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O Campeonato Pan-Americano de Ginástica Artística, realizado na Cidade do Panamá, foi palco de grandes atuações da delegação estadunidense. Com destaques tanto nas provas individuais quanto nas competições por equipes, entre os quatro primeiros ouros apenas um não terminou no peito do país. Já o Brasil encerrou sua participação com direito a dois bronzes.
Tudo começou na quinta-feira (12), quando o paulista Diogo Soares subiu ao pódio no individual geral masculino, conquistando a medalha de bronze após uma performance sólida nos seis aparelhos. Com 78.800 pontos, o brasileiro ficou atrás apenas do norte-americano Joshua Karnes (79.900) e do canadense Felix Dolci (80.150). Esse ouro de Dolci foi o único que escapou dos Estados Unidos entre as quatro primeiras provas (por equipes masculino e feminino, e individual geral masculino e feminino).
Na sexta-feira (13), foi a vez das mulheres entrarem em cena. E o destaque brasileiro foi de Thais Fidélis sendo o principal nome da seleção após dois anos distante deste lugar. A ginasta foi a melhor brasileira no individual geral, terminando em nono lugar com 49.467 pontos, resultado que a levou às finais da trave e do solo. Quem venceu a prova foi a americana Jayla Hang (55.300) com dobradinha da compatriota Hezly Rivera no bronze (52.667). Lia Monica Fontaine, do Canadá, ficou com a prata (53.966).
Durante a qualificatória, Thais teve o melhor desempenho da equipe tanto na trave (12.567) quanto no solo (12.733), demonstrando consistência e liderança, alcançado as finais desses dois aparelhos. A propósito, essa foi a primeira vez que a atleta do Sesi se apresentou no solo nos últimos dois anos. Outro destaque foi o de Rebeca Procópio que avançou à final da trave, garantindo duplo protagonismo nacional na disputa do aparelho. Já Júlia Coutinho, favorita de muitos, não se saiu bem e acabou de fora da final de solo.
Veja o comeback de Fidelis no solo
Finais por equipe
No sábado (14), a seleção masculina voltou à arena para a final por equipes. Diferente das competições tradicionais, que têm essa final junto a fase classificatória, neste Pan ocorreu o contrário. A final por equipes foi no segundo dia e o individual geral na primeira etapa.
Composta por Diogo Soares, Patrick Sampaio, Lucas Bitencourt, Johnny Oshiro e Vitalyi Guimarães, o Brasil somou 224.050 pontos e terminou em quarto lugar, a 1.5 ponto do pódio. O desempenho brasileiro ficou abaixo das potências Estados Unidos (ouro com 238.800), Canadá (prata com 233.500) e Argentina (bronze com 226.000). Ainda assim, o time demonstrou equilíbrio nos aparelhos e segue na briga por vagas em grandes competições internacionais.
No mesmo dia, as meninas conquistaram a medalha de bronze por equipes. Após ficarem em quinto lugar na qualificatória, as ginastas brasileiras elevaram o nível de suas apresentações e terminaram com 151.466 pontos, atrás apenas de Estados Unidos (164.765) e Canadá (151.633). O início promissor veio na trave, com Thais Fidélis abrindo com uma série impecável (13.600), seguida por Gabi Barbosa (12.933) e Rebeca Procópio (12.767).
No solo, apesar de uma queda de Thais e saída de área de Julia Coutinho, o Brasil manteve-se competitivo. O salto foi outro ponto alto, com notas consistentes de Thais (13.433), Luiza Abel (13.300) e Rebeca (13.133). O maior desafio veio nas barras assimétricas — ponto fraco na classificatória —, mas a equipe segurou a pressão. Gabriela Barbosa e Thais acertaram suas séries e Julia Coutinho fechou com 12.200, garantindo o total de 36.033 no aparelho e a diferença de quatro décimos que assegurou o pódio sobre a Argentina.
Brasileiras irradiam alegria comemorando o bronze
O saldo
Com uma medalha de bronze no individual masculino e outra na prova por equipes feminina, além de classificações individuais em finais e evolução técnica dos grupos, o Brasil sai do Pan-Americano do Panamá com motivos para celebrar — e planejar voos ainda mais altos no cenário continental e mundial. Agora, a competição segue para as finais por aparelho, que acontecem todas juntas no domingo (15).
Nessa última etapa, teremos Thaís Fidélis disputando as finais de solo e, acompanhada de Rebeca Procópio, a trave, no feminino. Já no masculino teremos Patrick Sampaio disputando a final de salto, Diogo Soares disputando a final de barras paralelas, solo e cavalo com alças e o veterano Lucas Bitencourt na final de barra fixa.