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Sabrina Voinea tem mostrado ser o próprio estereótipo de que dificuldade demais não significa boa ginástica. Um exemplo disso foi sua participação prematura no campeonato Europeu de Ginástica Artística, em Leipzig, na Alemanha. A qual deixou os tablados sem absolutamente nenhum resultado.
Ela é uma atleta visivelmente talentosa, mas hoje não esteve num bom dia. Mesmo com provas montadas por exercícios de alto grau, a atleta não conseguiu desenvolver bem suas sequências e saiu da competição logo no primeiro dia sem sequer pontuar pela Romênia em uma prova por equipes. O mais decepcionante é que, caso tivesse acertado, o resultado poderia ter sido outro e a Romênia poderia ter subido no pódio no segundo ou terceiro lugar, invés de amargar a quarta colocação.
No solo, com um 5.9 de D, acabou chegando muito baixo num Tsukahara grupado, saindo para fora do aparelho e caindo ao retornar, apoiando as mãos no chão. Somente nesta passada perdeu 1,3 pontos em penalidades ou descontos. Sem contar as falhas de execução nesse e nos demais exercícios Especialmente nos saltos de dança, quase todos muito rígidos e mal concluídos, e ainda nas diagonais, que contaram com um duplo esticado ligado de mortal para frente e um Silivas. O Tsukahara da queda foi a última acrobacia e ela estava visivelmente exausta. Mesmo com toda essa dificuldade fez 11.900 e terminou na 58ª posição.
Na trave, apesar de uma posição irrisoriamente melhor, 50° lugar, somou 11.966 após uma falha grotesca numa entrada de rolamento, daquelas mais simples possíveis. Foi inacreditável vê-la apoiando a coluna torta e se desequilibrando, indo para o chão. Neste segundo aparelho, sequer conseguiu alcançar sua maior dificuldade, que passa dos 6.0, e ficou apenas em 5.5. A falha no início claramente a deixou desconcentrada e insegura e o que fez logo em seguida foi resistir a essa pressão.
Veja as falhas da atleta na íntegra:Sabrina surgiu em 2023 como uma das maiores promessas da Romênia para os Jogos Olímpicos de Paris e esse ciclo de Los Angeles. Há quem dizia que seria ela a garota que iria trazer esse país ao topo da modalidade novamente. De fato trouxe, mas não fez isso sozinha. Ela tem seu valor e esse valor é alto no momento. Porém, de competição em competição, cada vez mais ela demonstra um grande esgotamento físico e emocional e pouco rendimento de sua ginástica. Bem distante do potencial que busca apresentar. E esse desgaste, apesar de muito preparo, também a impede de trazer bons resultados.
Por outro lado, a Romênia trouxe de volta Denisa Golgotá que, após anos aposentada, retorna devagar, sem meter os pés na porta para apresentar grandes dificuldades e num processo gradual e respeitoso com a sua realidade. Estratégia que já está indicando bons resultados, já que, diferente da compatriota, colocou todas as suas notas para o TF e ainda conquistou final de solo e individual geral.