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23 de outubro de 2025“Ganhar três campeonatos não é fácil. Vou dar o meu melhor para ganhar um quarto, um sétimo, quem sabe? Para mim, esta medalha é mais do que apenas uma medalha”, disse ele. “É uma forma de descobrir como conquistar as vitórias”, disse o japonês Daiki Hashimoto após vencer o individual geral mundial pela terceira vez na carreira.
Com isso, ele segue os passos do ídolo compatriota Uchimura Kohei e se torna o segundo japonês a ganhar três títulos mundiais consecutivos no individual geral. No final, Hashimoto cumpriu a promessa que fizera à imprensa antes da competição. “Eu vou vencer”, disse ele. E venceu. Ele espera que esta também não seja sua última vitória.
O japinês vitorioso adicionou mais de dois pontos à sua pontuação na classificação, vencendo a final do Individual Geral com brilhantismo, somando 85.131 pontos. A prata ficou com o chinês Zhang Boheng, com 84.333, e o bronze com o suíço Noe Seifert, com 82.831.
Desempenho do Brasil
Caio Souza e Diogo Soares também estiveram nesta final. Diogo entregou séries razoáveis, com execução na média e algumas dificuldades médias. Classificando, sua grande prova foi o cavalo com alças e a pior foi a barra fixa, cujo atleta acabou caindo duas vezes no mesmo aparelho – um kovacs com pirueta. Ele somou 77.264, terminando em 17º. Já Caio fez uma apresentação formidável, digna de medalha. Até que chegou o solo, até que chegou a última passada do solo. E enfim uma queda. Mesmo assim somou 80.530 e acabou no 9º lugar, a melhor colocação da sua carreira.
Veja a série de barras paralelas de Caio
Aparelho por aparelho
A ótima forma de Hashimoto ficou evidente em sua primeira rotina no Solo, onde uma queda brusca lhe rendeu 14.000 pontos. Esse número permaneceria o mais alto da noite nos aparelhos. Hashimoto também foi o maior pontuador no salto (14.466) e na barra fixa (14.700). Enquanto seu rival doméstico Oka Shinnosuke (JPN) começou bem e chegou a liderar em determinado momento, o campeão olímpico de 2024 perdeu o brilho no solo, errando um giro de 2.5 para a posição frontal e se retirando da disputa.
Restaram então Zhang Boheng (CHN) e a estrela suíça em ascensão Noe Seifert (SUI) para Hashimoto competir. Zhang obteve a maior pontuação nas Argolas (14,600), enquanto Seifert foi o melhor competidor no Cavalo com Arções (14,000). Mas o salto duplo de Yurchenko, de menor dificuldade, com giro duplo, de Seifert, ficou apenas em 12º lugar, e Zhang perdeu nas Barras Paralelas, o aparelho que ele considera o mais fraco.
Isso deixou Hashimoto com um caminho livre para o título, desde que conseguisse completar sua rotina final na Barra Fixa. Hashimoto conseguiu 14.700, a maior pontuação da noite, garantindo a vitória por 0.798.
Hashimoto disse que achou que essa competição geral não era mais fácil do que a qualificação, “mas é mais familiar agora”, comentou ele, “e eu me adaptei a isso”.
Após uma rodada classificatória repleta de erros, a maioria dos 24 homens que passaram pelo corte parecia ter resolvido suas dificuldades. A competição de quarta-feira à noite na Arena Indonésia foi acirrada, com oito homens na disputa pelo pódio. Shi Cong (CHN), Oka, Angel Barajas (COL), Daniel Marinov (AIN) e Krisztofer Meszaros (HUN) completaram os oito primeiros.
A prata de Zhang é a segunda desde que ele se anunciou ao derrotar o recém-coroado campeão olímpico Hashimoto pelo título em 2021. O atleta de 25 anos levou a prata na última disputa do Mundial em 2022 e pulou o Campeonato Mundial em favor dos Jogos Asiáticos em 2023.
“Sinto que não estou dando o meu melhor e admiro o desempenho dos outros atletas”, disse o sempre cortês Zhang. “Descobri meus erros nas eliminatórias e os melhorei até a perfeição”, acrescentou. Por sua vez, Seifert ficou emocionado por terminar no pódio após um ano desafiador, que envolveu uma luta prolongada com sua rotina de Barra Fixa. “Sou apenas um suíço que faz ginástica”, maravilhou-se o atleta de 26 anos. “É simplesmente incrível. Ainda não consigo acreditar.”


