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5 de novembro de 2025Todas as vezes que Flávia Saraiva sobe em um aparelho, seja em qual competição for, todo o mundo espera um show. Em Jacarta não foi diferente com a sua série de trave. A arena, que nunca esteve tão cheia, parou e aplaudiu uma série extremamente inteligente e bem trabalhada. O resultado foi um 4º lugar, estacionado em 13.900, mas que, certamente, ela honrou o Brasil.
Há muitos anos não ocorre uma fina de trave tão bonita e tão disputada. Flávia teve a segunda maior execução de toda a competição. Um 8.200. Acima dela somente a campeã da prova, a chinesa Qingying Zhang, que fez um 8.266. Entretanto sua dificuldade foi tão alta (6.9), que a atleta passou dos 15 pontos (15.166). Mas essa vitória já era prevista, seria difícil ultrapassar essa atleta.
Já o bronze foi para o peito da japonesa Aiko Sugihara, que surpreendeu com uma prova de 14. 166, partindo de 6.0 e execução de 8.166. Já a prata ficou com Kaylia Nemour, da Argélia, deixo de algumas controvérsias. Essa atleta havia caído duas vezes no aparelho, tanto na qualificatória quanto na final de individual geral. E nesta final fez uma execução de 8.100 um pouco suspeita. A nota final foi 14.300.
Verdade que a medalha não veio, mas o que Flávia fez hoje foi digno de louvor. Aos 26 anos, há 11 temporadas competindo como adulta, quantitativas lesões e muita luta, ela, mais uma encantou o mundo e honrou a bandeira brasileira. Feito que, desde 2019, ela não conhecia – quando conquistou sua última final de trave e a deixou no 6º lugar.
É importante lembrar que, na maioria das vezes, a ginástica é o que antecede o pódio. E mesmo distante deste resultado a chama do esporte precisa continuar acesa. Hoje Flávia deixou mais lenha nessa pira. Hoje o trabalho dela até pode não ter valido a medalha, mas valeu muito mais. Valeu o espírito de uma nação inteira que acordou às 4h para torcer e teve a alegria que precisava ter (ou quase toda ela).
Obrigado, Flavinha!


