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  • O que a ginástica reserva para 2018 - Brasil


    Sem dúvidas o CEGIN é o responsável pela maior renovação brasileira para esse ano: Fabiane Valentim lidera a lista das estreantes na categoria adulta do Brasil. Seguida de Luiza Trautwein, também do CEGIN, e Isabel Barbosa, do Pinheiros, essas são as três ginastas do Brasil que poderão fazer a diferença e serem incluídas nas competições elites a partir de 2018. A preocupação maior, além da evolução técnica dos pontos fracos de cada uma, é a manutenção da saúde das atletas, afastando-as de lesões.

    Fabiane Valentim

    Desde a idade juvenil já tinha potencial para chegar em 2018 como uma das ginastas top 10 individual geral do mundo. Apesar das chances, foi impossibilitada de treinar por um tempo por conta de uma lesão ocorrida no Campeonato Brasileiro Juvenil de 2016. Recuperada, voltou a competir no fim do ano passado, no Campeonato Brasileiro de Especialistas Adulto, e garantiu ótimos resultados: na ocasião, foi campeã de solo e trave, com séries firmes e boas notas de dificuldade. Seu ponto fraco é as assimétricas onde, apesar de ter uma série difícil, apresenta falhas de postura bem visíveis. Entretanto, compensa os erros nos outros aparelhos: no solo, apresenta um memmel e a ótima sequência de pirueta e meio ao passo + tripla de costas; na trave, a sequência de cortada + cortada com meia volta + onodi (ligação de bônus 0,4) é o ponto auge de uma série com boas ligações e que pode ter uma saída de rondada + tripla incluída. Fecha seu individual geral com o salto, onde tem um ótimo yurchenko com dupla pirueta e já treinou amanar. Escalada para competir na American Cup esse ano, iniciou a competição no salto, onde sentiu o joelho e, no momento, se encontra em breve recuperação. Fabiane é uma ginasta extremamente importante para o Brasil esse ano e cuidar da saúde e peso dessa ginasta é essencial.









    Luiza Trautwein

    Das três estreantes, Luiza é a que tem a beleza artística mais impressionante. A ginasta possui características pessoais tão bonitas que é impossível não agradar quem a assiste. Entretanto, é assombrada pelos monstros da inconsistência. Com muita limpeza em todos os aparelhos (sendo as barras assimétricas também o seu ponto fraco), quase nunca faz uma competição sem erros, o que é uma pena. O fato já prejudicou muito seus resultados, inclusive em seletivas juvenis. No solo, apresenta a sequência de flic sem mãos + duplo twist, que bonifica 0.2; na trave, entrada de mortal pra frente bem firme, e mortal pra frente em cima da trave muito seguro também; nas assimétricas possui ótimas linhas nos stalders; no salto, por enquanto ainda apresenta um yurchenko com pirueta simples. Luiza precisa começar a acertar suas séries para conquistar os destaques que sua ginástica indiscutivelmente merece ter.







    Isabel Barbosa

    O Pinheiros dessa vez é o responsável por uma das boas renovações do ano. Isabel Barbosa já competiu em 2018 e conseguiu duas medalhas de prata na Copa do Mundo de Melbourne. Competindo em suas especialidades - solo e trave -, não deixou a desejar: sua trave contém algumas sequências interessantes, como a cortada + cortada com meia volta + mortal pra trás (bônus de 0,3) e uma saída firme; no solo, um bom duplo twist de abertura e firmeza nos duplos. Seu ponto forte é a limpeza de movimentos e saltos de dança que, na maioria das vezes, tem alongamento acima de 180° e não pede descontos. A série de barras assimétricas ainda está incompleta, faltando o requisito de transição de barras, e o salto é muito fraco: talvez por medo, a ginasta corre praticamente da metade da pista, algo que precisa urgentemente ser trabalhado para evoluir na construção de saltos mais difíceis.









    Post de Cedrick Willian
    Foto: Divulgação
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