O ciclo olímpico brasileiro começa com a nova direção da ginástica artística propondo algumas boas mudanças. Claro que estamos de olho e vamos sempre avaliar os resultados das inovações, que só o tempo dirá se serão boas o ruins. O que não podia, é claro, era continuar tudo como estava, principalmente na ginástica artística feminina. E agora já temos novos métodos de ingresso na seleção brasileira de ginástica artística feminina e masculina, que será sempre transitória.
O método se parece com os antigos padrões da ginástica artística masculina, que sempre precisou passar por testes e avaliações com frequência. No final, integrará a seleção e estará presente nas competições mais importantes aquele ginasta que se destacar mais, seja com o frequência de acertos ou com as melhores notas. Uma seleção por merecimento, algo que deixa ginastas e treinadores em busca constante de aperfeiçoamento físico e técnico.
Mais um ponto positivo da mudança: os campeonatos brasileiros servirão como seletiva e contarão pontos para compor a seleção, ou seja: nada de séries fracas, nada de só cumprir os requisitos e nada de "vagas garantidas". Campeonato Brasileiro agora é, mais do que nunca, o ponto auge do ginasta brasileiro, o lugar onde cada ginasta vai "dar o sangue" pela chance de representar o país. Será muito mais interessante de assistir, isso porque vai colocar os interessados na seleção para competirem na melhor forma possível sempre.
Os critérios são parecidos com o da ginástica americana, onde os ginastas, tanto no masculino como no feminino, participam de campings de treinamento e avaliação além dos campeonatos nacionais. Nos Estados Unidos, a própria seleção americana é anunciada, depois de um tempo de discussão, logo após o término do Campeonato Nacional.
Confira os métodos avaliativos que regem a seletiva da seleção a partir de agora.
Formato de acesso
Haverá um total de 12 vagas em disputa, tanto para GAM
quanto para GAF. Estas serão distribuídas da seguinte forma:
- 6 vagas para
GENERALISTAS
- 4 vagas para
ESPECIALISTAS
- 2 vagas definidas pela Comissão Técnica
- 2 vagas definidas pela Comissão Técnica
Serão realizados
três tipos de
avaliações nos atletas
durante o processo
de formação da Seleção
Brasileira de Ginastica
Artística para o ano de
2017, sendo estas: avaliações técnicas, médicas e físicas.
Nas avaliações
técnicas, serão aplicados
os conceitos "excelente", "muito bom" e "bom" para cada aparelho avaliado.
Para os especialistas, serão necessários três aparelhos para GAM e dois aparelhos para GAF.
O conceito mínimo para o especialista é "excelente" em um dos aparelhos
apresentados, e nos outros aparelhos
não poderá ser inferior a "bom".
Se houver empate com relação aos conceitos, o
critério de desempate será a nota final do ginasta; persistindo o empate, a decisão
final ficará a cargo da Comissão Técnica.
Serão realizadas
ainda avaliações da condição
médica e física
(composição corporal) para entrada e permanência dos atletas nas
Seleções de Ginástica Artística, onde os atletas
deverão atingir algumas exigências para estarem aptos a integrarem as Seleções
Brasileiras Masculina e Feminina, no ano de 2017.
A análise da condição física (composição
corporal) será realizada através das dobras cutâneas, ficando estabelecido o limite máximo de
percentual de gordura: 9% para GAM e 12% para GAF.
Na avaliação da condição médica, será considerado o nível de
risco do atleta para treinar ou competir com segurança
e performance, inicialmente, e ao longo da temporada. Essas avaliações serão coordenadas pela
Equipe Médica e Multidisciplinar CBG/COB.
Nesse ano, a Seletiva
para formação das Seleções Brasileiras de GAF e GAM será o Campeonato Brasileiro Adulto de Ginástica Artística em
agosto.
Por decisão da Comissão Técnica, poderão ser realizadas, ainda durante o ano de 2017, avaliações abertas para interessados em integrar a Seleção principal, caso não sejam preenchidas as 12 vagas em disputa
no Campeonato Brasileiro. Essas avaliações adicionais serão divulgadas
pela CBG com a devida antecedência
Conceitos
Seleção Masculina
Generalistas
Média dos resultados dos dois dias de competição
Bom – 81,500 a 82,500
Seleção Masculina
Generalistas
Média dos resultados dos dois dias de competição
Bom – 81,500 a 82,500
Muito bom – 82,550 a 83,500
Excelente – acima de 83,550
Solo
Bom – 14,200 a 14,300
Muito bom – 14,350 a 14,550
Excelente – acima de 14,600
Cavalo com alças
Bom – 13,800 a 14,000
Muito bom – 14,050 a 14,250
Excelente - acima de 14,300
Argolas
Bom – 14,300 a 14,400
Muito bom – 14,450 a 14,650
Excelente - acima de 14,700
Salto
Média dos dois saltos, sendo que um dos saltos deve ter nota D mínima = 4,8
Média dos dois saltos, sendo que um dos saltos deve ter nota D mínima = 4,8
Bom – 14,300 a 14,500
Muito bom – 14,550 a 14,750
Excelente – acima de 14,800
Paralela
Bom – 14,150 a 14,300
Muito bom – 14,350 a 14,550
Excelente – acima 14,600
Barra fixa
Bom – 14,150 a 14,300
Muito bom – 14,350 a 14,550
Excelente - acima de 14,600
Seleção feminina
Generalistas
Média dos resultados dos dois dias de competição
Média dos resultados dos dois dias de competição
Bom – 51,500 a 52,500
Muito bom – 52,550 a 54,550
Excelente - acima de 55,000
Salto
Média dos dois saltos, sendo que um dos saltos deve ter nota D mínima = 5,2
Média dos dois saltos, sendo que um dos saltos deve ter nota D mínima = 5,2
Bom – 13,800 a 14,000
Muito bom – 14,100 a 14,450
Excelente – acima de 14,500
Paralela
Bom – 13,800 a 14,150
Muito bom – 14,200 a 14,550
Excelente – acima de 14,600
Trave
Bom – 14,150 a 14,300
Muito bom – 14,350 a 14,550
Excelente - acima de 14,600
Solo
Bom – 14,250 a 14,400
Muito bom – 14,450 a 14,650
Excelente – acima de 14,700
De todas as notas apresentadas, a de solo feminino é bem fora dos padrões internacionais. Para se ter noção, a maior nota de solo feminino esse ano era um 14,050 da americana Sidney Johnson que foi superada pela russa Angelina Melnikova, campeã européia nesse aparelho com 14,100. O conceito "excelente" na paralela também é questionável.
Post de Cedrick Willian
Foto: Ivan Ferreira / Melogym / Gym Blog Brazil
De todas as notas apresentadas, a de solo feminino é bem fora dos padrões internacionais. Para se ter noção, a maior nota de solo feminino esse ano era um 14,050 da americana Sidney Johnson que foi superada pela russa Angelina Melnikova, campeã européia nesse aparelho com 14,100. O conceito "excelente" na paralela também é questionável.
Post de Cedrick Willian
Foto: Ivan Ferreira / Melogym / Gym Blog Brazil
Eu ia comentar agora sobre as notas exigidas no solo. Mais do que nunca, os juízes estão bem rígidos nesse aparelho. Mesmo as ginastas com acrobacias difíceis não estão perto dessas notas. Talvez ajude a dificultar as séries e fazer as ginastas "suarem a camisa", mas é totalmente fora das médias do que anda rolando nas competições internacionais.
ResponderExcluirEstou aguardando a análise do campeonato European Champion 2017 na Romênia. Pelo noticiário foi um excelente campeonato, a Sanne Wevers teve uma péssima apresentação. Gente, faz a análise, carecidamente, beijos e abraços!
ResponderExcluirGostei tanto dos critérios quanto da matéria. Vamos esperar o p ver o resultado mas estou bem confiante pois as metas estabelecidas vão de certa forma servir de motivação para o atleta.
ResponderExcluirNossa, gostei dessa mudança. Nossos atletas podem fazer muito além, mas optam por séries fracas. Isso vai mudar o jogo um pouco. Tem certeza que essa mudança será para melhor.
ResponderExcluirEnquanto tiver Daniele Hipolito não existe nada de novo. O problema da equipe feminina brasileira é o EGO INFLAMADO, elas dão uma estrelinha no solo, uma pirueta na trave e já basta pra elas, não se dedicam, não se aperfeiçoam, ficam paralisadas na mesma rotina. Fico assustado quando assisto entrevista com a equipe, se acham demais, é muito sem noção. É perceptível que a Flavinha já está deslumbrada com a fama, a Globo estraga as ginastas, nunca se esqueçam da Daniele Hipolito e da Daiane dos Santos que foram a décadas deusas da globo e medalha olímpica nenhuma trouxeram. Não adianta, queremos medalhas, o Brasil tem estrutura o que falta é mudar a visão da equipe, aparecer na REDE GLOBO não basta, queremos é resultados e medalhas. Sempre fui apaixonado pela ginástica brasileira, mas já perdi a paciência com tanta idiotisse.
ResponderExcluirTenho pena da Hypólito. Não acho que ela forçou a sua vaga mas que por falta de novatas talentosas ela tem sido mantida e que, só agora que juniors realmente talentosas começaram a aparecer e a vingar, por causa de uma maior abrangência seletiva, e portanto mais chances de encontrarmos ginastas de grande qualidade, tal como a Dany, especialmente no início da sua carreira.
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