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1 de julho de 2025Com força, carisma e resiliência, Jade Barbosa se tornou um dos maiores nomes da ginástica artística do Brasil. Sua história é marcada por conquistas expressivas, lesões desafiadoras e uma relação intensa com o esporte e a seleção nacional. Desde seus primeiros passos no juvenil até os desafios da carreira adulta, Jade escreveu capítulos importantes na história da modalidade.
Nascida no Rio de Janeiro, Jade começou na ginástica ainda criança, e logo se destacou pela potência e pela atitude em competições. No juvenil, já chamava atenção por sua força física e precisão. Em 2007, com apenas 16 anos, foi lançada ao cenário internacional adulto e estreou com brilho: conquistou a medalha de bronze no individual geral no Mundial de Stuttgart — a primeira brasileira a conseguir esse feito em um Mundial de ginástica artística. Neste mesmo ano, outro feito memorável: foi campeã pan-americana na prova de salto, nos Jogos do Rio de Janeiro. E ainda, na mesma competição, conquistou prata por equipes e bronze no solo.
Mas a carreira de Jade não foi feita apenas de medalhas. Em 2008, ela foi ao seu primeiro Jogos Olímpicos, em Pequim, com grandes expectativas, mas enfrentou dores no punho e acabou ficando sem medalhas. Após os Jogos, uma polêmica com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) sobre o uso da imagem da atleta a afastou de competições oficiais por um tempo. A tensão com a entidade voltaria a surgir em outros momentos da carreira, mas tudo contornado até os feitos mais recentes
Veja essa entrevista da atleta para a TV Brasil:
Além das disputas institucionais, Jade enfrentou diversas lesões graves: no joelho, no tornozelo, no punho, na cervical e no ombro. A cada uma delas, superação. Foram anos de cirurgias, reabilitação e retornos emocionantes, que conquistaram ainda mais o respeito do público e dos colegas de modalidade. Após um jejum de 13 anos de medalhas em mundiais, ao lado de Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Júlia Soares, Lorrane Oliveira e Carolyne Pedro, foi medalha de prata por equipe neste campeonato, em 2023, na Antuérpia.
Todavia, a grande consagração veio em 2024, quando Jade conquistou medalha de bronze nos Jogos de Paris — sua terceira Olimpíada, aos 33 anos. O time era o mesmo do mundial do ano anterior, mas as lágrimas que ela derramou foram de um feito inédito. Jade é uma raridade no esporte, especialmente em um país que pouco investe em longevidade atlética na ginástica. Sua presença serviu de símbolo contra o etarismo na modalidade.