Ginastas brasileiras não apoiam volta de seleção permanente

Satisfeitas em seus clubes,algumas das principais ginastas do país estão na torcida para que o desejo da técnica Irina Ilyaschenko de ver a volta da seleção permanente feminina não se realize.Embora afirmem que a questão é delicada e precisa ser debatida com cuidado,Daniele Hypolito,Jade Barbosa e Laís Souza deixam claro que gostariam de permanecer no atual sistema.
Após a mudança de comando na Confederação Brasileira de Ginástica(CBG) e o retorno do ucraniano Oleg Ostapenko a seu país,a seleção permanente foi desfeita.As ginastas treinam em seus clubes e devem se reunir às vésperas das competições mais importantes,um modelo criticado por Irina.
-Estou muito feliz no Flamengo,junto com a minha família.O nível continua alto,porque o meu técnico(Ricardo Pereira) treinou durante quatro anos com o Oleg e conhece bem o sistema.Mas estou pronta para representar a seleção permanente de qualquer maneira–ressaltou Daniele Hypolito.
Companheira da experiente atleta no clube carioca,Jade Barbosa,protagonista de uma briga envolvendo a CBG e seu pai,admitiu que pode conversar com a entidade,mas não gostaria de voltar à concentração.
-Acho que eu não voltaria.Não sei se o treino no Flamengo é competitivo ou não porque não estou treinando direito,estou me recuperando.É difícil dizer.Mas tenho um bom técnico–afirmou Jade, que também é treinada por Ricardo Pereira.
Outra ginasta que ainda não voltou completamente aos treinos é Laís Souza.No entanto,a atleta,que se recupera de uma cirurgia no joelho direito,acredita que a mudança sofrida pela ginástica em 2009 é benéfica para a evolução do esporte no país.
-A gente treinou em clubes a vida inteira e trouxe resultados.A vinda deles(Oleg e Irina) foi muito importante para ensinar os técnicos brasileiros.Se todos começarem a se ajudar,e a Irina puder passar mais a experiência dela para os brasileiros,vai haver um crescimento geral para a ginástica.Precisamos disso-defendeu.

Fonte:Gymblog Brasil