Brasileiras não irão competir o individual geral no Mundial de Jacarta
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19 de outubro de 2025A boa ginástica da seleção brasileira masculina de ginástica artística está de volta. Muito criticado há bastante tempo, o time dos nossos meninas veio para Jacarta na raça, com determinação e passaram com força e propósito pelos aparelhos. Foi bonito de ver!
Ainda que não tenham alcançado todos eles os melhores resultados possíveis, eles não fraquejaram e mostraram o melhor da sua ginástica para os expectadores. Caio Souza, Diogo Soares, Tomás Rodrigues, Arthur Nory e o estreante Vitaliy Guimarães se entregaram para as suas melhores dificuldades e o resultado foi para ser aplaudido de pé.
Foram três finais. Caio no individual geral e argolas e Diogo no individual geral. Entretanto é preciso reconhecer que os atletas que estiveram na Indonesia Arena chegaram bem próximo do auge de suas dificuldades e cumpriram o papel que lhes foram proposto. Ginástica é isso. É desafiar a gravidade dentro das suas limitações e mostrar o quanto o corpo é obediente e capacitado. O resultado é consequência.
Arthur Nory
Ele veio para “apenas” a prova de barra fixa e a fez em seu nível máximo. Sua dificuldade ficou entre as 10 maiores da competição, partindo de 5.8. A composição foi boa, a execução falhou um pouco. Tanto que um dos seus elementos acabou não sendo validado inicialmente e precisou de revisão para corrigir a nota. Primeiro saiu uma partida de 5.2 e um 12.800 de nota. Depois foi corrigido e ele aumento 0.6, alcançando 13.400. O maior erro foi uma carpada na retomada do jeager com pirueta, que pele pareceu tocar a barra com o pé. Fora isso, foi uma boa prova.
Tomás Rodrigues
Ele estreou num mundial, substituindo Yuri Guimarães que se lesionou e ficou de fora da competição. Tomás entrou ainda num estágio de recuperação de lesão e estava sentindo dores nos pés. Ainda assim fez dois aparelhos e se saiu bem, dentro do possível. Tentou final de salto, mas uma chegada um pouco desastrosa no primeiro salto e uma queda no segundo o tirou desse objetivo. Também arriscou o solo, mas não avançou. Neste aparelho, a prova foi um pouco dura e ele acabou saindo para fora do aparelho duas vezes com um dos pés. O que o fez perder 0.2 na nota final. Ele foi corajoso e merece muito ser parabenizado por arriscar como se arriscou.
Vitaliy Guimarães
O gringo brasileiro também fez sua estreia num mundial e se saiu bem. Ele fez dois aparelhos, cavalo com alças e barras paralelas. Neste segundo, sua prova foi bem simplória. Partiu de 4.2 e chegou a 11.833. Já no cavalo com alças, ele se entregou um pouco mais. Especialista deste aparelho, conseguiu fazer a melhor série do Brasil, somando 13.133 e partindo de 5.2
Diogo Soares
Diogo foi digno de aplausos. Agora de volta ao seu clube natal, o Pira Olímpica, em Piracicaba, Diogo foi uma grande dúvida nos primeiros meses deste ano, mas surpreendeu a todos e se manteve entre os mais completos ginastas do mundo. Inclusive, no geral, superou o campeão olímpico Shinnosuke Oka. Agora é aguardar o segundo dia de classificatória para cravar sua possível final de AA. China, Turquia e Canadá ainda estão por vir.
Caio Souza
Ah, Caio! Ele foi fenomenal. Começou assustando todos nós com uma queda no salto, mas se ergueu e entregou tudo o que pode nas barras paralelas, na barra fixa e no solo. Quando veio o cavalo com alças, uma nova falha grande. Os árbitros acabaram não validando sua tesoura e, por ser um requisito, acabou perdendo 0.5 de dificuldade. Além do próprio valor do elemento, que é D (0.4). Ou seja, se foram 0.9 nisto.
Mas Caio ergueu a cabeça e subiu para uma argola vitoriosa. A prova foi extremamente bem executada, sem falhas visíveis aos olhos não treinado. Mas o melhor ficou para o final, um triplo grupado cravadinho. Com direito a 0.1 de bonificação pelo acerto. O que elevou a nota do ginasta a 14.333. Agora, está entregue para a sorte. Entretanto, não sei bem se pode se falar em sorte quando o papel foi cumprido.
Parabéns, meninos!