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  • Equipe masculina nacional pede investimento olímpico


    A confirmação do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016 trouxe esperanças à seleção masculina de ginástica artística.No desembarque do Mundial de Londres,com o quarto lugar nas argolas de Arthur Zanetti na bagagem,os atletas lamentaram ainda não terem um centro de treinamento para se prepararem para as competições,estrutura que já é oferecida à equipe feminina,em Curitiba.
    Ginasta mais experiente da delegação que viajou à capital inglesa,Mosiah Rodrigues diz que o planejamento olímpico para a modalidade precisar começar o quanto antes.Representante do Brasil nos Jogos de Atenas-2004,o atleta alega que não é possível depender apenas dos clubes,que têm orçamento limitado e não podem investir em equipamentos de ponta,como os usados nas competições de alto nível.
    -Espero que dessa vez não deixem para investir apenas no último ano.Se isso acontecer,não vai dar para fazer nada nas Olimpíadas.É indispensável um centro de excelência para a ginástica masculina,pois já chegamos a um estágio em que a estrutura precisa melhorar para comportar nosso potencial.A escolha como sede olímpica foi um voto de confiança da comunidade internacional.Então,se não
    fizerem nada agora,não farão nunca mais–disse Mosiah.
    A crítica do ginasta de 27 anos,que não deve competir nos Jogos do Rio,foi compartilhada por dois dos mais interessados em se preparar para a competição:Sérgio Sasaki e Arthur Zanetti,jovens que foram destaque no Mundial de Londres e que podem disputar uma medalha para o país daqui a sete anos.
    Com apenas 17 anos,Sasaki lembrou que a mudança de gestão da Confederação Brasileira de Ginástica em 2009 é um fator positivo para a evolução da modalidade.Finalista no individual geral em Londres,o ginasta também comparou o investimento entre as seleções feminina e masculina.E cobrou uma realidade melhor para o esporte no país.
    -O momento parece propício para as mudanças,já que renovou a presidência da CBG.É hora de nós trabalharmos mais para melhorar o que já fizeram.Esperamos uma ajuda porque o Brasil precisa disso.O Centro de Treinamento lá em Curitiba é bom,mas não o ideal.Tem bastante coisa,uma aparelhagem boa.No entanto,falta um fosso bom.Mas o masculino não tem nada.Quando resolvemos treinar juntos, precisamos ir a algum clube.E não tem seleção–ressaltou Sasaki.
    A presidente da CBG,Luciene Resende,acredita que em um ano sai o espaço desejado para a seleção masculina.Depois de dizer que vai conversar com representantes dos governos de São Paulo,Porto Alegre e Rio de Janeiro para ouvir propostas de investimentos para a modalidade,a dirigente confessou que três cidades paulistas já saíram na frente na disputa para sediar a seleção masculina de ginástica:Praia Grande,Guarulhos e Santo André.
    -Estou ouvindo as propostas porque muita gente tem interesse em abrir um espaço para a nossa seleção masculina.Pode ser que eu consiga construir algo novo ou receber a concessão de algum ginásio.Também espero do governo um investimento em aparelhos.Mas,em um ano,eu acho que sai esse espaço,sim-revelou a presidente,eleita em dezembro de 2008.
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