhang Boheng e Daiki Hashimoto. Boheng, apesar de ter feito um nacional brilhante, não foi selecionado para compor a equipe chinesa nos Jogos Olímpicos. Já o japonês Hashimoto não só foi selecionado como foi uma das estrelas dos Jogos.</p><p>Hashimoto, com 20 anos, se classificou em 1º para a final do individual geral (88,040) e ainda conquistou vaga nas finais de solo, cavalo com alças, paralelas e barra fixa. Boheng, com 21 anos, se classificou em 2º para a final do individual geral (87,897) e ainda conquistou vaga nas finais de argolas e paralela. As argolas são o ponto fraco de Hashimoto e Boheng não fez o melhor solo que poderia. Apesar das posições conquistadas na classificatória, acredito que a disputa entre eles será acirrada e definida só na hora mesmo.</p><p>O filipino Carlos Yulo surpreendeu também com uma excelente competição e garantiu vaga em três finais com grandes chances de medalhas: solo (15,166), salto (14,808) e paralelas (15,566). Estados Unidos também competiram bem e terão bons representantes nas finais, especialmente no cavalo com alças: Alec Yoder e Stephen Nedoroscik, classificados em 2º e 3º lugar.</p><p>Daqui a pouco, às 05:50, teremos a final individual geral feminina, com grandes chances da russa Angelina Melnikova sagrar-se campeã. Os Estados Unidos vencem essa final desde 2005, com uma pausa em 2006 para a italiana Vanessa Ferrari e em 2010, justamente para a russa Aliya Mustafina. Pode ser que outra pausa aconteça para Melnikova. A gente queria torcer amanhã era pra Rebeca, né? Mas não vai ser dessa vez. 2022 está aí pra isso.</p><p><a href="https://live.gymnastics.sport/schedule.php?idevent=16634">Resultados completos</a>.</p><p>Texto de Cedrick Willian<br />Foto: FIG</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-30726917180584150142021-08-03T13:39:00.007-07:002021-08-03T14:04:46.525-07:00Fim dos Jogos de Tóquio: último dia de finais por aparelhos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP4PfJmFx22jM_jMvlj-KhqizDGTCWYfG_TbsRuhoci7ujhD6P6qG3MG5P5zSo8ighqn6qKU9ahuNY12j1s9csjRA8F1bTKosZ5_IHxwVfuPTi-LyjnyyTDM895EtZ51LseHYX_ZB9WRI/s1144/Daiki.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1144" data-original-width="960" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP4PfJmFx22jM_jMvlj-KhqizDGTCWYfG_TbsRuhoci7ujhD6P6qG3MG5P5zSo8ighqn6qKU9ahuNY12j1s9csjRA8F1bTKosZ5_IHxwVfuPTi-LyjnyyTDM895EtZ51LseHYX_ZB9WRI/s16000/Daiki.jpg" /></a></div><br />Finalizaram hoje as competições de ginástica artística nos Jogos de Tóquio com o último dia das finais por aparelhos. Os últimos campeões foram definidos com as competições de barra fixa, paralela e trave. Flávia Saraiva competiu a final olímpica de trave pela segunda vez consecutiva e terminou na 7ª colocação.<div><br /></div><div><u>MASCULINO</u></div><div><br /></div><div><b>Paralela</b></div><div><br /></div><div>1. Zou Jingyuan (CHN)</div><div>2. Lukas Dauser (GER)</div><div>3. Ferhat Arican (TUR)</div><div><br /></div><div>Como previsto, Jingyuan venceu a final desse aparelho com facilidade. Com estilo próprio e uma leveza incomparável, fez a série mais perfeita das finais: nenhum ginasta conseguiu uma nota E maior que 9.333, seja nas finais masculinas ou femininas. O chinês foi o nota 10 da competição de forma merecida! Ao mesmo tempo Arican teve a maior nota de partida das finais (D: 7.0) juntamente com o coreano Ryu Sunghyun no solo e o britânico Max Whitlock no cavalo com alças. Dauser não era a aposta do blog para uma medalha nessa final, mas conseguiu acertar sua série muito bem e levou a prata. Ele também está apresentando um estilo próprio nesse aparelho, investindo mais no dinamismo do que na marcação das paradas. Bem interessante! Uma dúvida: Dauser podia subir em cima do aparelho para acenar para as pessoas? Voltar ao pódio é permitido, mas será que ele não passou um pouco dos limites?</div><div><br /></div><div><b>Barra fixa</b></div><div><br /></div><div>1. Daiki Hashimoto (JPN)<br />2. Tin Srbic (CRO)<br />3. Nikita Nagornyy (ROC)</div><div><br /></div><div>O bronze veio para deixar Nikita um pouco mais feliz: o ginasta estava se sentindo frustrado com sua atuação nos Jogos Olímpicos. É fato que ele era favorito ao ouro no geral e um dos favoritos no solo, porém finais são finais e todos são passíveis de erros, sejam grandes ou pequenos. Na final de solo ele pode ter sido prejudicado pela falta de aquecimento, essa regra chata que precisa ser revista. Srbic leva pra casa o segundo ouro da Croácia, o primeiro foi conquistado só em 2008. Com uma sequência de quatro tkachetvs seguidos levantou a arena, mesmo que com público formado apenas pelas delegações. Depois dessa final, Hashimoto fica ainda mais com o status de "novo Uchimura". Se o ginasta de dezenove anos ainda não está no auge, o que ele fará daqui três anos em Paris? Com certeza outra grande participação.</div><div><br /></div><div><u>FEMININO</u></div><div><br /></div><div><b>Trave</b><br /><br />1. Guan Chenchen (CHN)<br />2. Tan Xijing (CHN)<br />3. Simone Biles (USA)<br /><br />Essa foi a final da redenção. Simone Biles conseguiu voltar ao pódio com uma série mais simples, passando por cima do grave bloqueio mental que a deixou fora das finais em Tóquio. As chinesas Chenchen e Xijing salvaram a apresentação desastrosa que a China teve nessa edição dos Jogos, que até então estava pior do que no Rio de Janeiro. O entusiasmo com as possibilidades da equipe chinesa eram enormes; o potencial estava ali enquanto elas deixavam a desejar. As medalhas na trave com certeza trouxeram um alívio pra delegação, que vai voltar pra casa refletindo sobre os erros.</div><div><br /></div><div>Flávia Saraiva (BRA) teve um desequilíbrio grande no mortal esticado, ocasionando um toque de mãos na trave e deixando ela mais uma vez fora do pódio. Passou tranquila pelo resto da série, com saltos de dança excelentes que são, inclusive, padrão FIG de execução. Infelizmente não foi o suficiente para estar no pódio. O momento pede uma série reformulada e o novo ciclo está aí pra isso. Momento triste para Larisa Iordache (ROU), que teve dificuldades em se classificar pros Jogos e acabou nem competindo devido a dores fortes de uma lesão. Essa final e possível medalha eram muito importantes para a evolução da ginástica romena.</div><div><br /></div><div>Resultados completos <a href="https://live.gymnastics.sport/">aqui</a>.</div><div><br /></div><div>O olhos agora se voltam ao Mundial de Ginástica, que também será no Japão daqui dois meses. Saiu a inscrição definitiva (sem a lista nominal) e todos os principais países se encontram entre os participantes com número total de vagas inscritas. Será a oportunidade dos atletas que não se classificaram para os Jogos competirem e dos atletas olímpicos repetirem ou melhorarem os resultados que tiveram em Tóquio. A partir de agora, Paris 2024 começou.</div><div><br /></div><div>Texto de Cedrick Willian<br />Foto: Kyodo News</div>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-92020970329389372012021-08-02T11:06:00.004-07:002021-08-02T11:06:56.064-07:00Jogos de Tóquio: segundo dia de finais por aparelhos<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPpZGlA-gOJCw-QGya4xi1TRB79ghJ8Mq3lStVVuSIWS6v7acqPIRYbfoh0jzG8V9bvY5dikCbMaqv1LkmdDI6p3s5mP0YvQoNhQiRrGM3Gg67DlUrsyqu03-piJwNKs6J6R6FvCIRDpc/s940/Ferrari+Simone+Ferraro+CONI.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="548" data-original-width="940" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPpZGlA-gOJCw-QGya4xi1TRB79ghJ8Mq3lStVVuSIWS6v7acqPIRYbfoh0jzG8V9bvY5dikCbMaqv1LkmdDI6p3s5mP0YvQoNhQiRrGM3Gg67DlUrsyqu03-piJwNKs6J6R6FvCIRDpc/s16000/Ferrari+Simone+Ferraro+CONI.jpg" /></a></div><br />Não deu Brasil no pódio hoje porém o orgulho permanece inalterado. Zanetti competiu nas argolas, Caio Souza competiu no salto e Rebeca competiu na final de solo, com séries que poderiam ter sido sim para medalhas, mas que não aconteceram dessa vez.<p></p><p>Zanetti abriu a final de argolas com um elemento novo: uma saída de triplo mortal grupado de valor G. O ginasta subiu sua nota em três décimos e era a chance correta para tentar um pódio na final. Apesar de ter tido cerca de 80% de acertos do elemento em treinos, na hora da série errou. É uma saída difícil mas que se tivesse sido executado com sucesso colocaria Zanetti no pódio.</p><p>Rebeca participou de uma final incrível, a final feminina mais bonita até agora. Com um passo largo infelizmente pisou fora do tablado novamente na primeira linha acrobática (tá sobrando já!) e teve mais ou outro passo largo no duplo carpado. Com uma nota de E de 8.233, poderia ter subido a execução para pelo menos de 8.533 não fossem esses erros. Os passos são passíveis de descontos entre 0.3 e 0.1 e a saída do tablado teve desconto neutro de 0.1, e isso prova que nesse aparelho ela estava competindo por mais um ouro.</p><p>Caio Souza acertou o primeiro salto - uma tripla pirueta de costas - com um passo largo, mas o grande problema foi o segundo salto, um dragulescu (duplo mortal de frente com meia volta) que acabou refugando. A entrada da reversão não foi tão boa, conseguindo pouca altura e, consequentemente, pouca segurança para realizar o elemento. Fez apenas um duplo de frente e teve uma queda.</p><p>Ainda temos Flávia na final de trave amanhã, com a participação "inesperada" de Simone Biles. Na verdade, talvez essa fosse a única final possível para Simone, por mais estranho que isso pareça para muitos. Assunto da live de hoje às 20h!</p><p><u>MASCULINO</u></p><p><b>Argolas</b></p><p>1. Liu Yang (CHN)<br />2. You Hao (CHN)<br />3. Eleftherios Petrounias (GRE)</p><p>Faltou cravar a saída para o Petrounias bater de frente e ficar com a prata nessa final. No mais, fez tudo que podia ser feito. You Hao ganhou sua medalha com base na alta dificuldade da série - estratégia que foi usada por Zanetti - e deu certo. Liu Yang fez uma série brilhante, mereceu mesmo o ouro nessa final. Onde as séries de argolas vão parar? Os ginastas já estão com a nota de partida quase iguais ao ciclo anterior! Fiquei com uma dúvida sobre a série de Yang: aquela balançada de cabeça pode ser vista como atitude antidesportiva? Ele fez aquilo no Nacional Chinês também. O ginasta mexe o pescoço durante o cristo, como se conseguisse se alongar durante o elemento de força. A provocação foi desnecessária e arrogante. Daqui a pouco cruzam as pernas, piscam o olho, mandam beijo...</p><p><b>Salto</b></p><p>1. Shin Jeahwan (KOR)<br />2. Denis Abliazin (ROC)<br />3. Artur Davtyan (ARM)</p><p>Pra ter noção do tanto que a final de salto é improvável, o russo Abliazin não fez nenhuma final de salto esse ciclo fora o Europeu 2019. Seu último resultado internacional foi nos Jogos de 2016, quando também conquistou a prata. Hoje empatou com o coreano Jeahwan, que conquista o segundo título olímpico da Coréia do Sul nesse aparelho. Surgiram alguns comentários colocando em dúvida se a tripla pirueta e meia do coreano valeu. Olhando rápido pareceu que não, mas com a câmera lenta da transmissão deu pra ver os pés e ombros bem direcionados pra frente, com os joelhos para o lado. Foram os joelhos que deram essa sensação de incompleto e justamente por isso ali poderia ter acontecido uma lesão séria! Davtyan foi a única previsão acertada do blog, que viu na "simplicidade" dos saltos do atleta uma maior chance de acertos.</p><p><i>Feito histórico</i>: essa é primeira medalha olímpica da Armênia na ginástica artística</p><p><u>FEMININO</u></p><p><b>Solo</b></p><p>1. Jade Carey (USA)<br />2. Vanessa Ferrari (ITA)<br />3. Mai Murakami (JPN) e Angelina Melnikova (ROC)</p><p>Essa foi a final feminina mais bonita nos aparelhos até o momento, restando apenas a trave amanhã. Todas as séries estavam muito artísticas e bem montadas. Era possível ver em todas as finalistas uma expressão artística muito forte, uma vontade de mesclar a coreografia com as acrobacias, exceto em uma: Jade Carey. Por mais que ela tenha melhorado (a coreografia que você viu hoje teve um GRANDE progresso), o resultado veio por conta da nota de dificuldade alta na série mais cravada da vida. Apesar de não ter o artístico tão forte, fez o que o código pediu, merecendo o ouro e se redimindo do erro de ontem. Vanessa Ferrari e Murakami fizeram história para seus países e finalmente tiveram uma recompensa e descanso olímpico. Murakami ficou fora dos Jogos de 2012, conseguiu uma final de solo em 2016 e só agora o resultado veio. Ferrari, com 30 anos, duas finais olímpicas de solo em 4º lugar e quatro edições dos Jogos Olímpicos depois, finalmente conseguiu sua medalha. It's "Time to say goodbye" e foi uma bela despedida.</p><p><i>Feitos históricos</i>: </p><p>- essa é a primeira medalha olímpica feminina individual do Japão e primeira medalha olímpica desde 1964, quando a equipe japonesa conseguiu o bronze por equipes nos Jogos de Tóquio 64;</p><p>- o mesmo aconteceu com a Itália, porém o tempo é maior: a última medalha olímpica do país foi a prata por equipes nos Jogos de Amsterdã em 1928.</p><p>Resultados completos aqui.<br /></p><p>Texto de Cedrick Willian<br />Foto: Simone Ferraro / CONI</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-80388927852525382042021-08-01T14:47:00.007-07:002021-08-01T19:40:07.184-07:00Jogos de Tóquio: primeiro dia de finais por aparelhos<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFL7nXMYWVGAsO_1Un5j37f_NIXcvT3zvMuwIuaHzkIyOIG5YGFXteVa5LMsXOhD2piOcq2y1ZdkoHuQgd68g1l19r3n6QdYC7fUdbk3cioEL_8rsGJoldBlbH2BkRF-7EivHOItR10yI/s1080/MAx+Whit.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFL7nXMYWVGAsO_1Un5j37f_NIXcvT3zvMuwIuaHzkIyOIG5YGFXteVa5LMsXOhD2piOcq2y1ZdkoHuQgd68g1l19r3n6QdYC7fUdbk3cioEL_8rsGJoldBlbH2BkRF-7EivHOItR10yI/s16000/MAx+Whit.jpg" /></a></div><br />No pódio com mais uma medalha - dessa vez de ouro -, Rebeca Andrade é campeã olímpica de salto sobre a mesa. Não dá para iniciar a análise das finais de outra maneira que não seja enaltecendo a ginasta e admirando os feitos históricos dela, tanto na ginástica como no esporte brasileiro.<p></p><p>Com a prata, Rebeca consagrou-se a primeira ginasta a conquistar uma medalha olímpica feminina para o Brasil. Hoje, com o ouro, ela se tornou a primeira ginasta a conquistar um ouro olímpico para o Brasil. Além disso, se tornou a primeira mulher a conquistar duas medalhas olímpicas em uma mesma edição dos Jogos. Não satisfeita com os feitos, por ter sido ouro e prata (até agora) fica em primeiro lugar no quesito de importância: além de ser a única mulher, ela é a melhor condecorada, ficando à frente do nadador César Cielo que foi ouro e bronze numa mesma edição dos Jogos. É a primeira da lista!</p><p>A ginástica é um dos esportes mais difíceis mas que, ao mesmo tempo, dá muitas oportunidades de medalhas para o país, mesmo com apenas um ginasta. Uma delegação de sete atletas brasileiros conquistou oito finais olímpicas. Quatro já foram disputadas e duas medalhas já foram conquistadas. Ainda faltam quatro finais e quatro oportunidades de pódio. Vamos torcer!</p><p><u>MASCULINO</u></p><p><b>Solo</b></p><p>1. Artem Dolgopyat (ISR)<br />2. Rayderley Zapata (ESP)<br />3. Xiao Ruoteng (CHN)</p><p>Depois de algumas medalhas mundiais, o favorito acabou levando o ouro, finalizando um ciclo de sucesso. Zapata era a única e maior chance de medalha da Espanha. Classificado individualmente, conseguiu um grande feito para si e para seu país, algo que pode ajudar a alavancar a Espanha em muitos aspectos e colocá-la de volta às finais com mais frequência. Ruoteng abraçou sua única chance nas finais por aparelhos, conseguindo uma série cravada enquanto os favoritos erraram. Entre eles Nikita Nagornyy (ROC), que quase teve uma queda no triplo carpado e ficou fora do pódio.<br /></p><p><i>Feitos históricos</i>: essa é a primeira medalha olímpica de Israel!</p><p><b>Cavalo com alças</b></p><p>1. Max Whitlock (GBR)<br />2. Le Chih Kai (TPE)<br />3. Kazuma Kaya (JPN)</p><p>Whitlock consagrou-se bicampeão olímpico de cavalo com alças. Grande feito! Muito respeito por esse ginasta, que tem uma série muito difícil e que ainda não tinha sido completamente cravada nos Jogos. Alguns já tinham desacreditado do ouro, mas a experiência do ginasta falou mais alto. O ginasta taipei veio também de uma série ruim executada na final individual geral, mas sua performance hoje foi brilhante, rendendo 8.7 de execução. Kaya volta ao pódio depois de um longo tempo fora, trazendo uma medalha das três únicas chances que o país tem nas finais.</p><p><i>Feitos históricos: </i><br /><br />- essa é a primeira vez que um ginasta é bicampeão olímpico de cavalo com alças desde 1980;<br /></p><p>- essa é a primeira medalha olímpica para a ginástica do Taipei.</p><p><u>FEMININO</u></p><p><b>Salto</b></p><p>1. Rebeca Andrade (BRA)<br />2. MyKayla Skinner (USA)<br />3. Yeo Seojeong (KOR)</p><p>Final emocionante para todas as ginastas no pódio. Skinner abriu fazendo o melhor que podia, garantindo sua medalha olímpica e terminando a carreira como sempre sonhou. Sua história de superação dá um livro! Rebeca dessa vez não fez os melhores saltos, dando espaço para Jade Carey (USA) conquistar o ouro, mas que acabou tendo um erro terrível refugando o salto. Seojeong foi brilhante em seu primeiro salto, que inclusive leva seu nome, tendo a maior nota da final (15.300) que lhe garantiu o bronze. Alexa Moreno (MEX) merece ser mencionada por ter feito os melhores saltos da vida!</p><p><i>Fatos históricos:</i></p><p>- primeiro ouro olímpico feminino do Brasil;</p><p>- primeira medalha olímpica feminina da Coréia do Sul;</p><p>- das oito finalistas, cinco são das Américas. Temos pernas fortes? Que sirva de inspiração para novas gerações.</p><p><b>Barras assimétricas</b></p><p>1. Nina Derwael (BEL)<br />2. Anastasiia Iliankova (ROC)<br />3. Sunisa Lee (USA)</p><p>Sunisa abriu a final de barras sem apresentar uma série que correspondesse ao duelo esperado com Nina. Não conseguiu as ligações e era provável que nem no pódio estivesse. Erros e mais erros das adversárias acabaram por deixá-la com o bronze. Com o status de bicampeã mundial Nina foi excelente em sua série e ficou com o esperado ouro, deixando Iliankova, que também teve erros, com a prata.</p><p><i>Fatos históricos:</i></p><p>- primeira medalha olímpica feminina da Bélgica;</p><p>- primeira medalha olímpica da Bélgica desde 1920.</p><p>Os feitos de cada país geram um efeito cascata na valorização do nosso esporte. No Brasil são mais verbas direcionadas dentro do COB para a ginástica; maior visibilidade para os atletas e o esporte na mídia; maior procura nas academias particulares; maior procura nas prefeituras; mais descoberta de talentos; mais patrocínios para a CBG e mais respeito pelos nossos atletas no cenário internacional, isso inclui a arbitragem e a própria FIG. Com esse pensamento, segue a nossa torcida para os demais brasileiros que ainda competem em Tóquio: Caio Souza no salto, Rebeca no solo, Arthur Zanetti nas argolas e Flávia Saraiva na trave.</p><p>Resultados completos <a href="https://live.gymnastics.sport/">aqui</a>.</p><p>Texto de Cedrick Willian<br />Foto: British Gymnastics</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-25968035271786428462021-07-31T16:21:00.005-07:002021-07-31T16:26:31.468-07:00Jogos de Tóquio: previsão das finais por aparelhos<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDm4JJaQsVaC81xTxtixyCxva2R_O8S0u9W52Ghb1RHum2INEmZoA1YKkCexHdJw2lvIitbyoGgiih0njW4cCk8OA41jc4BG-RsmBdvwYllgrkMLMGXb5D4FmYgKA0qPsB5ylswgesCtg/s1000/Nina.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="625" data-original-width="1000" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDm4JJaQsVaC81xTxtixyCxva2R_O8S0u9W52Ghb1RHum2INEmZoA1YKkCexHdJw2lvIitbyoGgiih0njW4cCk8OA41jc4BG-RsmBdvwYllgrkMLMGXb5D4FmYgKA0qPsB5ylswgesCtg/s16000/Nina.jpg" /></a></div>A previsão anterior foi feita antes dos Jogos. Alguns potenciais atletas que estariam no pódio nem se classificaram. Essa é uma nova previsão dos medalhistas com base nos ginastas que vão competir as finais.<p></p><p><u>MASCULINO</u></p><p><b>Solo</b></p><p>1. Artem Dolgopyat (ISR)<br />2. Nikita Nagornyy (RUS)<br />3. Milad Karimi (KAZ)</p><p>Na previsão original Sun Wei (CHN) vinha em terceiro, mas nem se classificou. Acredito no ouro para o israelense porque tem série mais segura do que Nagornyy. Karimi deu um show no solo na final individual geral.</p><p><b>Cavalo com alças</b><br /></p><p>1. Max Whitlock (GBR)<br />2. Lee Chih Kai (TPE)<br />3. Rhyan Mc Clenaghan (IRL)</p><p>Ainda acredito no ouro pra Whitlock, mesmo que as notas não estejam saindo. Não acho que ele ainda tenha acertado a sua melhor forma.</p><p><b>Argolas</b></p><p>1. Eleftherios Petrounias (GRE)<br />2. Liu Yang (CHN)<br />3. Arthur Zanetti (BRA)</p><p>Essa previsão tem meu coração. É difícil pra Zanetti conquistar o ouro nessa final, mas o bronze está em aberto e queremos Zanetti com uma medalha de cada cor sim.</p><p><b>Salto</b></p><p>1. Artur Davtyan (ARM)<br />2. Nikita Nagornyy (RUS)<br />3. Caio Souza (BRA)</p><p>Previsão do coração, torcendo por uma medalha para o Caio. Davtyan tem saltos menos arriscados e muito limpos, enquanto Nagornyy tem boa constância de acertos.</p><p><b>Paralela</b></p><p>1. Zhou Jingyuan (CHN) / 2. Ferhat Arican (TUR) / 3. You Hao (CHN). A mesma previsão de antes das classificatórias, mas Lukas Dauser (GER) pode surpreender.</p><p><b>Barra fixa</b></p><p>1. Daiki Hashimoto (JPN)<br />2. Tin Srbic (CRO)<br />3. Milad Karimi (KAZ)</p><p>Hashimoto é realmente o melhor da final, substitui Uchimura até nisso. Srbic vai ganhar a prata na execução e Karimi alinha D e E com muita habilidade.</p><p><u>FEMININO</u></p><p><b>Salto</b></p><p>1. Rebeca Andrade (BRA)<br />2. Jade Carey (USA)<br />3. MyKayla Skinner (USA)</p><p>Esse é o pódio dos sonhos, tanto por Rebeca como por Skinner. E muito provável de acontecer.</p><p><b>Barras assimétricas</b></p><p>1. Nina Derwael (BEL)<br />2. Sunisa Lee (USA)<br />3. Angelina Melnikova (RUS)</p><p>Nina “venceu” a barra em Tóquio já duas vezes e Sunisa tem uma série de risco. Melnikova é muito constante e pode ganhar por sua limpeza.</p><p><b>Solo</b></p><p>1. Rebeca Andrade (BRA)<br />2. Vanessa Ferrari (ITA)<br />3. Jade Carey (USA)</p><p>Com a série de 5.9 toda validada, Rebeca já teria se classificado em primeiro. Ela é a ginasta mais limpa dessa final, basta acertar sem grandes erros. Jade ganha na nota D e Vanessa na inteligência da montagem da série.</p><p><b>Trave</b></p><p>1. Guan Chenchen (CHN)<br />2. Sunisa Lee (USA)<br />3. Flávia Saraiva (BRA)</p><p>Outra previsão do coração. Não importa quem esteja no pódio contando que a Flávia esteja.</p><p>Agora com os pés no chão: Rebeca realmente tem chances de ouro nas duas finais que vai participar, basta acertar sem erros e esperar a performance das adversárias, que são iguais ou inferiores a ela. Zanetti, Caio e Flávia também tem chances de pódio, assim como todos os outros finalistas, mas não tem espaço para erros mesmo que pequenos. Precisam cravar as séries da melhor forma possível e aguardar a performance dos favoritos.</p><p>Texto de Cedrick Willian<br />Foto: FIG</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-7090307742900925882021-07-29T08:47:00.007-07:002021-07-29T08:48:38.621-07:00Jogos de Tóquio: final individual geral e Rebeca medalhista olímpica<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj79oAfGdgsbnPqvvC6wJQL7A1hWGgWzmknQvanB27zsN9AXwYREDr_Wjk_Tzpm4FisujLA0A3I2Gs_GsaiWYdEoDcMLShMoskwSnkPv_E-OLhXECANG_9DuffgRz0E9SpbgdGnmSSz5sc/s1280/Rebeca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="853" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj79oAfGdgsbnPqvvC6wJQL7A1hWGgWzmknQvanB27zsN9AXwYREDr_Wjk_Tzpm4FisujLA0A3I2Gs_GsaiWYdEoDcMLShMoskwSnkPv_E-OLhXECANG_9DuffgRz0E9SpbgdGnmSSz5sc/s16000/Rebeca.jpg" /></a></div><br />Foi para esse momento que os fãs de ginástica viveram. A
vontade de sentir esse frio na barriga demorou muito tempo, e o tempo não é sobre os
últimos Jogos Olímpicos ou a última final que o Brasil participou: é sobre a
Rebeca inteiramente saudável numa final! O sentimento de hoje é o todos queriam
sentir com ela no Mundial de 2015, nos Jogos de 2016, no Mundial de 2017, 2018 e 2019. Uma
ginasta tão talentosa como a Rebeca só não deu esse frio na barriga antes por
conta das lesões.<p></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">As medalhas anteriores não vieram, mas o que o futuro
preparava era ainda mais brilhante: uma medalha olímpica! Estamos orgulhosos
porque finalmente um resultado físico e simbólico, representado numa medalha,
finalmente chegou para traduzir e mostrar para o Brasil e o mundo inteiro o
potencial e talento que ela tem. É consenso entre a maioria que em uma Rebeca
saudável continha as maiores chances do Brasil em conquistar medalhas durante o
ciclo que finaliza. Os resultados que ela tinha, até agora, são muito pequenos
perto de tamanha grandiosidade.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Com melhor cheng no salto, barra com ligação completa para a nota D de 6.3, trave segura e solo ao som de
baile de favela, Rebeca não perdeu o ouro: ela conquistou a prata! Fez uma competição
incrível, muito fria e tranquila, onde cada ponto contou para que ela pudesse
chegar no solo com condições de ser medalhista mesmo com duas penalidades. O orgulho não cabe no peito para um feito histórico e incrível!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Emoção à parte, vamos falar sobre técnicas: nota E de 7.966 para uma série de trave cravada como Rebeca fez? Uma série muito superior do que a que foi executada na
classificatória e uma nota bem mais baixa. Você pode dizer que a banca mudou da
classificatória para a final. Sim, realmente mudou, mas o código é o mesmo. O
Comitê Técnico Internacional da Ginástica Feminina precisa reavaliar o código de pontuação para
o próximo ciclo porque, de verdade, essas notas estão beirando o ridículo. Não dá
para entender para onde querem levar as séries de trave. A nota E de barras também foi duvidosa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Dito isto, estamos todos muitos feliz com essa conquista.
Rebeca era <b>A</b> ginasta da final e sorte das concorrentes que ela tenha pisado
fora do tablado. A disputa dessa final era entre ela e ela mesma, e nessa disputa a medalha veio.
O efeito cascata que vem junto disso só faz bem para a nossa ginástica: o COB
direciona investimentos internos para ginástica; a CBG atrai mais
patrocinadores; a mídia entrega mais espaço em reportagens e campeonatos; o
esporte é amplamente divulgado; a procura das crianças aumenta e isso gera recursos
para os clubes e uma maior captação de talentos. Essa medalha significa MUITO!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Feliz pela Sunisa Lee, que também tem uma história bonita e
foi coroada campeã olímpica. Dava para sentir que ela também carregava o peso
da bandeira americana: desde 2004 todas as campeãs olímpicas são americanas. O
ouro all-around e por equipes já estava garantido com Simone Biles, que agora
não está competindo. O ouro por equipes já estava perdido. E o ouro all-around, como
ia ficar? Ela conseguiu e está de parabéns. Ainda acertou a série de barra mais uma vez, fazendo
ótima campanha para a final desse aparelho.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Angelina Melnikova provou que a maturidade e experiência
podem ser mais importantes que o talento. Essa russa é uma máquina, de verdade.
É impressionante que ela esteja tão inteira em mais um ciclo olímpico, assumindo
suas responsabilidades ao invés de deixar na mão das talentosíssimas Viktoria
Listunova e Vladislava Urazova, que devem ajudar a Rússia a fazer um ciclo de
sucesso. Força pra Melnikova, esperamos que ela continue forte até Paris 2024.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Resultados completos <a href="https://live.gymnastics.sport/live/Tokyo2020/womensfinal.php?app=aa">aqui.</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Texto de Cedrick Willian<br />
Foto: Gaspar de Nóbrega / COB</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-58837381465759804662021-07-28T07:19:00.004-07:002021-07-28T07:23:44.274-07:00Jogos de Tóquio: final individual geral masculina<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkGSvLOuE0I5pdI8_73WO8Eydy5VYLVG0ResSAdlLZPk8r8VbwMrALvjfwXwbK9XmNcrWpUgp3wnvzCiT0NX2kiu1STjKVc-VMgNYW_NbqnCXLc16ycxI1VrCEaFU5MNWFNdzrh_UklOY/s600/Daiki.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkGSvLOuE0I5pdI8_73WO8Eydy5VYLVG0ResSAdlLZPk8r8VbwMrALvjfwXwbK9XmNcrWpUgp3wnvzCiT0NX2kiu1STjKVc-VMgNYW_NbqnCXLc16ycxI1VrCEaFU5MNWFNdzrh_UklOY/s16000/Daiki.jpg" /></a></div><br />Mais uma final masculina muito disputada. É sempre impressionante o alto nível técnico das finais masculinas, especialmente nos Jogos Olímpicos. Quando a competição vai se aproximando, vamos acompanhando os nacionais e demais competições e as impressões são sempre as mesmas: quem vai vencer os Jogos?<p></p><p>Isso aconteceu esse ano, especialmente com China, Rússia e Japão. Analisando o que as equipes apresentaram esse ano, a China se mostrou superior como equipe apesar de não ter levado o ouro. Japão e China mostraram uma renovação surpreendente: China com Zhang Boheng, que infelizmente não foi selecionado para os Jogos, e Japão com Daiki Hashimoto, que acaba de ser campeão olímpico no individual geral com apenas 19 anos em sua primeira participação.</p><p>Daiki Hashimoto apresentou um solo limpíssimo. Cavalo com alças muito dinâmico e com elementos originais, sem usar força na saída e muito bom de assistir (15.166). Tem nas argolas o seu ponto fraco e que precisaria evoluir para finais mais tranquilas. Apesar disso, compensa muito bem a nota baixa no salto, paralela e barra fixa. Nesse último pode ser campeão olímpico no lugar de Kohei Uchimura, repetindo uma história que vimos durante muitos anos.</p><p>Mesmo que a aposta do blog estava em Sun Wei (CHN), quem levou a prata foi seu compatriota Xiao Ruoteng. Ambos tiveram uma briga forte no all-around nos nacionais, com Ruoteng mais constante em acertos. Wei competiu com o punho lesionado e mesmo assim conseguiu um brilhante quarto lugar. A prata de Ruoteng veio com performances muito sólidas; não fosse a penalidade de 0.3 na barra fixa teria colado em Hashimoto e dado uma distância maior de Nagornyy. Nagornyy e Ruoteng sem enfrentam novamente na final de solo, única final restante para o chinês.</p><p>O russo Nikita Nagornyy perdeu o ouro no início da competição, quando saiu fora do solo duas vezes com uma série abaixo do esperado. Nesse momento já era uma dúvida sobre como sua nota iria prosseguir até o momento antes da barra fixa, já que os 14.800+ nesse aparelho é um dos pontos fortes do seu all-around. A verdade é que Nikita lutou e muito para estar no pódio: a ansiedade pela nota final na barra fixa era realmente para saber se terminaria com a prata, porque Hashimoto, só de acertar a barra fixa, teria o ouro garantido.</p><p>Diogo Soares também teve uma ótima estreia, com uma dupla no salto muito limpa, com altura suficiente para evoluir para uma dupla e meia. Ainda tem séries simples na paralela, mas a execução dá gosto de ver. Esse é um aparelho para crescer e evoluir seu all-around; a mesma coisa acontece na barra fixa, onde passou uma série toda cravada. Repetiu uma série brilhante no solo, onde já poderia apresentar uma série mais difícil dada a facilidade com que finaliza suas acrobacias. Uma nota D mais alta com essa execução e o Brasil volta às finais mundiais de solo masculino. Infelizmente Diogo não tem as melhores condições de treino em sua cidade, mas esperamos que a participação olímpica e visibilidade traga investimentos em Piracicaba (SP). No cavalo com alças é onde tem a série mais simples e competiu com erros na saída, não deixando de ser impressionante a tranquilidade com que ele compete esse aparelho. Finalizou na argolas, mantendo a limpeza e cravando o duplo com dupla de saída. Com 81.198 conquistou a 20ª colocação, nos dando a esperança de que no futuro teremos outro all-arounder top 10 por aqui. </p><p>Caio Souza começou nas argolas muito forte, dando a impressão que pode até desenvolver como especialista nesse aparelho. Pisou fora da linha no salto por conta de um desvio de direção, uma penalidade de 0.3 para ser corrigida para a final desse aparelho. Fez uma boa paralela, que contém largadas com boa altura e muita segurança em uma série difícil. Acabou errando novamente o adler com pirueta na barra - mesmo erro da classificatória - e perdeu o ritmo da série, ocasionando uma nota baixa. Uma queda no solo e outra chegada ruim acabou diminuindo as posições de Caio, que finalizou com outra queda no cavalo com alças. Finalizou em 17º com 81.532, nota que poderia ter passado dos 84.300 somando os erros e penalidades óbvios de sua competição. Caio vem melhorando muito e está de parabéns, participando de uma final que é, segundo o consenso da maioria, a mais difícil da ginástica artística.</p><p>Outros destaques: Sam Mikulak (USA) participando de sua terceira edição olímpica; Artur Dalaloyan (RUS) competindo fora dos seus 100% e terminando em 6º; o taipei Tang Chia-Hung surpreendendo a todos com séries belíssimas (nota E mais baixa foi de 8.600 nas argolas) e finalizando em 7º; Milad Karimi (KAZ) liderando o solo com 15.066 e mostrando que vem forte para a final desse aparelho.</p><p>Previsão GBB - 1. Nagornyy / 2. Daiki Hashimoto / 3. Sun Wei. <i>Na trave.</i></p><p>Resultados completos clicando <a href="https://live.gymnastics.sport/live/Tokyo2020/mensfinal.php?app=aa">aqui</a>.</p><p>Texto de Cedrick Willian<br />Foto: Thomas Schreyer</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-53161113877336268932021-07-27T16:56:00.004-07:002021-07-27T17:01:57.053-07:00Jogos de Tóquio: final por equipes feminina. O que aconteceu com Simone Biles?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqHezXP6lhokR84tTuBqa4QXwCIFxQwvlx84UGbkoSrK28DMaBuyWpeF-uuWeq5BoCtzvXuZFP-RJJOq0sN3Gk_AFPMaWjLBDZcCmdLbR95NtdlntwqHVDe69iMS_RIqIxrlmkC4r3noY/s600/RUS+WAG.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqHezXP6lhokR84tTuBqa4QXwCIFxQwvlx84UGbkoSrK28DMaBuyWpeF-uuWeq5BoCtzvXuZFP-RJJOq0sN3Gk_AFPMaWjLBDZcCmdLbR95NtdlntwqHVDe69iMS_RIqIxrlmkC4r3noY/s16000/RUS+WAG.jpg" /></a></div><br />A final por equipes masculina foi emocionante. A feminina não é possível definir. A cabeça ficou o tempo todo na Simone Biles, perdida no salto. Independente de qual seria a cor da medalha americana, a pergunta que pairava era: o que aconteceu com Simone Biles?<div><br /></div><div>Simone sucumbiu à pressão. Nas declarações de hoje, disse que "não podia prosseguir na final, porque sua lesão era na mente". Disse ainda que "não poderia competir duvidando de si mesma, correndo risco de se lesionar". Em outras palavras, estava fazendo mais ginástica para superar as expectativas das pessoas do que ela mesma.</div><div><br /></div><div>Tenho uma opinião a respeito do que aconteceu, que pode ser controversa. Fora toda a pressão da mídia, do país, fãs e quadro de medalhas, Biles sentiu o que toda ginasta normal sente quando treina no seu limite. Até 2016, a ginástica que Biles fazia não pressionava ela de forma alguma. Hoje ela está no limite do seu potencial, e no limite do seu potencial ela não é imbatível.</div><div><br /></div><div>Séries com duplo esticado, duplo com dupla, saída de tsukahara da barra e outras coisas "simples", ela sempre fez sem pressão alguma. Se ela tivesse com as mesmas séries "fracas" de 2016, tenho certeza que não teria acontecido nada disso. Porém, ela não é aquela garota mais, a das séries simples. Ela quis conhecer o limite do seu potencial e fez um ciclo insano para a ginástica artística feminina, homologando elementos que não serão executados, com ou sem a qualidade dela, durante muitos anos.</div><div><br /></div><div>Por isso que o que ela sentiu hoje é o que toda ginasta normal sente. Ginastas normais não conseguem competir com séries simples e serem campeãs olímpicas: elas precisam chegar no 100% para conseguir o que Biles consegue com 60%. No 100% existe pressão e medo de errar, e isso é novidade pra ela.</div><div><br /></div><div>O desejo é que ela se recupere, que simplifique as séries se necessário, mas que organize tudo o que precisar e volte para o pódio de Tóquio com o sorriso brilhante que tem. Não por ninguém, mas por ela mesmo. Se ela conseguiu fazer isso em 2016, competir e ser campeã passando por toda aquela tragédia americana, ela sem dúvidas consegue fazer isso agora. Simone, acreditamos em você!</div><div><br /></div><div>Passando a responsabilidade para sua equipe, ginastas que nem iam se apresentar acabaram entrando de última hora. E foi lindo de se ver a responsabilidade assumida por cada uma. Sunisa Lee cravando a barra com todas as ligações nessa situação de estresse foi inacreditável. A trave acertada com ligações tão difíceis também foi demais. A equipe americana não perdeu o ouro e sim conquistou a prata!</div><div><br /></div><div>A beleza da ginástica russa não pode ser ignorada. Depois do salto, fizeram uma barra impressionante, cravando todas as séries. Apesar de belas, na trave tiveram quedas e provavelmente notas infladas. Quedas em sequências de flic + layout! Como assim? Foi difícil acreditar que, mais uma vez, em mais uma chance incrível, iriam deixar o fracasso tomar conta. O sentimento foi quase de indignação: quando é que as russas vão aprender a serem boas em segurar suas chances? Felizmente no final, com solos muito bonitos e cravados, o sufoco acabou e finalizaram em primeiro. Destaque para Viktoria Listunova, que infelizmente não está na final individual geral, onde teria a chance de repetir a competição incrível que fez hoje. Com 14.700 no salto passaria dos 58 pontos no individual geral.</div><div><br /></div><div>As britânicas merecem os parabéns pelo grande feito conquistado hoje, medalha de bronze histórica, mas espero que o Comitê Técnico Britânico saiba reconhecer que o sucesso veio do esforço dessas meninas e não da escolha super inteligente que eles pensam que fizeram. Com certeza final é final, porém todas as equipes que estavam competindo hoje corriam atrás dos zilhões de erros e quedas que infelizmente a China teve.</div><div><br /></div><div>A equipe chinesa tinha um potencial muito superior em comparação aos Jogos do Rio e, ao invés de se redimirem, fizeram uma competição ainda pior. Uma pena! Essa final era impensável sem a China no pódio em segundo ou terceiro lugar. Na verdade o terceiro lugar era o cenário ruim! Fica a dúvida de como as ginastas vão se comportar nas finais individuais. Espero que o psicológico não fique abalado e que elas compitam melhores!</div><div><br /></div><div>Destaques da final: Melanie de Jesus do Santos (FRA) fazendo um all-around excelente e elevando o nível da equipe france; Sunisa Lee (USA) e Nina Derwael (BEL) cravando suas séries de assimétricas e empatando com 15.400 (numa final Nina ficaria à frente por conta da execução); Vanessa Ferrari (ITA), Mai Murakami (JPN), Jessica Gadirova (GBR), Viktoria Listunova (RUS) e Angelina Melnikova (RUS), todas finalistas de solo e repetindo performances muito interessantes.</div><div><br /></div><div>Resultados completos <a href="https://live.gymnastics.sport/live/Tokyo2020/womensfinal.php?app=tm">aqui</a>.<br /><br />Texto de Cedrick Willian<br />Foto: Thomas Schreyer</div>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-10089149231122102672021-07-26T11:22:00.005-07:002021-07-26T11:32:55.717-07:00Jogos de Tóquio: final por equipes masculina<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9GoFnNmDNZb2cqYvpfWLR8bgs5GidxwCEtujpOThvjZFLxzbOE5R38NZdCbj0xR4Go7hjmMc1NU1Yvdak-5HxbkXVGDAelhBWbvIXIAXW5VSI2GqVCB9XrNMZXy-sMsPSq4ztGlzMcNI/s1200/Russia+Team.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9GoFnNmDNZb2cqYvpfWLR8bgs5GidxwCEtujpOThvjZFLxzbOE5R38NZdCbj0xR4Go7hjmMc1NU1Yvdak-5HxbkXVGDAelhBWbvIXIAXW5VSI2GqVCB9XrNMZXy-sMsPSq4ztGlzMcNI/s16000/Russia+Team.jpg" /></a></div><p>O blog pode ter errado a previsão do pódio dessa final por
equipes, mas não errou dizendo que essa seria uma das melhores finais dos Jogos Olímpicos. Não deu
outra: o pódio foi definido apenas com os últimos ginastas nos últimos
aparelhos, numa final belíssima e emocionante.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Analisando friamente, fora os erros de Lin Chaopan no solo –
que chegou a pontuar 14.933 nas classificatórias do Mundial de Stuttgart - , a
equipe Chinesa definiu seu pódio na paralela, um aparelho antes da barra fixa
que era o último. As atuações dos chineses, que são sempre espetaculares nesse aparelho,
deixaram um pouco a desejar se comparado com as atuações deles mesmos. Foram
pequenos errinhos que foram somando e deixaram a nota de Zhou Jingyuan, por
exemplo, na casa dos 15.500. Só de ter pontuado como nas classificatórias,
acima dos 16 pontos, já dava o ouro para a equipe. Depois da paralela não tinha
muito o que fazer na barra fixa, o aparelho mais fraco deles. A China não levou
o ouro, mas era uma equipe superior sim ao Japão e Rússia.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A equipe japonesa lutou com tudo o que tinha e pouquíssimas
coisas poderiam ter sido melhores ou diferentes. Talvez o que o Japão realmente
precisa é de um investimento maior nas argolas, com séries que somem acima dos
14.500. Tem muito tempo, inclusive, que o Japão não consegue uma final olímpica
ou mundial nesse aparelho. Desde 2016 é certeza que não estiveram em nenhuma
final, faltando um grande nome para levantar a equipe. Daiki Hashimoto não competiu
na paralela, mas poderia ter feito um geral hoje que passaria novamente dos 88
pontos.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Rússia voltou ao pódio olímpico de forma merecida e com
uma história incrível. Ninguém acreditou que, 3 meses depois de ter rompido o
tendão de aquiles, Dalaloyan estaria em Tóquio, somando essencialmente para a
equipe, finalista individual geral e por aparelho. A presença dele foi imprescindível
para o que aconteceu hoje. A alegria foi dividida com dois veteranos que estão
segurando as pontas para a Rússia desde 2010 e construíram o caminho que
chegaram hoje: David Belyavskiy e Denis Abliazin.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nikita Nagornny foi espetacular e somou 88,333 no individual
geral. Último ginasta a competir na final, quase não deu para acreditar que ele
mudou a série de solo de última hora, tirando o triplo carpado que leva seu
nome e optando por uma série mais simples com foco em execução. Conquistou
14,666 quando a equipe precisava de 14,533 para o ouro. Foi emocionante!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Grã-Bretanha e Estados Unidos repetem o 4º e 5º lugares
olímpicos já conquistados nos Jogos do Rio. As equipes masculinas sem encontram
mais ou menos no mesmo patamar hoje: a maioria corre para alcançar os EUA e GBR
enquanto EUA e GBR correm para alcançar o top 3. Talvez o trabalho mais difícil
seja dessa das equipes. Para integrar o top 3 é necessário, no mínimo, média
14,500 em cada um dos 6 aparelhos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Curiosidade olímpica: o somatório das notas que os turcos fizeram
nas classificatórias deu um total de 214.921, já que não tiveram uma terceira nota
no solo, salto e barra fixa. Precisariam de uma média 10.857 para entrar na
final por equipes à frente da Ucrânia e média 13.613 para ficar à frente da Grã-Bretanha
em 4º lugar na final por equipes. Parece que temos uma equipe em ascensão e que
não vai ficar fora das próximas finais mundiais e olímpicas. O problema é que para
eles entrarem alguém vai ter que sair.<br /><br />Previsão GBB - 1. Japão / 2. China / 3. Rússia. Inverte as ordens que está tudo certo!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Confira os resultados completos clicando <a href="https://live.gymnastics.sport/live/Tokyo2020/mensfinal.php?app=tm">aqui</a>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Texto de Cedrick Willian<br />
Foto: Thomas Schreyer<o:p></o:p></p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-77185218218705939362021-07-25T18:33:00.004-07:002021-07-25T18:35:43.111-07:00Jogos de Tóquio: classificatórias femininas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCIkWmetDHWBgQ7ZoT_Y5l3PkZrMTe0vHDat6TDDA3WEpaYGcPv1lIPK97uKnW0czRE76QZzy5nk54pn37M3t07nzy9jz-M8GXly6hZ1qG5fq8-bC7D0BR77yuBreWUUjC35sEMronBJU/s689/Sy.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="459" data-original-width="689" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCIkWmetDHWBgQ7ZoT_Y5l3PkZrMTe0vHDat6TDDA3WEpaYGcPv1lIPK97uKnW0czRE76QZzy5nk54pn37M3t07nzy9jz-M8GXly6hZ1qG5fq8-bC7D0BR77yuBreWUUjC35sEMronBJU/s16000/Sy.png" /></a></div><br /><div>Simone Biles mais uma vez brilha nos tablados e, mesmo com erros na competição, se classificou para todas as finais olímpicas em Tóquio. Ela não é só a melhor ginasta de todos os tempos: Biles passou do status de melhor ginasta para uma das melhores atletas do mundo e escreve em Tóquio mais uma página da sua grande história.</div><div><br /></div>Mesmo sem equipe uma completa, as classificatórias olímpicas foram históricas para o Brasil. Rebeca Andrade, acompanhada de Flávia Saraiva, foi excelente e surpreendeu o mundo, que talvez não sabia de todo o potencial da nossa ginasta. Esse é o momento que os fãs brasileiros de ginástica esperavam! Confira abaixo como foram as classificatórias femininas em Tóquio.<div><br /><b>Equipes</b><div><br /></div><div>1 - Rússia - 171.629</div><div>2 - Estados Unidos - 170.562<br />3 - China - 166.863</div><div><br /></div><div>Depois de muito tempo, pela primeira vez a Rússia passa a frente dos Estados Unidos. Claro que Simone Biles teve erros, porém a nova geração russa tem muita competência. Na escolha da equipe olímpica dos Estados Unidos, Jade Carey foi pressionada para fazer rápido sua escolha sobre a vaga individual e acabou ficando fora da equipe. O diretor Tom Forster disse que faria a escolha olímpica com base no melhor somatório, que continha MyKayla Skinner, mas acabou deixando ela de fora, afirmando que "alguns décimos não fariam diferença na conquista da equipe". Agora observe: uma equipe com Biles, Sunisa Lee, Skinner e Carey teria somado 172.262. Fica a lição: alguns décimos FAZEM diferença!</div><div><br /></div><div>Os dirigentes britânicos deixaram Becky Downie fora de Tóquio porque a equipe era forte e podia concorrer ao bronze. As britânicas somaram 163.396 para um 6º lugar e a maior nota de barra foi 13.833. Com os 15.000 que tirou no Mundial de Stuttgart, Becky seria a terceira classificada da final em Tóquio e a equipe provavelmente estaria na final com as mesmas chances de da mesma forma.</div><div><br /></div><div>Previsão GBB - 1. Estados Unidos / 2. China / 3. Rússia. Continuo acreditando na China, mesmo que não tiveram um bom dia.</div><div><br /></div><div><b>Individual geral</b></div><div><br /></div><div>1 - Simone Biles (USA) - 57.731<br />2 - Rebeca Andrade (BRA) - 57.399<br />3 - Sunisa Lee (USA) - 57.166</div><div><br /></div><div>Chegou o dia de escrever sobre isso por aqui. É consenso mundial entre os especialistas em ginástica: não fossem as lesões, Rebeca teria sido a ginasta a "dar trabalho" pra Simone em diversas ocasiões desde 2015. O momento chegou na hora mais importante que é os Jogos Olímpicos. A ginasta hoje teria se classificado em primeiro se não tivesse perdido as ligações nas assimétricas. A final será um duelo incrível, já que tanto Biles como Rebeca podem crescer nas séries e notas.</div><div><br /></div><div>Para completar as top 6 que rodam juntas, temos Angelina Melnikova (RUS), Vladislava Uravova (RUS) e Nina Derwal (BEL). Ao passo que Rebeca e Simone podem melhorar, as outras quatro fizeram uma competição excelente e não apresentam espaço para grande melhora das notas.</div><div><br /></div><div>Previsão GBB - 1. Simone / 2. Rebeca / 3. Viktoria Listunova (RUS). Infelizmente Listunova não se classificou pra final, ficando um décimo atrás da sua compatriota Urazova.</div><div><br /></div><div><b>Salto</b></div><div><br /></div><div>1 - Simone Biles (USA)<br />2 - Jade Carey (USA)<br />3 - Rebeca Andrade (BRA)</div><div><br /></div><div>Simone tinha planejado homologar o duplo carpado nas classificatórias ou na final por equipes. Não fez nas classificatórias e não sabemos se vai fazer na final por equipes. Entretanto, pode ser que seja necessário um salto mais difícil na final, caso queira garantir o ouro. Tanto Jade Carey como Rebeca Andrade estão muito próximas do ouro caso um erro grave aconteça. O momento foi triste para MyKayla Skinner, que tinha no salto sua maior chance de final e medalhas mas acabou fora das finais. Sem desmerecer as outras finalistas, dificilmente o pódio terá outras ginastas que não sejam as três melhores classificadas.</div><div><br /></div><div>Apesar de ter sido um momento incrível para o Brasil, o parte mais marcante da final foi a despedida de Oksana Chusotivina, e esse momento merecia um ginásio cheio. A ginasta se aposentou em sua oitava participação nos Jogos Olímpicos, com 46 anos e com o público aplaudindo de pé. Oksana é uma inspiração para as novas gerações, provando que a ginástica pode agregar ginastas com mais longevidade. Porém, para isso acontecer, é necessário entender as particularidades de cada atleta e a adaptação do treino de cada um. Não podemos perder atletas por não entender que eles envelhecem e que a metodologia de treino precisa ser avaliada e adaptada de acordo com a idade. Em outras palavras, não dá pra exigir que uma Oksana Chusotivina treine como uma Viktoria Listunova. O resultado disso é lesão e afastamento do esporte, enquanto esse atleta poderia estar rendendo muito mais.</div><div><br /></div><div>Previsão GBB - 1. Simone / 2. Skinner / 3. Rebeca. Meu coração pede um ouro pra Rebeca enquanto Skinner nem se classificou pra final.</div><div><br /></div><div><b>Barras assimétricas</b></div><div><br /></div><div>1. Nina Derwael (BEL) - 15.366</div><div>2. Sunisa Lee (USA) - 15.200<br />3. Anastasiia Iliankova (RUS) - 14.966</div><div><br /></div><div>Essa final vai ser na verdade um duelo pelo ouro. Sunisa tem a maior nota D da atualidade mas que depende da ligação que perdeu na classificatória. Nina tem um décimo de D a menos mas mantém uma linha de execução mais bonita. Difícil ter uma favorita aqui.<br /><br />A atuação de Iliankova foi inesperada e merecida. Ninguém imaginou que Valentina Rodionenko a escolhesse para ser a 6ª ginasta da Rússia, muito menos que daria trabalho para Fan Yilin (CHN) e a própria Angelina Melnikova (RUS). Rebeca poderia ser outra inesperada nessa final caso houvesse acertado suas ligações.</div><div><br /></div><div>Previsão GBB - 1. Nina / 2. Yilin / 3. Lee. Será?</div><div><br /></div><div><b>Trave</b></div><div><br /></div><div>1. Guan Chenchen (CHN) - 14.933</div><div>2. Tan Xijing (CHN) - 14.333</div><div>3. Sunisa Lee (USA) - 14.200</div><div><br /></div><div>As notas que as chinesas tiraram nos nacionais foram infladas ou os juízes de trave estavam muito rígidos? Parece que esse aparelho em momento algum se encaixou com total clareza no entendimento de quem assiste. Guan Chenchen veio como especialista e assim como Iliankova honrou sua presença. O problema das chinesas nessa final é justamente esse modo rígido de julgar: podem tirar entre 13.500 e 15.000 pontos. Final de trave é de quem erra menos e a pressão do último dia de finais pode ser grande. Esperamos que Flávia se recupere e faça uma boa competição, melhorando o resultado que conquistou nos Jogos do Rio em 2016.</div><div><br /></div><div>Previsão GBB - 1. Simone 2. Ou Yushan (CHN) / 3. Sunisa. Yushan ficou fora da final e Simone passou uma excelente série e por conta de uma saída trágica quase não se classifica. Gostaria de errar a previsão e ver a Flávia no pódio.</div><div><br /></div><div><b>Solo</b></div><div><br /></div><div>1. Vanessa Ferrari (ITA) - 14.166<br />2. Simone Biles (USA) - 14.133<br />3. Jade Carey (USA) - 14.100</div><div><br /></div><div>Com muitos erros, Biles se classificou em segundo. Como já foi dito por aqui, Vanessa está com uma série muito inteligente, que explora os saltos de dança que ela faz com facilidade. Será suficiente para uma medalha dessa vez? Ao contrário de Vanessa, Jade Carey não teve seus saltos validados; mesmo assim alcançou nota acima de 14 e ainda não homologou seu elemento novo. As outras finalistas são muito boas (Rebeca incluída) e essa final promete ser muito interessante.</div><div><br /></div><div>Previsão GBB - 1. Simone / 2. Jade / 3. Vanessa. Também quero que essa previsão esteja errada e que o baile de favela viralize!<br /><br />Resultados completos <a href="https://live.gymnastics.sport/">aqui</a>.<br /><br />Texto de Cedrick Willian<br />Foto: USA Gymnastics / John Cheng</div></div>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-49264344453297862012021-07-24T11:00:00.005-07:002021-07-26T11:23:55.548-07:00Jogos de Tóquio: classificatórias masculinas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBswAJT3j5X5P5bJdEavbcEYeq1EwWtyoQtZCCG0Zt8xtPfD4fMGxFmt47tQh8mxeaLzoAVwBRg8cCPfB5wpCtKQsbZW8LGunRDMXHhn2vC34pyGYI4TVy3giF2vDZVPzJh3HGzXWnBCI/s507/Nagornyy.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="372" data-original-width="507" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBswAJT3j5X5P5bJdEavbcEYeq1EwWtyoQtZCCG0Zt8xtPfD4fMGxFmt47tQh8mxeaLzoAVwBRg8cCPfB5wpCtKQsbZW8LGunRDMXHhn2vC34pyGYI4TVy3giF2vDZVPzJh3HGzXWnBCI/s16000/Nagornyy.png" /></a></div><div><br /></div><div>Terminou hoje de manhã as classificatórias masculinas dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Definidos os finalistas, que não incluem alguns favoritos importantes, confiram como foi a competição.</div><br /><b>Equipes </b><br /><br />1. Japão – 262.251 <br /><br />2. China – 262.061 <br /><br />3. Rússia – 261.945 <br /><br />4. Estados Unidos – 256.761 <br /><br />5. Grã-Bretanha – 256.594 <br /><br />6. Alemanha – 249.929 <br /><br />7. Suíça – 249.193 <br /><br />8. Ucrânia – 247.492 <br /><br />9. Brasil – 247.263 (reserva) <br /><br />Não tem espaço no pódio para outras equipes fora Japão, China e Rússia. Artur Dalaloyan surpreendeu muito, competiu em todos os aparelhos e até chorou depois de sua série de solo. Ninguém imaginava que seria possível que ele chegasse aqui colaborando tanto com a equipe, fazendo uma enorme diferença e colocando a Rússia, que estava desacreditada do ouro, dentro dessa disputa que será acirrada e linda de se ver. São 0.3 de diferença entre as três equipes, numa competição onde cada passo dado – ou não – será contado! <br /><br />Como equipe o Brasil se apresentou apenas com uma queda no solo e um erro médio de Caio Souza na barra fixa. Terminou atrás da Ucrânia e da Suíça, se colocando em uma posição difícil de classificação, ficando a 0.2 da final. <br /><br />É realmente uma pena, já que tinham pontuado 251.450 no Pan, nota que os colocariam na final em 6º lugar. A estratégia competitiva nos Jogos Olímpicos foi diferente: Nory estava focado na barra fixa e acabou não competindo na paralela, argolas e cavalo com alças, deixando a equipe sem nota de corte. Francisco Barreto e Diogo Soares fizeram uma ótima competição, finalizando suas séries corretamente e sem grandes problemas.<br /> <br /> Previsão GBB – 1. Japão / 2. China / 3. Rússia. Final muito aguardada! <br /><br /><b>Individual geral </b><br /><br />1. Hashimoto Daiki (JPN) – 88.531 <br /><br />2. Nikita Nagornyy (RUS) – 87.897 <br /><br />3. Xiao Ruoteng (CHN) – 87.732 <br /><br />4. Sun Wei (CHN) – 87.298 <br /><br />5. Joe Fraser (GBR) – 86.298 <br /><br />6. Artur Dalaloyan (RUS) – 85.957 <br /><br />7. Kitazono Takeru (JPN) – 85.948 <br /><br />8. Ahmet Önder (TUR) – 85.665 <br /><br />Com apenas 19 anos, Daiki Hashimoto tem um presente e um futuro brilhante. Apesar de não ter competido o individual geral em Stuttgart e de uma participação bem discreta na American Cup de 2020, Hashimoto chega em Tóquio com status de Uchimura no individual geral. O talento que ele tem de sobra pode render uma medalha de ouro numa briga acirrada com o Nagornyy, Xiao Ruoteng e Sun Wei. <br /><br />Diogo Soares fez uma estreia olímpica excelente, com execuções memoráveis (E no solo foi de 9.000), muita solidez e consistência. Conseguiu a última vaga nessa final e arrancou elogios da imprensa internacional, que disse que “o Brasil tem uma joia em Diogo Soares”, “um tremendo talento com grande potencial”. Alguém discorda? <br /><br />Caio Souza, muito focado e comemorando cada série que acertou, repetiu quase a mesma nota do Pan e vai a final individual geral em Tóquio. Sem o erro na barra fixa pode passar dos 85 pontos e melhorar a 14ª posição conquistada hoje. <br /><br />Previsão GBB – 1. Nagornyy / 2. Hashimoto / 3. Sun Wei <br /><br /><b>Solo </b><br /><br />1. Artem Dolgopyat (ISR) – 15.200 <br /><br />2. Nikita Nagornyy (RUS) – 15.066 <br /><br />3. Ryu Sunghyun (KOR) – 15.033 <br /><br />Dolgopyat não decepcionou e cumpriu seu papel de favorito. É uma pena que Carlos Yulo tenha tido uma queda e ficado fora dessa final. Surpresa da Coreia do Sul: além de Ryu, Kim Hansol também se classificou. Rayderley Zapata é o quarto colocado e vem forte na briga! Final sem representantes japoneses. <br /><br />Previsão GBB – 1. Dolgopyat / 2. Nagornyy / 3. Yulo. Fora o bronze, o resto ainda pode dar certo! <br /><br /><b>Cavalo com alças </b><br /><br />1. Lee Chih Kai (TPE) – 15.266 <br /><br />2. Rhys McClenaghan (IRL) – 15.266 (E mais baixa que Lee) <br /><br />3. Kohei Kameyama (JPN) – 15.266 (empate real com Rhys, tanto D como E) <br /><br />Pela nota dos três primeiros colocados dá para perceber como será essa final: muito disputada! Alec Yoder em quarto foi uma surpresa. Quando os EUA escolheram o ginasta para a vaga de especialista poderia ter sido um tiro no pé, mas foi o contrário: entrou na arena muito focado e limpo, conquistando 15.200 com 8.800 de execução. <br /><br />Previsão GBB – 1. Whitlock / 2. Lee Chih / 3. Rhys. Será que dá? Whitlock se classificou em 5º para final que tem entre os 5 primeiro o maior potencial de medalhas. <br /><br /><b>Argolas </b><br /><br />1. Eleftherios Petrounias (GRE) – 15.333 <br /><br />2. Liu Yang (CHN) – 15.300 <br /><br />3. Samir Ait Said (FRA) – 15.066 <br /><br />Com um elemento novo nas argolas, Samir tenta se redimir da tragédia que o acometeu nos Jogos do Rio. Vai encontrar pela frente o desejo de Petrounias ser bicampeão olímpico, assim como a vontade de Liu Yang conquistar uma medalha olímpica. Nos Jogos do Rio, Liu havia se classificado em primeiro a acabou em 4º lugar. <br /><br />Previsão GBB – 1. Petrounias / 2. Yang / 3. Zanetti. Classificado em 5º lugar, Arthur Zanetti tenta sua terceira medalha olímpica. Seria excelente terminar a carreira com uma medalha de cada cor. Essa final difícil ainda conta com You Hao, Denis Ablyazin e Ibrahim Colak.<br /><br /><b>Salto </b><br /><br />1. Shin Jeahwan (KOR) – 14.866 <br /><br />2. Artur Davtyan (ARM) – 14.866 <br /><br />3. Nikita Nagornyy (RUS) – 14.783 <br /><br />Final de salto é sempre uma surpresa: todos os ginastas que se classificam podem terminar em último ou em primeiro. Geralmente os saltos com duplo mortais são menos despontuados, mas também mais arriscados. Basicamente o pódio é feito por quem termina em pé e mais cravado. Nesse sentido, por ter saltos menos arriscados, Artur pode ser o mais provável de sair dessa final com uma medalha. <br /><br />Previsão GBB – 1. Shek Wai Hung (HKG) / 2. Wataru Tanigawa (JPN) / 3. Hak Yan Seon (KOR). Essa previsão foi a mais frustrada: nenhum dos ginastas se classificou para final, sendo que Tanigawa nem fez dois saltos. A felicidade brasileira fica com Caio Souza que saltou muito bem, finalizando com média 14,700 em 7º lugar. Assim como qualquer outro finalista, Caio tem chances de ser medalhista nesse aparelho. <br /><br /><b>Paralela </b><br /><br />1. Zhou Jingyuan (CHN) – 16.166 <br /><br />2. Lukas Dauser (GER) – 15.733 <br /><br />3. You Hao (CHN) – 15.666 <br /><br />Sem surpresas com essa classificação, muito menos com Jingyuan em primeiro. Excelente nota para Dauser; fica a dúvida se vai conseguir repetir a série na final, que tem trocos muito difíceis vindo da braquial. You Hao mostrou boa quantidade de acertos esse ano e mais uma vez acertou hoje em Tóquio. <br /><br />Previsão GBB – 1. Jingyuan / 2. Ferhat Arican (TUR) / 3. Hao. Arican está classificado em 4º lugar, com a série mais difícil da final e nota 15.566. <br /><br /><b>Barra fixa </b><br /><br />1. Daiki Hashimoto (JPN) – 15.033 <br /><br />2. Milad Karimi (KAZ) – 14.766 <br /><br />3. Tin Srbic (CRO) – 14.633 <br /><br />Difícil falar dos classificados sem lamentar que Kohei Uchimura (JPN), Epke Zonderland (NED) e Arthur Nory não estão nessa final. Desde o início da competição os juízes de execução da barra fixa arbitraram com rigidez severa. Mesmo atletas que acertaram a série completa sem erros graves, como Epke e Nory, acabaram sem nota suficiente para se classificar. Nory ficou claramente chateado com a nota e ainda teve uma queda no solo, a última esperança de classificar a equipe. <br /><br />Previsão GBB – 1. Uchimura / 2. Brody Malone (USA) / 3. Srbic. O ouro não vai se concretizar, mas a esperança de medalha para Malone é real, que está classificado em 4º com 14.533. <br /><br />A competição continua hoje às 22h com a classificatória feminina. Os resultados de hoje, assim como o live score do feminino, você acessa clicando aqui. <br /><br />Texto de Cedrick Willian<br /> Foto: Sportgymrus / Oleg NaumovGym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-7008569933543561042021-07-22T15:54:00.002-07:002021-07-26T11:24:04.916-07:00Previsão GBB - Jogos Olímpicos de Tóquio 2020<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnImBsEvRl2o0flaqJVBpES74L9ONfenm_vikTRBFH6fuIaqKbvY_SHNj3y9q5VaMilAkkyoNsH5aKZaRpOSGsW9_eOJNRP_nzdI-lq1bwXZuF6CtiRsnpgWTx5Vo7jWh9NXXXeO0dgDY/s533/Rebs.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="351" data-original-width="533" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnImBsEvRl2o0flaqJVBpES74L9ONfenm_vikTRBFH6fuIaqKbvY_SHNj3y9q5VaMilAkkyoNsH5aKZaRpOSGsW9_eOJNRP_nzdI-lq1bwXZuF6CtiRsnpgWTx5Vo7jWh9NXXXeO0dgDY/s16000/Rebs.png" /></a></div><p>Demorou mas saiu! Confira a previsão GBB para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Em cada final aparece os comentários sobre o Brasil.<br /><br /><u>MASCULINO</u></p><p><b>Equipes</b></p><p>1 - Japão<br />2 - China<br />3 - Rússia</p><p>Os donos da casa são os grandes favoritos. A pressão por um bom resultado e por performances excelentes vão permear essa final por equipes: China, Rússia e Japão terão um encontro mais forte do que nunca e a Rússia só aparece em terceiro porque Artur Dalaloyan está se recuperando de lesão (apesar de nem parecer que estava lesionado). O Japão tem uma grande responsabilidade - mas também uma grande equipe. A ginástica artística é o esporte que mais deu medalhas olímpicas ao Japão e vem mais uma para aumentar a coleção.</p><p>A seleção brasileira pode ter uma competição bem interessante e concluir a classificatória entre os 8 finalistas. Arthur Nory só vai competir cavalo com alças, argolas, salto e paralela se for necessário, então a seleção vai praticamente competir uma final no primeiro dia. Pode ser que estratégia não afete tanto, já que Nory é possivelmente o quarto ginasta nesses aparelhos (fora salto). Contando com dois generalistas, o Brasil pode finalizar em um bom ranking dessa vez, visto que equipes como Ucrânia e Grã-Bretanha tiveram que incluir seus especialistas. O mesmo acontece com os Estados Unidos, que vem com mais potencial de equipe do que individual.</p><p><b>Individual geral</b></p><p>1 - Nikita Nagornyy (RUS)<br />2 - Daiki Hashimoto (JPN)<br />3 - Sun Wei (CHN)</p><p>Mais uma final difícil e emocionante, mas que provavelmente será dominada por Nikita Nagornyy. Não será uma tarefa fácil: Daiki Hashimoto promete ser o substituto de Uchimura no individual geral e Sun Wei aparece com muita dificuldade e limpeza. Porém Wei andou falhando e colocando em xeque sua consistência esse ano durante os nacionais. Os três possuem um all-around absurdo; não dá pra imaginar outros no pódio que não sejam eles. Correm por fora: Kazuma Kaya, Xiao Ruoteng, David Belyavskiy e Brody Malone.</p><p>Caio Souza tem a décima melhor nota do ano (84,450), conquistada internacionalmente. Existem chances reais de figurar entre os 10 primeiros na final all-around, um excelente feito para o ginasta campeão pan-americano.</p><p><b>Solo</b></p><p>1 - Artem Dolgopyat (ISR)<br />2 - Nikita Nagornny (RUS)<br />3 - Carlos Yulo (PHI)</p><p>Dolgopyat fez uma boa campanha esse ciclo, conquistando duas medalhas mundiais além das medalhas em copas do mundo. Por ter uma série com menos riscos, é provável que fique em segundo e deixe Nagornyy em terceiro, que tem uma série mais passível de erros, mesmo que pequenos. Carlos Yulo treinou em solo japonês e tem no pescoço o ouro do último mundial. Já está aclimatado e já conhece bem a aparelhagem, podendo ganhar uma vantagem nisso. Sofrendo com lesões recentes, o ouro de Yulo em Tóquio pode ser afetado por conta das aterrisagens. O Brasil não aparece com chances de finais no solo, tendo com Nory e sua boa execução a maior nota da equipe nesse aparelho.</p><p><b>Cavalo com alças</b></p><p>1 - Max Whitlock (GBR)<br />2 - Lee Chih Kai (TPE)<br />3 - Rhys McClenaghan (IRL)</p><p>Whitlock continua sendo o favorito ao ouro em todas as finais de cavalo com alças que está presente, mantendo suas séries muito difíceis e com aquela leveza característica. Chegou a pontuar 15,900 numa seletiva interna esse ano, nota difícil de acontecer em Tóquio mas que demonstra superioridade. As outras duas medalhas são inéditas mas muito possíveis de acontecer: McClenaghan conseguiu vaga olímpica através desse aparelho enquanto Chi Kai foi o primeiro no ranking das Copas do Mundo, mesmo já tendo se classificado para os Jogos com a equipe. Novamente o Brasil aparece sem chances de final. Francisco Barreto provavelmente será a melhor nota da equipe.</p><p><b>Argolas</b></p><p>1 - Eleftherios Petrounias (GRE)<br />2 - Liu Yang (CHN)<br />3 - Arthur Zanetti (BRA)</p><p>O momento continua sendo de Petrounias, que tem a maior nota do ciclo: um (talvez) exagerado 15,500 na Copa de Doha. Um décimo a menos foi o que ele conquistou no Campeonato Europeu (15,400), que também foi a mesma nota conquistada por Liu Yang nos nacionais chineses. Arthur Zanetti pode finalizar a carreira com um bronze, vindo de uma boa competição (Doha) onde mostrou uma evolução em limpeza considerável. Na ocasião, Marcos Goto afirmou em entrevista que estava satisfeito com a série que Zanetti apresentou e que o último mês seria um bom tempo para evoluir até Tóquio.<br /><br />Caio Souza com 14,700 é a décima melhor nota do ano nas argolas. Interessante! Poderia beliscar uma final? Quem sabe. Um cenário mais real seria um top 15 pra ele. 14,700 é uma boa nota pra levantar a equipe nas argolas, que compete sem Arthur Zanetti.</p><p><b>Salto</b></p><p>1 - Shek Wai Hung (HKG)<br />2 - Wataru Tanigawa (JPN)<span color="var(--ytd-video-primary-info-renderer-title-color, var(--yt-spec-text-primary))" style="font-size: var(--ytd-video-primary-info-renderer-title-font-size, var(--yt-navbar-title-font-size, inherit));"><span face="Roboto, Arial, sans-serif"><span style="background-color: #f9f9f9;"><br /></span></span></span>3 - Hak Yang Seon (KOR)</p><p>Shek talvez tenha sido o ginasta com melhor adaptação no treino de pódio. Acertou os dois saltos muito bem, com valor de dificuldade muito alto. Wataru Tanigawa fez belíssimos saltos esse ano nos nacionais japoneses, incluindo um dragulescu carpado cravadíssimo. Hak Yang Seon tem saltos menos arriscados e muito limpos. Apesar de ser o terceiro na previsão, por conta do risco menor pode ser que o bi olímpico aconteça.</p><p>Mais uma oportunidade para Caio: o ginasta tem dois saltos de dificuldade 5,6 e já conseguiu 14,800 na tripla (all-around Pan) e 14,650 no dragulescu. Essas notas dão uma média de 14,725, nota suficiente pra uma boa colocação em finais.</p><p><b>Paralela</b></p><p>1 - Zhou Jingyuan (CHN)<br />2 - Ferhat Arican (TUR)<br />3 - You Hao (CHN)</p><p>Fora os pódios da Simone Biles, o ouro na paralela talvez seja o mais previsível. Jingyuan é diferenciado, não existe nada parecido com o que ele faz no mundo hoje. Uma série que dá gosto de assistir, com paradas e trocos extremamente controlados e cravados. Ferhat Arican foi um dos ginastas mais consistentes no ciclo e esse é seu ponto forte. Acredito que ele entrará numa final para acertar tudo que pode, contrapondo uma certa inconsistência de Lukas Dauser (GER). Classificado de última hora, You Hao também é muito consistente, vem como especialista, com foco grande na paralela e com menos aparelhos para se preocupar do que Dauser. A briga pela prata e bronze, portanto, será entre especialistas.</p><p>Com 14,900, Caio aparece mais uma vez entre os 10 melhores do ano. Uma série cravada e limpa pode dar ao ginasta um lugar como reserva dessa final. Sair da posição de reserva e entrar para a final já seria histórico para o Brasil.</p><p><b>Barra fixa</b></p><p>1 - Kohei Uchimura (JPN)<br />2 - Brody Malone (USA)<br />3 - Tin Srbic (CRO)</p><p>Uchimura compete como especialista, em casa, na última final dos Jogos e última final da sua carreira. Como não ser o favorito? Nos Campeonatos Nacionais desse ano chegou a pontuar mais de 15,700. Parece inflado, mas quando você assiste a série acaba pensando: por que não? Brody Malone é o americano que chega mais perto de uma medalha para os EUA na ginástica masculina. A série está com ritmo bom, com retomadas pós voo bem limpas e que não quebram a dinâmica da série. Tin Srbic aparece com o bronze levando em consideração o risco mais alto de falhas dos outros concorrentes. Com uma série com largadas mais seguras, pode tirar vantagem na execução e conseguir um pódio.</p><p>Arthur Nory, como campeão mundial nesse aparelho, deve ser mencionado aqui. Nory está com uma série nova e mais difícil para apresentar em Tóquio. Será suficiente? Esperamos que sim! A série é mais difícil e continua menos arriscada do que de alguns concorrentes, como do holandês Epke Zonderland. Zonderland parte praticamente para o "tudo ou nada", algo que não deu certo ultimamente, além de estar sentindo dores de lesões crônicas. Fica a torcida para o nosso campeão mundial. Pódio de final é de quem não cai!</p><p><u>FEMININO</u><br /></p><p><b>Equipes</b></p><p>1 - Estados Unidos<br />2 - China<br />3 - Rússia</p><p>Estados Unidos continua imbatível, ainda mais com Simone na equipe. Pode ser que sem ela a partir do ano que vem a equipe fique mais alcançável, mas não é o caso agora. A briga pela prata e bronze vai ser bonita de assistir: essa é a melhor equipe russa desde o Mundial de 2010 e a China parece estar muito mais preparada do que em 2016, contando inclusive com duas veteranas, coisa rara de se ver na equipe chinesa.</p><p><b>Individual Geral</b></p><p>1 - Simone Biles (USA)<br />2 - Rebeca Andrade (BRA)<br />3 - Viktoria Listunova (RUS)</p><p>Vamos ao que interessa: Rebeca Andrade, já que Biles nem precisa ser comentada como favorita ao ouro all-around. Rebeca mostrou ao mundo hoje que é o maior potencial de prata all-around em Tóquio. Os pensamentos de todos estavam, até hoje, na apresentação dela no Pan, como se o que ela apresentou no Rio fosse o seu limite pra Tóquio. Fato é que ela pode subir, só em nota D, 1.1 a mais do que conquistou no all-around do Pan: 0.6 no salto + 0.2 na barra (contando todas as ligações) + 0.3 no solo, com o duplo esticado na terceira passada e a validação da cortada com pirueta que trocou de lugar na série. Mantendo a nota de execução, os 56.700 conquistados no Pan + 1.1 dá um total de 57.800! Só de incluir o cheng no individual geral a nota da Rebeca iria de 56.700 pra 57.300, que seria a maior nota internacional do ano.<br /><br />A maior nota internacional do ano é justamente da Listunova: 56.731 conquistados no Campeonato Europeu. As notas à frente das duas é de Simone Biles, Sunisa Lee e Lu Yufei, todas conquistas em Campeonatos Nacionais. Dessas notas, a única que podemos garantir que realmente vai se repetir é a de Simone Biles. Flávia Saraiva entra pra final individual geral para lutar por um top 10, lugar onde esteve em 2018 e 2019.</p><p><b>Salto</b></p><p>1 - Simone Biles (USA)<br />2 - MyKayla Skinner (USA)<br />3 - Rebeca Andrade (BRA)<br /></p><p>Em entrevista, Biles afirmou que homologaria o duplo carpado na classificatória ou final por equipes. Provavelmente vai competir a final de salto com cheng e amanar. Analisando o treino de pódio, entre Carey e Skinner a aposta fica com a segunda. Esse é o aparelho onde Skinner apresenta mais limpeza de movimentos, ficando a torcida pra ela que lutou muito por uma vaga olímpica. A medalha seria a cereja do bolo! Depois do cheng de hoje, Rebeca se coloca como a terceira melhor saltadora. Sua dupla no salto é muito limpa e não vai tirar menos de 15,200 em um cheng.</p><p><b>Assimétricas</b></p><p>1 - Nina Derwael (BEL)<br />2 - Fan Yilin (CHN)<br />3 - Sunisa Lee (USA)</p><p>Nina não vai desistir do ouro olímpico, pode vir quem quiser com a nota que quiser. É a coroação de um ciclo incrível e que merece finalizar assim. Yilin vem em segundo por ter uma série inteligentemente curta e que dá pouco espaço para descontos. Já Sunisa, com a maior nota D do ciclo, precisa acertar todas as ligações. Como a série é nova e muito difícil (bhardwaj + qualquer coisa depois!!!), mesmo acertando no treino de pódio não fica garantido um acerto completo na final. Esse pódio vai ser emoção até a conclusão da final. Candidatas a final: Urazova, Listunova, Xijing e mais duas entre Rebeca, Seitz, Melanie e Biles.</p><p><b>Trave</b><br /></p><p>1 - Simone Biles<br />2 - Ou Yushan<br />3 - Sunisa Lee</p><p>A final mais improvável, com previsão forte para Biles por conta de sua consistência e firmeza. Qualquer chinesa poderia estar no pódio, inclusive com o ouro, mas a série delas, por precisar de tantas ligações, pode variar entre 13,500 e 15,500. Dito isso, destaque para Ou Yushan. Sunisa Lee teve bons desempenhos nos nacionais e uma passagem razoável no treino de pódio. Fez boas mudanças na série de 2019 pra cá e também conta com ligações para uma boa nota. Dá pra pensar em uma final com Biles, Yushan, Chenchen, Sunisa, Urara, Iordache mais duas ginastas que saem do mix a seguir: Flávia, Schafer, Rebeca, russas, Nina, Gadirovas, Melanie e Black.</p><p><b>Solo</b></p><p>1 - Simone Biles (USA) <br />2 - Jade Carey (USA)<br />3 - Vanessa Ferrari (ITA)</p><p>Carey surpreendeu no treino de pódio com uma série de potencial D: 6.6. Acredito que ninguém imaginava uma série tão forte e com chegadas tão seguras. Uma nota E de 7.4 ainda a deixaria com nota final de 14.000. É muita nota! Vanessa Ferrari está com uma série bem inteligente e que gera poucos descontos. Prova disso é o 14.266 que conquistou em Doha. Ferrari ainda tem o lado artístico ao seu favor, apresentando uma coreografia que está recebendo elogios. Como na trave, é possível traçar uma final com Biles, Carey, Ferrari, Rebeca, Listunova, Melnikova, Murakami e mais uma ginasta saindo do mix de Flávia, Moors, Gadirova, Popa e Steingruber.</p><p>Assim como Ferrari, Rebeca tem o lado artístico a seu favor. Levando isso em consideração, pode ser medalhista também no solo: com nota D de 5.9 e segurando uma execução de 8.5 (no Pan foi 8.1, com saltos de dança incompletos), pode conseguir nota final de 14.400, score conquistado apenas por Biles nesse ciclo.</p><p>Fato é que Rebeca mudou do patamar participativo para o papel principal em apenas uma hora e meia de treino de pódio. Isso é excelente, porque passa a ser vista com outros olhos até pelos árbitros. Entretanto as emoções devem ser seguradas e a imprensa pode colaborar não colocando pressão inesperada de última hora. A situação é diferente de quando o atleta passa um ciclo inteiro ganhando medalhas, indo para mundiais, copas do mundo e até nacionais com bons resultados e chega nos Jogos Olímpicos com um determinado status. No caso da Rebeca, a visão sobre ela mudou em menos de 2 horas. Estamos felizes, porém apreensivos.<br /><br />Texto de Cedrick Willian<br />Foto: Gaspar Nobrega / COB</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-80013642778884841602021-06-26T13:35:00.007-07:002021-07-26T11:24:15.594-07:00Vanessa Ferrari garante vaga nos Jogos de Tóquio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeVViSjfCETyIgaSueZPoCI1yEwxVpm8hM5e_IUtZKT04uRu8mAGbowHP_iC-S-0bpqInBGS3xwphLUnZ8EZCh8LJbKFw-ttpC_y65iwESLBJFAeJCAHUoGFya45l_3NDHzJXLKB5LU-8/s1024/Ferrari.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="675" data-original-width="1024" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeVViSjfCETyIgaSueZPoCI1yEwxVpm8hM5e_IUtZKT04uRu8mAGbowHP_iC-S-0bpqInBGS3xwphLUnZ8EZCh8LJbKFw-ttpC_y65iwESLBJFAeJCAHUoGFya45l_3NDHzJXLKB5LU-8/s16000/Ferrari.jpg" /></a></div><p>Conhecemos hoje em Doha a dona da última vaga disponível para os Jogos de Tóquio. Em um duelo contra sua compatriota Lara Mori, a italiana Vanessa Ferrari, de 31 anos, conseguiu, com uma série muito inteligente e bem montada, levar o <a href="https://youtu.be/uW_rDBbAi10">ouro no solo com a nota 14,266</a>, boa o suficiente para um lugar no pódio em Tóquio.</p><p>Com apenas três passadas acrobáticas, Vanessa conseguiu uma nota de dificuldade de 5,9. Fez acrobacias extremamente seguras, bonificou em duas passadas (sem mãos + tsukahara e esticado ao passo + duplo carpado), cumpriu todos os requisitos de composição e explorou os elementos de dança de valor D que ela faz muito bem. Caso seja necessário a série ainda pode crescer: Vanessa já apresentou séries com duplo esticado + salto e já ligou o giro memmel com um giro illusion.</p><p>O momento foi emocionante. Ao terminar a série, abraçou Lara Mori que também competiu muito bem. Chegou a elogiar Mori no Twitter, dizendo que ela "lutou até o fim" além de ser "uma grande atleta e uma amiga". No ranking, Vanessa ficou em primeiro lugar com 85 pontos e Mori em segundo com 80.</p><p>A situação de Mori era mais complicada que a de Vanessa. É claro que ambas queriam uma vaga nominal para os Jogos, um caminho muito mais seguro do que a seletiva interna para compor a equipe. Porém, enquanto as chances de equipe para Mori são quase nulas, é pouco provável que Vanessa fique fora dela.</p><p>Um caminho inteligente para a Itália levar mais uma ginasta para Tóquio, seria realmente optar por incluir Ferrari na equipe e assumir a vaga do solo com Mori. Ferrari está muito bem em todos os aparelhos e talvez só não pontuaria para a equipe na paralela, onde atualmente a equipe está muito bem. Além disso, poderia ser uma capitã excelente, auxiliando a segurar o nervosismo das novatas, já que a equipe é 100% renovada. As chances de Mori agora estão em torno disso: com Ferrari na equipe, ela é a próxima do ranking e vai a Tóquio; sem Ferrari na equipe, adeus sonho olímpico.</p><p>Fora Ferrari, dois outros nomes se destacaram nessa final: o ginasta turco Ferhat Arican e o japonês Hidenobu Yonekura. Arican fez uma apresentação de paralelas incrível (15,566, vídeo <a href="https://www.youtube.com/watch?v=cU9pUIaBMu0">aqui</a>), muito cravada, todos os trocos extremamente controlados e com pouquíssimos ajustes de mão. Com essa série é o principal concorrente à prata olímpica. No salto, Yonekura também competiu com excelência (15,016, vídeo <a href="https://www.youtube.com/watch?v=O-H0qcPqaHM">aqui</a>) e poderia estar em Tóquio representando seu país com chances reais de ouro caso tivessem mais uma vaga. Porém, Kohei Uchimura está a frente dele em possibilidade de título, além de ter a chance de escrever uma história quase cinematográfica. Uchimura encerrando a carreira em Tóquio, na última final, último aparelho, último japonês a competir e conquistando o último ouro da carreira... Consegue imaginar essa cena?</p><p>O Brasil competiu muito bem no segundo dia de finais em Doha, conquistando 4 medalhas. Rebeca Andrade foi bronze na trave (13,133); Caio Souza foi bronze na paralela (14,633); Lorrane dos Santos foi bronze no solo (12,633) e Arthur Nory, que apresentou série nova, foi prata na barra fixa (14,400). Flávia Saraiva teve uma queda no mortal esticado e ficou fora do pódio da trave (12,100) enquanto Francisco Barreto foi o quarto colocado na barra fixa (14,100).</p><p>Confira os resultados completos da competição <a href="https://data.smartscoring.com/result/iframe?fbclid=IwAR2hZ3pZtzw3M-yWitxhzN28Qz18Y9Ue_-YZ-mKG8pWPcXPmfZCzby8hqTA">aqui</a>. Vídeos saindo no Canal <a href="https://www.youtube.com/c/Gin%C3%A1sticaBrasil/videos">Ginastica Brasil</a>.<br /><br />Texto de Cedrick Willian<br />Foto: LaPresse / Reuters</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2222912202366547591.post-91377738127107544662021-06-25T09:12:00.002-07:002021-07-26T11:24:28.786-07:00Os últimos classificados olímpicos <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgavKSyNPiLT9ZQ-MovXBIxlvNp2nW33krnnxBGqv21k2r5Uhy4AgbSJ3_vPKX1fbNy2OfCrZ1qeM_KerS6xDMBM00_c9nwb1_DhGrZUJotnvpC98O3gUH9Mie6VAT2e3aNoEZqG7j7Dqs/s1000/Petrounias.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="625" data-original-width="1000" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgavKSyNPiLT9ZQ-MovXBIxlvNp2nW33krnnxBGqv21k2r5Uhy4AgbSJ3_vPKX1fbNy2OfCrZ1qeM_KerS6xDMBM00_c9nwb1_DhGrZUJotnvpC98O3gUH9Mie6VAT2e3aNoEZqG7j7Dqs/s16000/Petrounias.jpg" /></a></div><p>No primeiro dia de finais da Copa do Mundo de Doha já foi possível definir a classificação olímpica de quase todos os ginastas que faltavam. O masculino ficou completamente definido enquanto a definição completa do feminino vem amanhã, com Vanessa Ferrari (ITA) competindo por uma vaga no solo.</p><p>No solo masculino, finalizando em segundo tanto nessa final quanto no ranking, o espanhol Rayderley Zapata é o dono da vaga nesse aparelho. O israelense Artur Dolgopyat foi o campeão da competição e do ranking, mas já está classificado para os Jogos Olímpicos através do Mundial. A apresentação dele em Doha foi uma prévia do que provavelmente veremos em Tóquio: uma final em que ele e Zapata estejam presentes.</p><p>Oksana Chusovitina (UZB) recebeu uma medalha que veio como um presente de aniversário. Com 46 anos recém completados conquistou o ouro na prova de salto, que não valeu vaga olímpica pra ela e nem pra segunda colocada Coline Devillard (FRA), já que Jade Carey (USA) está em primeiro lugar nesse aparelho com pontuação e notas muito superiores.</p><p>Classificação olímpica à parte, na final de cavalo com alças o iraniano Saeedreza Kheika fez uma prova excelente, cumprindo praticamente todos os requisitos do aparelho com flairs muito bem executados e conquistando o ouro com 15,200. É uma pena saber que não veremos essa série em Tóquio.</p><p>Nas assimétricas, Rebeca Andrade conquistou o ouro com 14,500 e Lorrane dos Santos ficou em terceiro com 13,400. Melhoraram o desempenho das classificatórias mas ainda assim perderam uma ligação de 0,2 de bônus em suas séries, que teria deixado Lorrane em segundo lugar. O ouro de Rebeca acabou por colocá-la em segundo lugar no ranking, com um total de 75 pontos. A vaga desse aparelho já havia sido garantida pela chinesa Fan Yilin desde a Copa do Mundo de Baku no início do ano passado.</p><p>A expectativa final sobre a vaga olímpica do grego Eleftherios Petrounias, campeão olímpico em 2016, finalmente terminou: Petrounias se classificou para os Jogos Olímpicos, em primeiro lugar no ranking e com uma nota final de 15,500, a maior do ano. Enquanto isso, Arthur Zanetti fez uma prova excelente, dinâmica, sem pausas de descanso e com posições muito bem marcadas para a prata (14,933). A diferença visual da limpeza da série dele com a de Ibrahim Kolak (TUR), por exemplo, foi muito maior do que os menos de 2 décimos que os juízes deram. Talvez o fato de Kolak ter sido o último campeão mundial deu uma forcinha a mais na caneta do que nas próprias argolas.</p><p><br />Faltando apenas a definição no solo feminino, confira a lista dos últimos classificados olímpicos.<br /><br /><b>Masculino</b><br /><br />Solo - Rayderley Zapata (ESP)<br />Cavalo com alças - Kohei Kameyama (JPN)<br />Argolas - Eleftherios Petrounias (GRE)<br />Salto - Jeahwan Shin (KOR)<br />Paralela - You Hao (CHN)<br />Barra fixa - Epke Zonderland (NED)<br /><br /><b>Feminino</b><br /><br />Salto - Jade Carey (USA)<br />Assimétricas - Fan Yilin (CHN)<br />Trave - Urara Ashikawa (JPN)</p><p>Confira os resultados <a href="https://data.smartscoring.com/result/iframe?fbclid=IwAR2hZ3pZtzw3M-yWitxhzN28Qz18Y9Ue_-YZ-mKG8pWPcXPmfZCzby8hqTA">completos da competição</a>.</p><p><i>NOTA: O texto foi atualizado após a lista oficial de classificados da FIG. No entendimento do blog, Weng Hao (CHN) se classificaria pelo cavalo com alças e Mitchel Morgans (AUS) pela paralela.</i><br /><br />Texto de Cedrick Willian<br />Foto: FIG</p>Gym Blog Brazilhttp://www.blogger.com/profile/14498571906766086093noreply@blogger.com0